sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Parabéns Presidente

Parabéns Presidente

Parabenizo a ilustre presidente da República Dilma, pela acertada escolha do novo Ministro da Fazenda, o economista Joaquim Levy, homem conhecido no meio político com o jocoso apelido de “Tio Patinhas” de Brasília, numa alusão à sua maneira austera de tratar a coisa pública, que ultimamente anda demasiadamente banalizada no Brasil, em razão dos inúmeros e lamentáveis, escândalos envolvendo o dinheiro do contribuinte. 

O futuro ministro possui extraordinário currículo, passou pelo Banco Mundial e por diversos governos, inclusive o do ex-presidente Lula, quando atuou na qualidade de assessor direto do ex-ministro Palocci. Atualmente ele se encontrava profissionalmente, vinculado a diretoria de um dos maiores bancos da América Latina, o Bradesco.

Os agentes econômicos já o conhecem bem e sabem que as diretrizes tomadas a partir de janeiro de 2015, serão pautadas no equilíbrio das contas públicas, tendo em vista que nos últimos anos, elas viraram uma verdadeira balbúrdia, sendo inclusive uma das causas significativas do recrudescimento da inflação, que havia sido debelada no passado por outros governos, que passaram pelo Palácio do Planalto.

Importante salientar utilizando do ditado popular, “não se faz omeletes sem quebrar os ovos”, o país necessita urgentemente de um forte ajuste fiscal, e as consequências serão dolorosas no curto prazo, para que se possa retomar a trajetória do crescimento econômico, combater o processo inflacionário e continuar a distribuição de renda socialmente justa, desejo de todos nós. Faz parte do jogo!  

Uma moeda contaminada pela inflação, não se pode considerá-la uma moeda forte, a tendência dos agentes econômicos, será sempre a de se buscar refúgios em outro tipo de moeda ou senão, especular-se em ativos financeiros oferecidos pelo bancos de uma maneira em geral. Além do mais, a inflação corrói sobremaneira o poder aquisitivo daqueles que sobrevivem de salários, que é o caso, da grande maioria da população brasileira.

Pode-se analisar a guisa de exemplo, a conjuntura econômica do país vizinho, a Argentina, em que a espiral inflacionária já ultrapassa a casa dos 30% ao ano. Em qualquer estabelecimento comercial de Buenos Aires, ou de outra cidade portenha, os comerciantes oferecem os seus produtos em peso ou em dólar, fica a critério do freguês, numa clara demonstração de que a economia requer ajustes e se encontra fora do rumo. Situação indesejável para qualquer país, sobretudo, o Brasil.

Tenho certeza absoluta que a missão do Joaquim Levy, não será coroada de facilidades, todavia, acredito no seu competente trabalho, pois já demonstrou capacidade suficiente, para conter as gastanças dos pródigos políticos brasileiros, que infelizmente não possuem espírito republicano para gerir o dinheiro público, salvo raríssimas exceções.

O que o homem público brasileiro precisa aprender é que quando ajusta-se os gastos públicos da atividade meio, sobrarão mais recursos na ponta ou na atividade fim da administração pública, fato que lhe propiciará maiores investimentos sociais e econômicos. Vive-se ainda no Brasil contemporâneo, a triste cultura populista dos homens públicos, que devagarinho a sociedade através do processo eleitoral e o legítimo direito do voto, conquistado a duras penas, está mandando-os para casa. Basta olhar o resultado das eleições recentes. Viva a democracia e o uso eficiente do dinheiro público! Olhar sempre para frente!

José Alves de Azevedo Neto

Economista

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