sexta-feira, 26 de julho de 2013

Desculpas a População


Desculpas a População

Com a visita do Papa Francisco, na cidade do Rio de Janeiro na semana passada, ficou claro para toda a população brasileira, que a cidade maravilhosa, ainda tem que se preparar bastante, para sediar e poder enfrentar as demandas inerentes aos grandes eventos, realizados atualmente e futuramente na cidade.

O problema que mais afligi a sociedade carioca e os seus turistas de um modo em geral, diz respeito à mobilidade social, carência do Rio de Janeiro e de muitas outras metrópoles, devido à falta de investimentos e política pública para o setor, além da falta de sensibilidade por parte dos seus governantes, em querer resolvê-los.   

No caso específico do Rio, logo na chegada do Papa, no momento em que ele trafegava pela avenida presidente Vargas, ocorreu um desagradável incidente no centro da cidade, vários ônibus se encontravam estacionados de forma irregular no lugar exato por onde passaria o carro do Santo Padre, numa verdadeira desídia, por parte das autoridades do trânsito, ou seja, a guarda municipal, se não tinha conhecimento deveria saber que naquele trajeto, não poderia haver nenhum tipo de obstáculo, que pudesse atrapalhar e elevar o risco de insegurança para a comitiva do Papa que ali passaria, tal fato revelou ao mundo como um todo, o despreparo da guarda municipal do Rio. O pior foi que após o deprimente episódio as autoridades públicas federais e municipais, ficaram se acusando, com o objetivo de se eximirem da culpa, do lamentável evento.

Outro fato que merece reflexão, diz respeito ao Metrô, que deixou de funcionar por duas horas, por falha no sistema de energia da futura estação Uruguai, cuja responsabilidade técnica é da empresa multinacional Siemens, fato que causou grandes problemas para os passageiros que ali estavam esperando o trem, além da dificuldade gerada aos peregrinos na hora de passar o cartão de embarque na bilheteria do Metrô, que por excesso de demanda deu defeito, o que provocou imenso tumulto e revolta nas pessoas, que retornavam para as suas respectivas residências.

Todos esses problemas que ocorreram, é bom que se ressalte que as autoridades como, por exemplo, o prefeito do Rio de Janeiro, o senhor Eduardo Paes, e o diretor do Metrô, não se furtaram a vir a público, para prestar esclarecimento e pedir desculpas a população, todavia, ainda é muito pouco, para uma cidade que pretende realizar eventos maiores nos próximos cinco anos, e precisa fazer investimentos pesados na mobilidade social, que constitui um dos maiores gargalos da cidade.

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista

 

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