sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Declaração Bombástica !

Revelações Bombásticas


O clima político em Brasília já não anda bem há algum tempo, a conjuntura dos fatos políticos, sinalizam para a sua piora, caso o presidente Ricardo Pessoa, da UTC, empreiteira que prestava serviços a Petrobrás, resolva submeter-se ao instituto jurídico da delação premiada e resolver contar tudo que sabe, sobre o esquema de propinas, envolvendo o PT, o PMDB e o PP.

Além disso, todos os executivos das empreiteiras, que estão presos na Policia Federal em Curitiba, estão revoltados e impacientes, e fazem ameaças de uma possível rebelião, caso o Procurador Geral da República, demore em denunciar os nomes dos políticos, que recebiam dinheiro ilícito, para fazerem campanhas eleitorais.

Diante de tal contexto, tem muitos deputados federais, estaduais, senadores e governadores, que estão sem dormir. Por conta das possibilidades de terem os seus respectivos nomes figurando na tão esperada lista.

O mais lamentável destes episódios horripilantes de envolvimentos de parlamentares, envolvidos em esquemas de corrupção, são as ameaças de morte, que agora, surgem contra o Procurador Geral da República, caso ele faça efetivamente as denúncias, dos políticos, alvo da investigação da operação, denominada pela Polícia Federal, de Lava-Jato.

Tais ameaças configuram atentado contra o Estado Democrático de Direito, além, obviamente, de depor contra às instituições democráticas do país. Não se pode tolerar tal conduta.

Será que o Brasil está virando o México ou a Venezuela? Temos que ir para rua para pedir que os corruptos da política brasileira, sejam punidos rigorosamente. Seja em Brasília, seja no Rio de Janeiro, seja em São Paulo, como também em Campos dos Goytacazes. A população já não suporta tantos políticos corruptos na vida pública. Vamos dar um basta!

José Alves de Azevedo Neto
Economista



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

BARRIL DE PETRÓLEO!



Barril de Petróleo

O economista americano Daniel Yergin, em entrevista a uma revista brasileira de grande circulação nacional, fala sobre a conjuntura denominada por ele de nova era do petróleo. Afirma no ensejo: “que o mundo com barril de 100 dólares ficou para trás e que apenas as petrolíferas que levarem a sério o desafio da competitividade vão prosperar”.

Na opinião dele, doravante, passou a valer a lei do mercado, a oferta e a procura. Hoje a oferta encontra-se elevada e a Agência Internacional de Energia reduziu no final de 2014, a demanda das grandes economias do mundo, em cinco vezes, fato que contribuiu para a queda expressiva do preço do barril de petróleo.

Esperar que a Arábia Saudita reduza o seu volume de produção não passa de uma ilusão. Seria ceder espaço no mercado do petróleo, para serem ocupados pelo o Irã e pelo o Iraque, situação inadmissível, na atual conjuntura, turbulenta do oriente médio.

Salienta na entrevista, que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, funcionaram por muitas décadas, como swing producers, ou seja, são países que detém o poder de definir os preços dos combustíveis fósseis, aumentando ou diminuindo a sua produção em razão das suas reservas petrolíferas gigantescas. Agora, o mercado se incumbirá de buscar o seu próprio ponto de equilíbrio. Em resumo, mudaram os níveis de produção, juntamente, com a geopolítica.

Os Estados Unidos, dentro da nova era do petróleo, podem muito bem desempenhar o papel de “reguladores de preços”, que antes eram dos países do Golfo Pérsico. A extração de óleo e gás do xisto betuminoso e investimentos em tecnologias de ponta, visando melhorias na competitividade, será a tônica do momento. Exatamente o que os americanos estão fazendo.

Acrescenta o ilustre economista:” os Estados Unidos tem um novo papel na regulação do preço do barril de petróleo e já estão se exercitando nessa área. Em vez de produzirem 1 milhão de barris adicionais por dia, os Estados Unidos vão produzir meio milhão em 2015, pois agora planejam a produção em função dos preços”. 

Dentro da atual perspectiva traçada, pelo economista Daniel Yergin, restam aos países, aos estados e aos municípios, dependente do petróleo, repensar as suas estratégias de desenvolvimento econômico, de uma forma séria e não demagógica, como se assiste, infelizmente, na Bacia Petrolífera de Campos. As velhas e conhecidas bandeiras, sendo erguidas pelos novos arautos. Que decepção!

José Alves de Azevedo Neto
Economista



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

INFERNO ASTRAL !

Inferno Astral

Percebe-se claramente, ao longo deste começo de ano, a dificuldade enfrentada pelo segundo mandato do governo da presidente Dilma, sob vários aspectos de índole negativa, sobretudo, ao que tange as articulações políticas que nos últimos dias, constata-se como uma das piores da história republicana. O Fato que simboliza bem a situação acima, diz respeito a eleição da Presidência da Câmara Federal, elegendo o deputado federal do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Cunha. Numa derrota retumbante do Palácio do Planalto.

Outro fato que vem criando uma celeuma imensa no Congresso Federal, relaciona-se a aprovação do ajuste fiscal, que retira da classe trabalhadora direitos importantes conquistados legalmente ao longo do tempo, inclusive, com a bancada petista no Congresso Nacional, resistindo em aprová-las. O que não constitui novidade alguma, uma vez que após o governo federal arrombar o caixa da União, ele resolve agora, para variar e não fugir à regra dos governos de formação política reacionária, convidar os mesmos de sempre, à pagarem às contas, os trabalhadores, que efetivamente formam a base eleitoral da nossa presidente. Lamentável!

Verifica-se dentro deste contexto de ansiedade, com o fito de conter e equilibrar os gastos públicos, uma repetição por parte dos formuladores da política econômica, de quererem penalizar mais uma vez, àqueles que auferem rendas menores, os assalariados, em detrimento das camadas sociais, em que a renda no Brasil está mais concentrada. Através de elevações sucessivas de impostos e preços administrados (luz, água, combustíveis, etc.).

Não se vê atualmente como também não se viu em anos anteriores os sucessivos governos, se esforçarem em aprovar junto ao Congresso Nacional uma reforma tributária, que alivie aos recebedores de menores rendas. O que se presencia, infelizmente, são elevações de impostos sobre àqueles, que já não suportam tanto, a carga tributária, hoje existente no Brasil.

O pior desta conjuntura, reside na afronta ou acinte a sociedade, verificada na publicação dos balanços patrimoniais dos bancos brasileiros, que fecharam as suas contas de 2014, com a chave de ouro, ostentando lucros astronômicos. E que de certa forma não serão incomodados como os trabalhadores estão sendo agora pelo governo Dilma, em relação ao cruel garrote tributário. Para esclarecer melhor aos leitores, os bancos pagam hoje de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), apenas 15%. O governo federal poderia colocar no seu pacote de maldades fiscais, uma majoração de 15% para 20%, neste tributo, pago pelos bancos. Tenho certeza absoluta, que um aumento de 5%, na tributação de agentes econômicos, que navegam em mares de opulência financeira, em contradição, ao país miserável e injusto como o nosso, não ficaria caro para eles. Como ficará a conta a partir de agora, para os trabalhadores.

Por derradeiro, ressalto todavia, que a despeito da complexidade política do país e desordem das contas públicas e do remédio amargo que está por vir, considero injustificável, a campanha feita pelas redes sociais e alguns jornais do Brasil, pedindo o “impeachment” da presidente Dilma. Reputo como um despropósito, tendo em vista que não está provado nenhuma conduta criminosa contra ela.

A presidente foi eleita pelo voto direto e legítimo do povo brasileiro, dentro do regime democrático. Quem pode tirá-la do poder seguindo as regras basilares da democracia, é a população. O voto possui soberania e deve ser respeitado. Esquecem os arautos do caos, que se por acaso o Congresso votar o “impeachment”, quem assumirá o cargo de Presidente da República, será o Michel Temer e o Vice- Presidente da República, passará por força da Constituição Federal, a ser o Presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha. “Nada é tão ruim que não se pode piorar”. Ou não? Acredito na democracia e não tenho saudades dos anos de chumbo. Feliz carnaval para todos! 
  
José Alves de Azevedo Neto
Economista
 



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O Paraíso Acabou

A população brasileira até o ano de 2014, quando finalizou-se o primeiro mandato da ilustre presidente Dilma, parecia viver no paraíso do consumo dos bens e serviços, acreditando sempre nos discursos falaciosos, proferidos pela inquilina do Palácio do Planalto.

Na ocasião, a presidente da República, veio à público diversas vezes, anunciar ao Brasil em cadeia de rádios e televisões, que o país vivia um momento impar da sua história. Os juros reduziriam  acompanhados das contas de luz, além do mais, todos poderiam comprar carros zero, pois o seu governo reduziria o imposto sobre produtos industrializados (IPI), através da tão propalada e nociva no longo prazo, a renúncia fiscal, prorrogada inúmeras vezes pelo então Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que de uma forma duvidosa e acintosa a toda sociedade brasileira, divulgava em suas entrevistas que o Brasil, retomaria o crescimento econômico, com a possibilidade de crescer 4% ao ano. Fato que obviamente se confirmou no mundo real contrariamente as previsões do ministro, como se verificou. A palavra de ordem se limitava apenas a uma só frase: vamos consumir! 

Todavia, como nada dura para sempre, sobretudo, os gastos desenfreados dos governos, a conta pelo aspecto perdulário e irresponsável da indução do crescimento econômico pela variável consumo, chegou. E todos são concitados agora a pagá-la, inclusive, ela pesará mais sobre àqueles que mais necessitam das políticas públicas. Como bem ressaltou em tempos idos, a dama de ferro inglesa e primeira ministra Margareth Thatcher, “o socialismo dura enquanto o dinheiro dos outros não acaba”.

Por conta do descalabro do desequilíbrio significativo das contas públicas federais, assume o Ministério da Fazenda, o economista de viés ultra ortodoxo, formado em uma das maiores universidades americanas, escolhido pela presidente Dilma e ungido pelo nosso guia, o ex-presidente Lula, sob imensas críticas e veementes protestos de vários petistas, como por exemplo, o da figura emblemática do Jose Dirceu.

O indigitado ministro, em outrora fez parte do governo Fernando Henrique Cardoso, exercia até chegar o convite para ocupar o Ministério da Fazenda, cargo relevante, na expressiva instituição financeira privada brasileira, o Bradesco, que no ano de 2014, fechou o seu balanço patrimonial com o lucro líquido de 15 bilhões de reais. Não precisa se dizer mais nada ou precisa?

Após a sua posse bem concorrida em Brasília, o Joaquim Levy, anuncia à nação o seu pacote de maldades sem hesitação, de acordo com o que determina o receituário da ortodoxia econômica. São elas: a volta da contribuição de intervenção no domínio econômico (Cide) sobre os combustíveis (que estava zerada e doravante passou para 22 centavos no caso da gasolina e 15 centavos no caso do diesel, o que deve gerar uma receita extra de 14 bilhões de reais ao ano), o aumento do imposto sobre operações financeiras (IOF) nas operações de crédito (que vai passar a somar ao 0,38% estabelecido com o fim da CPMF uma alíquota de 3%, ao contrário da anterior, de 1,5%, o que resultará em um ganho de 8,3 bilhões anuais), além do aumento do PIS/Cofins sobre produtos importados (que passará de 9,25% para 11,75%) e o IPI sobre o segmento de cosméticos.

Agrega-se ao contexto de maldades, cortes de gastos ministeriais, a mudança de regras na concessão do seguro-desemprego e a volta da cobrança do IPI sobre automóveis e itens ligados a produção da linha branca, como fogões, geladeiras e etc. Além da não correção da tabela que estabelece as diferentes faixas de tributação do imposto de renda.

Por derradeiro, diante deste contexto, fico à vontade para asseverar que o paraíso tão bem divulgado, pelo governo Dilma, era apenas uma fantasia, um engodo, para faturar o segundo mandato, como ocorreu. Resta-nos a partir desta triste e frustrante realidade, dizer que o inferno chegou com a possibilidade de apagões na área de energia, recheado com a crise por falta de planejamento, da água. Viva o Brasil!

José Alves de Azevedo Neto
Economista