Peso do Desenvolvimento
A
falta da infraestrutura logística assola sobremaneira o país como um todo.
Vive-se uma carência de estrada, aeroportos, portos, oferta de energia, fatores
estes impeditivos, do crescimento econômico sustentável do país.
Para
se ilustrar o cenário acima, não se precisa buscar exemplos de fora, basta uma
singela reflexão, sobre os fatos econômicos e sociais que na atual conjuntura,
envolve os municípios de Campos e São João da Barra, a respeito do assunto, pode-se
ressaltar como à guisa de exemplo o corredor logístico, se é que se pode
chamá-lo assim, da BR 356, estrada que liga os dois fraternos municípios.
A
população sente hoje na própria pele exatamente o problema, ao se deslocar pela
aludida BR, depara-se com um fluxo intenso de inúmeros caminhões carregados de
terra ou outro material afim, disputando espaço ao longo do dia e da noite, com os
carros de passeios que por ali trafegam,
travando uma competição desigual e perigosa para vida humana, todo este frenesi
em nome do progresso que chegou na região, de uma forma abrupta e sem
planejamento dos órgãos públicos competentes, gerando para a população um
grande desconforto , seja do ponto de vista econômico e social. Além do mais,
deixa claro para toda a sociedade, que a iniciativa privada, trabalha numa
velocidade muito acima da velocidade do poder público, no que tange a variável
investimento.
Vejam o exemplo, do Porto do Açu, cuja
construção encontra-se num estágio bem avançado do seu cronograma físico-financeiro,
de execução das obras, e o tão propalado corredor logístico, anunciado pelas
autoridades públicas, ainda não saiu do papel e do discurso de palanque.
Por
conta da inércia e o atravanco da burocracia, creio eu, uma estrada construída
há mais de cinquenta anos, para receber um tráfego pequeno de
veículos, e que recentemente, passou por uma pequena reforma feita pelo governo
federal, ou melhor dizendo um remendo da
BR 356, para que ela pudesse provisoriamente, suportar o tráfego pesado que
hoje suporta, até se concluir o projeto logístico definitivo, não pode
continuar a oferecer perigo àqueles que
por ali passam, já que os imensos caminhões carregados, não respeitam os carros
de passeio, e me parece que as obras prometidas pelas esferas governamentais,
demorarão ainda um pouco mais para serem executadas.
Acrescenta-se
ao deplorável contexto, um grave e conturbado problema urbano, tais caminhões cortam
uma das maiores e importantes via de Campos, à famosa avenida sete de setembro,
em alta velocidade, sem respeitar a velocidade máxima do local e sem nenhum
pudor pelo perímetro urbano, e muito menos são incomodados pelos guardas de
trânsito. O que é lamentável!
José
Alves de Azevedo Neto
Economista