sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Parabéns Campos dos Goytacazes

Parabéns Campos dos Goytacazes

O município de Campos dos Goytacazes no ano de 2012 ficou com o oitavo PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, em valores correntes (PIB/valores correntes em R$ mil), segundo o IBGE, atingiu o quantitativo de R$ 45.129.215, devido a indústria extrativa mineral, com o destaque para o petróleo. O município de Presidente Kenedy, no Estado do Espírito Santo, alcançou a primeira posição, da maior renda per capita do país, R$ 551.967,24, também alavancado em virtude da produção do petróleo.

A despeito do orgulho da nossa cidade está no ranking, da oitava economia brasileira, no ano de 2012, tal posição não oferece tranquilidade, ao  analisar-se a conjuntura econômica a partir de 2014, especificamente no segundo semestre, em razão da economia campista ainda viver na dependência das rendas petrolíferas, uma commodities internacional, cuja cotação dos preços, são definidos no mercado externo, como ocorre agora, em que o preço do barril do petróleo está no patamar abaixo dos setenta dólares, o que poderá trazer no curto e médio prazo para a cidade, um fluxo menor de renda, mesmo que a taxa de câmbio se desvalorize, ou seja, o dólar passe a valer ainda mais do que o real no cenário futuro, o que já se configura, como uma tendência, inclusive o presidente do Banco Central do Brasil Alexandre Tombini,  afirmou na semana passada, que não interferirá no aludido mercado, deixando naturalmente, o mercado encontrar o melhor preço de equilíbrio da moeda americana.

Na verdade hoje na esfera internacional, existe uma guerra de mercado entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita, que recusa-se a reduzir a sua produção de petróleo, com o intuito de inviabilizar a produção de óleo americano derivado da rocha de xisto betuminoso, cuja extração, exige alta tecnologia denominada de OTE, além do alto custo de produção, em decorrência do óleo de xisto encontrar-se em águas profundas, geralmente, além de mil metros de profundidade.

 Manter uma oferta maior de petróleo no mercado mundial atende aos interesses dos Sauditas inconformados com os Estados Unidos, por eles estarem ocupando a primeira posição de maior país produtor de petróleo.

Até quando durará a competição entre os árabes e os americanos, ninguém pode afirmar, apenas existem especulações no mercado, de que tal situação, se perdurará por pelo menos seis meses.
Diante disto, resta aos municípios que possuem dependência das rendas petrolíferas, fazerem o dever de casa e conforme for o caso abrir mercado para novas alternativas de atividades econômicas, e se independer relativamente, do “ouro negro”, o petróleo.  Vamos aguardar!               
   
José Alves e Azevedo Neto
Economista


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