sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Empregos formais em Campos




Empregos formais em Campos

Os dados da última divulgação do CAGED de outubro de 2015, sobre o emprego formal, por setor de atividade econômica, demonstram objetivamente que o segmento da construção civil no município de Campos, constitui no setor que mais perdeu empregos, com a carteira assinada de janeiro a outubro de 2015. Foram 1.015 empregos a menos gerados na economia local.

O setor da construção civil caracteriza-se por ser intensivo em mão-obra e extremamente dependente do crédito bancário em razão dos seus produtos, possuírem alto valor de aquisição no mercado. A variável crédito imobiliário sofre atualmente impacto decorrente da majoração da taxa de juros Selic da economia, provocada pela austera política monetária implementada pelo o Banco Central, com o fito de controlar o processo inflacionário que aflige na atual conjuntura a sociedade brasileira.

No ensejo, destaca-se outro setor da economia municipal que amarga expressiva perda no que tange ao emprego formal, refere-se ao segmento do comércio, por se constituir no nosso município no segmento de significativa geração de emprego e renda. Desempregou 753 trabalhadores com a carteira assinada, também, entre o mês de janeiro a outubro de 2015.

Todavia, ao contrário dos referidos setores acima, o setor de atividades de serviços teve neste mesmo período, saldo líquido positivo de 482 empregos. Ou seja, ocorre geração de empregos ao invés de destruição. Assim como no segmento da agropecuária, a geração de empregos foi positiva, com o saldo líquido até outubro de 2015 de 1.332 empregos formais. Obviamente, que esta quantidade de empregos possui relação e influência em virtude da safra canavieira, via de regra, o seu inicio se dá no mês de maio de cada ano.

Ao se verificar a totalidade de empregos com a carteira assinada gerados ao longo do ano de 2015 ou até outubro, constata-se que a economia de Campos destruiu 974 empregos, fechando o período dos dez meses, com o saldo liquido de emprego formal negativo.

Não se pode deixar de ressaltar, que a crise financeira que assola neste momento a prefeitura de Campos, contribuiu sobremaneira para que o resultado do emprego no município ficasse em patamar negativo. Afinal de contas, ainda somos uma economia que depende profundamente dos recursos dos royalties e das participações especiais, cujo repasse está bem menor em função da queda do preço do barril de petróleo, no mercado internacional.

Para isso, devemos unir forças suficientes para que a economia campista fique menos dependente da atividade petrolífera.  Acho que a alternativa que se avizinha a médio prazo, reside na possibilidade da economia de Campos se transformar numa economia de serviços, com laços estreitados às atividades do Porto do Açu, localizado no município vizinho de São João da Barra.

A guisa de ilustração, basta verificar que ao contrário dos setores da construção civil e do comércio que perderam empregos, o de serviços criou. Já o emprego da agropecuária sofre contaminação pela sazonalidade do setor sucroalcooleiro. Vamos ver se o futuro confirma a nossa previsão!

José Alves de Azevedo Neto
Economista

   

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Setor da Construção Civil em Campos

Setor da Construção Civil em Campos

Ao se comparar a evolução do saldo do emprego no setor da construção civil em Campos, no recorte de tempo de janeiro a setembro de 2014 com o mesmo período do ano de 2015, verifica-se uma variação percentual negativa, na contratação de trabalhadores com a carteira assinada de 14,31%. Assim, o saldo de emprego   acumulado até setembro de 2014 ficou positivo em 1.048 empregos formais, ao contrário do saldo acumulado até setembro de 2015 que ficou negativo, quando na ocasião, ocorreu a perda de 898 empregos formais.

Ao focar a análise no número de admissões até setembro de 2014, constata-se que foram gerados 6.622 empregos no setor, enquanto neste mesmo período de 2015, foram gerados  3.715 empregos formais, o que representa em termos relativos uma queda na empregabilidade de um ano em relação ao outro de 43,90%. Índice significativo, por se tratar de um setor de alta demanda por mão-obra de baixa qualificação.

Ao se analisar o quantitativo de trabalhadores demitidos até setembro de 2014 com os trabalhadores de 2015, chega-se aos seguintes números. Em 2014 a indústria da construção civil campista demitiu 5.574 trabalhadores, contra 4.613 do ano de 2015. Uma redução no número demissões da ordem de 17, 24%. Só que existe um pequeno detalhe que deve ser ressaltado neste comparativo. A despeito da queda de demissões no ano de 2015 em relação ao ano de 2014, tem que se levar obrigatoriamente em conta, que no ano de 2015 as contratações de mão-obra foram bem menores ultrapassando o índice de 40%, e o pior, o número de trabalhadores demitidos superaram as admissões, conforme os números expostos acima.

De qualquer maneira, não se pode deixar de respeitar o imperativo da crise econômica nacional, que ao longo do ano vem reduzindo o nível de atividade econômica de diversos segmentos, sobretudo, o da construção civil, altamente sensível as conjunturas de instabilidades financeiras, devido a sua imensa dependência com o crédito financeiro, responsável pelo financiamento dos seus produtos, que atualmente encareceram sobremaneira, em razão das sucessivas elevações da taxa de juros Selic, por parte do Banco Central.

 Infelizmente, este é o preço    que a sociedade ainda pagará por conta de uma política macroeconômica irresponsável, praticada pelo governo federal no passado e a não aprovação do tão necessário ajuste fiscal neste ano.

José Alves de Azevedo Neto

Economista

Sai Levy e entra Meirelles

A pressão política decorrente do PT, partido da presidente Dilma, visando à substituição do ministro da Fazenda Joaquim Levy, pelo ex-presidente do Banco Central do governo Lula, Henrique Meirelles, aumenta a cada dia.

As alegações contra a permanência do aludido ministro residem no argumento político de que ele adota uma política macroeconômica, benéfica aos banqueiros, além de ser executivo oriundo do maior banco do Brasil, o Bradesco. E ainda fez parte da equipe econômica da campanha à presidente da República do Aécio Neves, com boa e estreitada relação com as hostes do PSDB.

Os seus aludidos detratores não param por aí. Dizem também que o pacote de medidas fiscais e monetárias restritivas proposto pelo ilustre ministro banqueiro, atualmente, acarreta a economia brasileira profundo quadro de recessão, combinado com uma crescente taxa de desemprego, cujo percentual até dezembro deste ano, poderá atingir a casa dos 10% em algumas capitais, sobretudo, as da região nordeste. O que não deixa de ser verdade.

Acho que talvez os militantes petistas que ora pedem a cabeça do Levy, sofrem de amnésia, pois esquecem rapidamente que o Henrique Meirelles, também advém do mundo dos banqueiros, só que com um pequeno detalhe, o banco do qual ele foi executivo, chama-se banco de Boston, uma poderosa instituição financeira dos Estados Unidos.

 Quanto à relação dele com o PSDB, creio até que ela seja mais estreitada do que a do Levy. Uma vez que o Henrique Meirelles, antes de assumir o Banco Central, na gestão do ex-presidente Lula, foi o candidato a deputado federal mais votado do PSDB, no estado de Goiás, no ano de 2002, apenas não tomou posse, porque surgiu o convite para ser o presidente da maior autoridade monetária do país.

A respeito das medidas adotadas por Meirelles, caso venha assumir a tão cobiçada cadeira de ministro da Fazenda, não serão diferentes das adotadas pelo então ministro, tendo em vista que os dois possuem a mesma formação de índole monetarista.

Dentro deste conhecido e exaustivo contexto, de trocar seis por meia dúzia, quero saber a mudança significativa que ocorrerá a partir de janeiro no âmbito da política econômica? Quem souber a resposta, por gentileza ligue para mim.

Percebo que o partido do governo, ao promover esta “mudança” na pasta da Fazenda, faz apenas mais uma firula político de dimensão nacional, no intuito de desviar o foco da grave crise econômica e financeira que o partido mergulhou o país, através dos sucessivos erros de política macroeconômica, cometidos nos últimos anos. Infelizmente!
José Alves de Azevedo Neto
Economista


domingo, 8 de novembro de 2015

Setor da Construção Civil em Campos


Setor da Construção Civil em Campos

Ao se comparar a evolução do saldo do emprego no setor da construção civil em Campos, no recorte de tempo de janeiro a setembro de 2014 com o mesmo período do ano de 2015, verifica-se uma variação percentual negativa, na contratação de trabalhadores com a carteira assinada de 14,31%. Assim, o saldo de emprego   acumulado até setembro de 2014 ficou positivo em 1.048 empregos formais, ao contrário do saldo acumulado até setembro de 2015 que ficou negativo, quando na ocasião, ocorreu a perda de 898 empregos formais.

Ao focar a análise no número de admissões até setembro de 2014, constata-se que foram gerados 6.622 empregos no setor, enquanto neste mesmo período de 2015, foram gerados  3.715 empregos formais, o que representa em termos relativos uma queda na empregabilidade de um ano em relação ao outro de 43,90%. Índice significativo, por se tratar de um setor de alta demanda por mão-obra de baixa qualificação.

Ao se analisar o quantitativo de trabalhadores demitidos até setembro de 2014 com os trabalhadores de 2015, chega-se aos seguintes números. Em 2014 a indústria da construção civil campista demitiu 5.574 trabalhadores, contra 4.613 do ano de 2015. Uma redução no número demissões da ordem de 17, 24%. Só que existe um pequeno detalhe que deve ser ressaltado neste comparativo. A despeito da queda de demissões no ano de 2015 em relação ao ano de 2014, tem que se levar obrigatoriamente em conta, que no ano de 2015 as contratações de mão-obra foram bem menores ultrapassando o índice de 40%, e o pior, o número de trabalhadores demitidos superaram as admissões, conforme os números expostos acima.

De qualquer maneira, não se pode deixar de respeitar o imperativo da crise econômica nacional, que ao longo do ano vem reduzindo o nível de atividade econômica de diversos segmentos, sobretudo, o da construção civil, altamente sensível as conjunturas de instabilidades financeiras, devido a sua imensa dependência com o crédito financeiro, responsável pelo financiamento dos seus produtos, que atualmente encareceram sobremaneira, em razão das sucessivas elevações da taxa de juros Selic, por parte do Banco Central.

 Infelizmente, este é o preço que a sociedade ainda pagará por conta de uma política macroeconômica irresponsável, praticada pelo governo federal no passado e a não aprovação do tão necessário ajuste fiscal neste ano.

José Alves de Azevedo Neto

Economista