terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ao Coordenador da FAETEC Professor do ISECENSA- Etevaldo Pessanha

Ao Coordenador da FAETEC Professor do ISECENSA- Etevaldo Pessanha


Quero lhe comunicar mui respeitosamente, que no seu artigo da Folha da Manhã de 18 de novembro de 2013, vossa senhoria tenta confundir a opinião pública, alegando que não houve um debate claro sobre o orçamento de 2014, na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, que em tempo hábil comunicou a toda a sociedade civil organizada, para comparecer a Audiência Pública, infelizmente, só não compareceu para debater o orçamento, as instituições que não quiseram debater de forma clara o orçamento da população campista. Para esclarecimento de vossa senhoria:


1-      O orçamento da Secretaria Municipal de Agricultura é de R$ 11,9 milhões mais o valor de R$ 9,5 milhões do FUNDECANA, ou seja, a agricultura de Campos recebe R$ 21,4 milhões, chama-se tal alocação orçamentária de aplicação cruzada de aporte de recursos; 


2-      A Secretaria de Comunicação realmente possui um Orçamento de cerca de R$ 15 milhões, como vossa senhoria colocou, tais recursos são  responsáveis pelas peças publicitárias de todo o governo (todas as Secretarias), portanto, não acho que esteja tão alto como vossa senhoria explicitou no seu artigo;


3-      Em relação à Secretaria de Desenvolvimento e a de Petróleo cujos orçamentos respectivos perfazem R$ 1milhão e R$ 300 mil reais, afirmo a vossa senhoria que são Secretarias de articulação do desenvolvimento de Campos, com instituições, como a Pesagro, Emater, UENF e outras, e caso necessite, de aportar mais recursos com o fito de fomentar ainda mais o nosso tão próspero desenvolvimento econômico, que lhe dizer que o governo o fará sem maiores restrições;


4-      Em relação ao parque de Alta Tecnologia quero lhe dizer que tal competência cabe ao governo do senhor Sérgio Cabral, do qual vossa senhoria ocupa cargo de confiança, e como Servidor da FENORTE/TECNORTE concursado, sempre lutamos com os nossos colegas, para que este Parque saísse do papel inclusive era um sonho antigo do professor Darcy Ribeiro, mas infelizmente o seu governador não tem interesse pelo interior do Estado. Em relação ao Fundo de inovação Tecnológica fique tranquilo, que no momento oportuno o governo aplicará os recursos necessários e tão relevantes a pesquisa no município, não só com parceria com a UENF, mas também com todas as instituições públicas e privadas do município;


5-      Quanto a Secretaria de Trabalho e Renda promotora de vários cursos no município, entendo que o orçamento encontra-se dentro da realidade, pois apenas neste ano de 2013 já qualificamos mais de 3000 mil pessoas, seja na área de construção civil, vigilância patrimonial e na área Off Shore, a maioria dessas pessoas encontram trabalhando e gerando renda, ou seja, quando o recurso público é bem aplicado ele rende professor, além do mais se for preciso ampliar tais recursos para atender a demanda crescente, do mercado de trabalho, o governo não se furtará em fazê-lo;


6-      Em relação à Fundação Osvaldo Lima o orçamento é de R$ 12, 5 milhões, tendo em vista que hoje, ela reúne a extinta Fundação Zumbi dos Palmares, a extinta Fundação Trianon e a Secretaria Municipal de Cultura, que se transformaram, na recente reforma administrativa do governo,em superintendências, com o objetivo claro, de otimizar os recursos públicos;


Por derradeiro ilustre professor, causa-me espécie e admiração esta sua preocupação agora, com o orçamento participativo, pois quando vossa senhoria ocupou vários cargos no governo do ex-prefeito Arnaldo Vianna, começando pelo FUNDECAM e sendo no final, assessor especial da Secretaria de Planejamento de Campos, e neste interregno, não vi o senhor em momento algum falar em orçamento participativo, pois tal matéria já era discutida no Brasil há mais de trinta anos. Por que agora essa sua preocupação? Acrescento ainda, ilustre professor, que nunca participei do governo que terminou na lamentável operação da polícia federal denominada de “telhado de vidro”, que envergonhou o glorioso povo de Campos.


Ressalto ainda que nos quatro anos do governo Rosinha, investimos R$ 1,5 bilhões em obras e instalações. Uma média de 20% do orçamento, algo inusitado na história de Campos e do Brasil.  Basta olhar para cidade hoje e compará-la com os governos Arnaldo Vianna e Alexandre Mocaiber. A FIRJAN, no seu índice de gestão fiscal nos deu nota 0,7515 ( de 0 a 1), ou seja, conceito B e o IDH de Campos ficou em 0,716.   

 Grande abraço.

José Alves de Azevedo Neto
Economista

   

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

ANS e os Planos de Saúde


ANS e os Planos de Saúde

A Agência Nacional de Saúde (ANS) suspende por três meses a venda para novos clientes de 150 planos de saúde de 41 operadoras, por conta do descumprimento dos prazos de agendamento de consultas, exames e cirurgias e por negarem cobertura indevidamente.
Oportuna à suspensão e fiscalização por parte do aludido órgão, tendo em vista que os usuários ou consumidores, dos planos de saúde em todo o Brasil, sofrem para marcar consultas e cirurgias, além de ficarem na fila dos hospitais de emergência, dos próprios planos, numa demonstração de desrespeito ao consumidor, que no Brasil paga duas vezes pelos serviços de saúde, uma quando se paga os impostos para se obter uma saúde pública digna e a outra quando se paga aos planos de saúde, obviamente, para àqueles que possuem poder aquisitivo para adquiri-los.
As empresas de saúde alegam que não conseguem oferecer um bom serviço para os seus consumidores, devido à alta demanda que surgiu de forma inesperada, com a ascensão da classe C e D da sociedade brasileira, que ultimamente buscam novos serviços para satisfazer os seus respectivos desejos de consumo, o que de certa forma pegou as empresas despreparadas ou sem um planejamento plausível, com o intuito de equilibrar a oferta à demanda por tais serviços.
A justificativa, não deixa de ser convincente, todavia, já se passaram tempo suficiente, para que os planos de saúde se adequassem a nova conjuntura econômica do país, que vive numa situação de pleno emprego e demanda aquecida, exigindo por parte das empresas do ramo elevação da capacidade de atendimento e estrutura dos seus hospitais, coisa que não ocorre atualmente, salvo os raros casos de exceção, pois os planos só pensam em vender os seus serviços, sem preocupar-se com a qualidade do produto ofertado.
Cuidar da saúde da classe média e das classes mais eleva, tornou-se no Brasil, um grande filão do mercado, eis que essas pessoas adoecem com pouca frequência, o que viabiliza e alavanca os lucros deste tipo nobre de atividade econômica, fazendo com que a mercantilização da saúde no país, vire grande negócio para os seus proprietários.  Se tal afirmação fosse inverídica, empresários tradicionais de segmentos diferentes da saúde, não estariam comprando planos pelo Brasil afora, com o fito de elevarem as suas fortunas, à custa do sofrimento alheio.
Chegou à hora dos órgãos competentes, fiscalizarem de forma veemente os planos de saúde e proibir a venda de novos produtos, até essas empresas altamente rentáveis, se adequarem a nova realidade do mercado que é um dos mais prósperos da economia. Queremos uma saúde de qualidade não só no setor público, como principalmente no setor privado, que além de cobrar caro, engana e ludibria os consumidores com promessas mirabolantes, no momento da efetuação do contrato de venda de serviços de saúde. Em nossa cidade existem vários exemplos e insatisfação do precário atendimento por parte dos planos de saúde aqui localizado.
 Infelizes são as pessoas que dependem de recorrer aos planos, pois além de entrarem num fila de espera para agendar consultas e exames, são obrigados a se submeterem a humilhação e a profissionais inexperientes e despreparados, quando necessitam dos serviços emergenciais. Até quando conviveremos com esses capitalistas da área de saúde?          

José Alves de Azevedo Neto

Economista

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Inflação em Alta


Inflação de Outubro ficou em 0,57%
A inflação do país voltou a preocupar o governo da presidente Dilma, que verifica através da elevação do Índice de Preço do Consumidor Amplo (IPCA, usado nas meta de inflação do governo), que no mês de outubro ela sofreu majoração de 0,22%, em relação ao mês de setembro, chegando ao percentual de 0,57%, o item que teve o maior peso na apuração do índice foram os alimentos que responderam com 44%, para desespero da classe trabalhadora, que percebe o seu salário comprar cada vez menos os bens e serviços, para manter a sua sobrevivência.
Destaca-se, todavia, que a política monetária restritiva (alta das taxas de juros), praticada pelo Banco central não tem demonstrado eficácia no combate ao tigre inflacionário, para o melhor entendimento, o remédio amargo oferecido pela equipe econômica, ainda encontra-se com uma pequena dosagem, fato que deve ser repensado na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que já sinaliza ao mercado financeiro e de bens e serviços, que as taxas de juros terão novo aumento.
Dentro desta conjuntura de alta de preços no Brasil, agrega-se outro ingrediente nocivo à política econômica do governo de combate inflacionário, na quinta-feira passada, divulgou-se o crescimento econômico do terceiro trimestre da economia americana, que ficou em 2,8%, preocupando as autoridades monetárias daquele país, que anuncia ao mundo que o Federal Reserve (FED), Banco Central americano elevará as taxa de juros, para tentar desaquecer o sistema econômico americano, que indica uma conjuntura de recuperação econômica, com possibilidades inflacionárias, fato repudiável pelo povo americano.
Com a elevação das taxas de juros americanas, configura-se no cenário econômico mundial, sobretudo, das economias emergentes como a do Brasil, uma fuga de dólares, com o fito de se aplicar em títulos da dívida americanos que possuem riscos menores em relação aos nossos, com a ocorrência de tal fenômeno, a moeda interna do Brasil se desvalorizará ainda mais, com reflexos negativos na curva de competição interna, pois adentram menos bens e serviços no nosso país, como consequência, os empresários cujas plantas industriais estão instaladas em território nacional, elevam ainda mais os preços dos seus produtos, tendo em vista que ficará mais atrativo às exportações, com isso a oferta de produtos internos sofrem redução, devido à deslocação da massa de produto para o mercado externo. 
Infelizmente o cenário que se avizinha para o Brasil, não possui um viés de prosperidade, inclusive os agentes econômicos, já revisam o crescimento econômico, que segundo eles ficará em torno de 2,3% em 2013. Vamos torcer para que o bom velhinho, que anuncia a sua vinda dia vinte cinco de dezembro, consiga iluminar a cabeça dos técnicos do governo Dilma, e o nosso Natal, seja de muita paz e fartura na mesa do trabalhador honesto que constrói o futuro desta linda nação. Eu acredito!    

Economista
José Alves de Azevedo Neto


  

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Aumento dos Combustíveis



Aumento dos Combustíveis


O governo federal autoriza a Petrobrás, a elevar os preços dos combustíveis a partir da segunda quinzena de novembro. Tal majoração poderá impactar significativamente a estrutura de preços da economia, com fortes reflexos sobre o processo inflacionário, que não recua com a política monetária austera, praticada pelo Banco Central.
Com a inflação em alta, quem perde são os trabalhadores, cujos salários sofrem perda do poder aquisitivo. Infelizmente o governo federal, se rendeu aos apelos dos acionistas da Petrobrás, que assistem as suas respectivas ações perderem valor dia a dia.

Usar a Petrobrás como o governo usa ao longo dos anos, como instrumento de combate a inflação é temerário, pois chega a um determinado momento que o fluxo de caixa da empresa, não suporta ficar tanto tempo negativo. Exatamente o que ocorre neste momento.  Estamos diante de uma inflação do PT? Quem diria!!!    

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Mobilidade Urbana

Mobilidade Urbana


Uma das discussões relevantes que ocupam a agenda nacional na atual conjuntura chama-se, mobilidade urbana, temática que tomará conta dos debates eleitorais que ocorrerão na eleição do ano que vem , tendo em vista a necessidade e o colapso existente atualmente por conta da falta de transportes públicos, que aflige toda a sociedade, principalmente, os cidadãos que fazem parte da classe mais carente da sociedade.
O mais grave deste imbróglio, constitui na lamentável e repudiável política de incentivo ao crescimento econômico por parte do governo federal através dos incentivos fiscais, através da redução do IPI, com o fito de estimular a compra de automóvel zero quilômetro, em detrimento de uma política pública de transporte, com o viés de melhorar o trânsito das grandes cidades, cuja mobilidade encontra-se, insuportável. Ou melhor dizendo de forma mais clara, hoje no Brasil a política do governo federal incentiva o transporte privado, ao invés de oferecer subsídios para que se desenvolva uma política de mobilidade urbana séria neste país. Como existe nos países europeus.
Para ilustrar o contexto acima, relevante destacar os dados pesquisados pela emérita professora, arquiteta e urbanista Ermínia Maricato da Universidade de São Paulo (FAUSP), a respeito da problemática urbana vivida pelo povo brasileiro. Assevera a ilustre professora: “a desoneração dos automóveis somada a ruína do transporte coletivo fez dobrar o número de carros nas cidades”. Em 2001, o número de automóveis em doze metrópoles brasileiro era de 11,5 milhões; em 2011, subiu para 20,5 milhões. Nesse mesmo período e nessas mesmas cidades, o número de motos passou de 4,5 milhões para 18,3 milhões. Os congestionamentos de tráfego em São Paulo, onde circulam diariamente 5,2 milhões de automóveis, chegam a atingir 295 quilômetros das vias. A velocidade média dos automóveis em São Paulo, medida entre às 17 h e 20 h em junho de 2012, foi de 7,6Km/h, ou seja, quase igual a da caminhada a pé. Durante o período da manhã, a velocidade média sobe para 20,6 Km/h-ou seja, a mesma de uma bicicleta.
Acrescenta ainda, a prestigiada professora, “o brasileiro deixou de recolher impostos no valor de R$ 26 bilhões desde o final de 2008 (nesse período, foram criadas 27.753 empregos), e US$ 14 bilhões (quase o mesmo montante dos subsídios) foram enviados ao exterior”. Segundo especialistas em mobilidade urbana, há mais subsídios para circulação de automóveis (incluindo combustíveis e outros itens) do que para transporte coletivo.
Conclui-se, todavia, que a política pública de transporte no nosso país, está na contra mão da história, e ainda continuamos engordando os lucros das empresas automobilísticas e destruindo as cidades, ambientes que deveriam ser tratado como a nossa própria casa. Não é por acaso que assistimos em cada esquina da cidade os feirões de automóveis e o nosso trânsito inviável para circulação. Isto é o correto?

José Alves de Azevedo Neto
Economistas