sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Disparates dos Valores


Disparates dos Valores

No Brasil as coisas ocorrem com certo caráter de facilidade para alguns setores da classe produtiva, chega-se ao ponto de tornar-se risível a relação entre o governo e alguns segmentos produtivos, como no caso específico da indústria automobilística, que aufere vantagens fiscais para o setor, de uma forma acintosa, utilizando a alegação primária, antiga e infantil de que o setor por ser o grande gerador de empregos da economia, o que não deixa de ser verdade, deve ser bafejado em conjunturas de crise econômica pelo Estado, através de renúncias fiscais.   

Vejam por exemplo, o caso de mais uma vez ocorrer à concessão da prorrogação do IPI reduzido para os automóveis, são recursos que o Estado brasileiro deixa de arrecadar, para aportá-lo na iniciativa privada. Tais recursos poderiam ser canalizados para as políticas públicas governamentais, com o fito de mitigar a gritante desigualdade de renda que grassa no país, no entanto, eles são drenados para as montadoras alavancarem ainda mais os seus astronômicos lucros, sem que ocorra uma contrapartida de sacrifício por parte delas, como uma possível diminuição de parte das suas margens de lucros, que se destacam no Brasil como as maiores do mundo, medida que refletiria no curto prazo, na queda dos preços dos veículos vendidos.

Pesquisa divulgada recentemente, em vários jornais do país, deixa claro que o consumidor brasileiro paga altos valores pelos carros adquiridos no mercado interno, quando comparados aos mesmos modelos, dos que são vendidos em outros países, inclusive em países da América Latina. Em alguns desses modelos os preços chegam a dobrarem.

As alegações das montadoras para justificar as majorações de preços, são imensas e diversas, como por exemplo, o alto custo de mão de obra, combinado com a alta carga tributária, a falta de competitividade, além como já foi citado acima, da alta margem de lucro, que se configura como à maior do mundo.

Concordo com a aludida pesquisa, pois aceito todos os argumentos ali ressaltados para justificar a oneração da estrutura de custo de produção dos carros. Até posso concordar com a margem de lucro praticada no mercado interno brasileiro, que chega a 10% do preço final do produto, enquanto na Argentina é de 5% e nos Estados Unidos de 3%. O que não dar para aceitar, é que mais uma vez o contribuinte brasileiro, assuma essa fatura.

Além do mais, no Brasil, a concentração de renda continua muito grande, com milionários brasileiros figurando nas grandes revistas internacionais, no ranking daqueles que possuem as maiores fortunas mundiais, ao se verificar a origem desses patrimônios, a maioria deles são rendas apropriadas do Estado brasileiro, através de facilidades fiscais concedidas por governos comprometidos com o grande capital.

 Todavia, não se pode deixar de mencionar, a contradição do sistema capitalista, que em dado momento utiliza-se a bandeira da defesa da livre concorrência, considerando o Estado um impostor, por sua vez, quando os seus interesses da lógica do lucro são feridos, lembram logo da mão do Estado para socorrê-lo, e consequentemente manter as suas benesses.

Não dar para acreditar neste discurso contaminado pelo viés do liberalismo econômico, bem no estilo Adam Smith, onde as grandes corporações ao longo da história criticam a inserção Estado na economia, isso enquanto os seus interesses não entrarem em jogo. Quando entram, eles se esquecem do arcabouço teórico que norteiam as suas atividades negociais. Como assistimos recentemente na crise financeira americana de 2008, as grandes montadoras de veículos serem também salvas pelo contribuinte. Ou seja, são grandes demais para poderem “quebrar”. É verdade!

 

 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Desemprego Estável


Desemprego Estável

Pesquisa sobre o desemprego, nas dez maiores regiões metropolitana do Brasil, realizada pelo DIEESE, constatou que a taxa permaneceu estável, 10,7% em julho quando comparado com o mês anterior, junho de 2012. Em termos absolutos são 2,419 milhões de desempregados.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Taxa de Juros de 7,5% ao ano


Taxa de Juros de 7,5% ao ano

O Banco Central deverá reduzir na reunião do Copom de quarta-feira, mais uma vez a taxa de juros, que deverá ficar em 7,5% ao ano. Sem da importância ao IPCA, que apresenta crescimento dos preços, o Bacen, continuará com a sua política monetária expansionista. O objetivo do governo está no aquecimento do sistema econômico, tendo em vista que a conjuntura internacional não anda muito boa, com isto é necessário manter o aquecimento econômico interno. Inclusive já se avizinha, à prorrogação do IPI reduzido para mais uma temporada. Vamos consumir porque a dona Dilma garante.

Brasília pode pegar fogo?


Brasília pode pegar fogo?

Começa exatamente agora no caso da CPI do Cachoeira, o depoimento de Pagot, ex-assessor do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, membro do PR. Muito coisa poderá vir à tona ou não. No começo do depoimento, o ilustre Pagot disse que foi exonerado por pressão do Carlinhos Cachoeira. Que poder possui este homem! Brincadeira!!!  

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Muito Imposto e Serviço Zero


Muito Imposto e Serviço Zero

Segundo pesquisa internacional sobre carga tributária, realizada pela rede internacional de contabilidade e consultoria, o Brasil possui a maior carga tributária do BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China), com recolhimento de 34% do PIB (Produto Interno Bruto) em tributos. Algo nada desprezível ao considerar que a maioria dos serviços prestados pelo Estado brasileiro, na atual conjuntura, fica a cargo da iniciativa privada. A despeito de tramitarem vários projetos de reforma tributária pelos escaninhos do Congresso Nacional, não se vê nenhum deputado federal assumir verdadeiramente a causa da reforma tributária, neste país.

Assiste-se através dos meios de comunicação alguns parlamentares, erguerem a bandeira da reforma tributária, mas se percebe nitidamente a falta de compromisso desses parlamentares, em se aprofundarem no tema e se articularem com as forças políticas representativas das entidades classistas no Congresso, com o fito de tomarem uma decisão que possa beneficiar efetivamente o contribuinte.

O sistema tributário atual fere frontalmente o princípio da equidade fiscal, ou seja, o princípio da justiça fiscal, porque se caracteriza pela regressividade da carga tributária e não pelo aspecto da progressividade. Visto que de acordo com tal princípio, a cobrança não deve recair com maior vigor sobre a classe mais pobre da sociedade, mas sim, sobre aquelas que auferem maiores rendas.

Dentro deste escopo, a reforma tributária considerada uma das reformas estruturais do país, prometida por vários candidatos à presidência da República em palanques eleitorais, tornou-se urgente para a nação. Pelo aspecto citado acima, como também por majorar o custo de produção das empresas, que sofrem significativamente com a nova ordem econômica da globalização, quando são instados a competirem com produtos de países com carga tributária bem menor.  

Por outro lado urge necessário salientar, o paradoxo enfrentado pela população brasileira, que paga muito tributo, em contrapartida não recebe os serviços compatíveis com valor retirado pela cunha fiscal, do Estado. Os serviços sonegados pelo aparelho estatal ultrapassado e senil do Brasil são substituídos pela onerosa prestação de serviços, oferecida pela iniciativa privada.

No caso da saúde, aqueles que não possuem suficiência econômica para adquirir um plano de saúde, estarão fadados a se submeterem à baixa qualidade dos serviços públicos oferecidos, pela rede hospitalar pública. Embora já seja de domínio público, que as operadoras de plano saúde não têm oferecido um bom serviço aos seus usuários, haja vista, a suspensão recente pela Agência Nacional de Saúde de alguns planos, que ainda não se adequaram as novas normas da agência.   

No tocante ao imprescindível serviço da educação, a sociedade também, encontra-se desprotegida, caso queira proporcionar aos seus filhos serviço de qualidade na área educacional, deverá recorrer à iniciativa privada, pois à escola pública no Brasil é de baixa qualidade. Isto quando não estão em greve, colocando os pobres dos contribuintes, sobretudo àqueles que não podem recorrer ao ensino privado, refém dos seus serviços.

Quando se reflete sobre as estradas brasileiras, a problemática não se difere muito dos demais serviços, elas não estão bem conservadas e o governo alega não possuir recursos para as obras de melhoria, portanto, vem entregando várias delas a iniciativa privada, o que leva os motoristas ao trafegarem por elas, a pagarem alto preço pelo pedágio.

Infelizmente assiste-se hoje no Brasil, o Estado sofrendo de emagrecimento, saindo de inúmeras atividades, e a sociedade arcando duas vezes com o preço do serviço. Uma quando se recolhe os respectivos tributos, que o Estado não oferta mais, e a outra vez quando somos obrigados a recorrer aos serviços privados para adquirir os serviços já pagos, no momento do recolhimento dos tributos. Desta maneira o estelionato do Estado brasileiro fica mais evidente, o que da margem da sociedade perguntar, a onde estão colocando o nosso dinheiro?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Gastança no Exterior


Gastança no Exterior

Segundo as estatísticas do Banco Central do Brasil, os brasileiros reduzem os seus gastos no exterior, ao comparar o mês de julho de 2011, com julho de 2012, verifica-se uma queda de 10%. Em 2011 os gastos ficaram em U$$ 2,01 bilhões, enquanto que em 2012 em U$$2,23.  O recuo dos gastos ocorreu por conta e ordem da alta do dólar, que está acima de R$2,00. Com tal cotação, oneram-se as despesas pagas com cartão de crédito, hotéis e restaurantes. Caramba!!!

Virada Em São Paulo


Virada Em São Paulo

Russomano candidato à prefeitura de São Paulo passa o ex-prefeito José serra na corrida sucessória. O Datafolha publicou pesquisa esta semana, com Russomano atingindo 31% dos votos válidos e o Serra com 27% dos votos.

Muita coisa poderá ocorrer a partir de agora, inclusive uma reação forte por parte dos meios de comunicação, leia-se Rede Globo de televisão, com campanhas difamatórias a respeito do candidato que se encontra à frente do certame eleitoral, bem no estilo global, em virtude da possibilidade da Igreja Universal proprietária da Rede Record, conquistar a prefeitura da maior cidade da América Latina, São Paulo.  

Para não esquecermos, é bom lembrar que a Rede Record, acaba de comprar o Jornal O Dia do Estado do Rio de Janeiro. Aguardem cenas dos próximos capítulos, mais emocionantes do que à novela global, Avenida Brasil.  

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Tudo no Investimento


Tudo no Investimento

Numa demonstração acertada de preocupação com o crescimento econômico do Brasil, a ilustre presidente Dilma, lança grande pacote de obras no valor de 133 bilhões de reais que serão implementados até o ano de 2037, juntamente com a iniciativa privada, que ficará com a coordenação, o planejamento e gerenciamento, das rodovias e ferrovias incluídas no Programa de Investimento em Logística.
Através de tal iniciativa, o governo concede nove trechos de rodovias, que compreendem 7,5 mil quilômetros. O modelo de concessão prevê a seleção das concessionárias pelo menor valor de tarifa de pedágio a ser cobrado pelos usuários, que já foi aplicado em outras concessões de estradas federais.
Com o aludido programa anunciado, o governo atacará os pontos nevrálgicos que atravancam o desenvolvimento da nossa economia, há muitos anos. Como, a guisa exemplo, os grandes gargalos infraestruturais que maximizam o tão propalado custo Brasil, responsável pela inviabilidade da competição dos produtos brasileiros, em face dos produtos estrangeiros. É uma antiga reivindicação da classe empresarial, que não suporta mais, transportar os seus produtos por estradas mal conservadas,onerando as suas respectivas estrutura de custos.
Todo o recurso financeiro aportado ao programa de “concessão” ou “privatização envergonhada”, palavra odiada pelas hostes petistas, como está sendo chamado, tem também como objetivo melhorar o desempenho da economia, cujo produto interno bruto (PIB) deste ano não atingirá o percentual de 2%, conjuntura que preocupa e desagrada significativamente a equipe econômica. A fonte de todo o recurso para financiar o programa virá do BNDES, cuja atribuição reside em fomentar o desenvolvimento do país.
 Com o indigitado pacote, o governo promoverá o aquecimento da demanda interna por bens e serviços, provocando com isso uma melhora dos indicadores do nível de atividade econômica, exatamente num momento em que a indústria apresenta recuperação e a economia necessita mitigar os efeitos colaterais provocados pela campanha de estímulo ao consumo desmedido, com crédito fácil e IPI zero, que levou uma legião de consumidores a experimentar o sabor nada agradável da inadimplência, sobretudo àqueles consumidores incautos e que de forma açodada, cederam ao apelo fácil dos meios de comunicação para realizarem a aquisição de bens e serviços.
Além do mais, tal pacote configura-se como uma alternativa a mais, para aquecer o sistema econômico nacional, tendo em vista que à crise econômica internacional, não apresenta perspectiva de reversão no curto prazo. Vamos aguardar para ver se o pacote realmente sairá do papel, ou se restringirá em mais um factoide construído pelos membros do PT em véspera eleitoral.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Subida da Inflação


Subida da Inflação
Semana passada, o recrudescimento da inflação voltou a ocupar espaço de destaque na mídia especializada como um todo. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pelo IBGE, acelerou de 0,08% em junho para 0,43% em julho. Percentual suficiente, para fomentar discussões acaloradas, sobre a atual política monetária implementada pela equipe econômica.  A discussão é pertinente, tendo em vista que os indicadores inflacionários estavam desde outubro de 2011 sem subir.
Com a divulgação do índice inflacionário de 0,43% em julho, o IPCA em 12 meses está em 5,2%, percentual que se encontra fora da meta inflacionária de 4,5% ao ano, pré-estabelecida pelo governo, quando aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentária no Congresso Nacional ano passado, para viger no exercício fiscal de 2012. A título de esclarecimento, e com o fito de agregar veneno à discussão, é bom que não se esqueçam, que a economia está quase parada, com uma projeção de crescimento do PIB de 1,85%, segundo o Banco Central do Brasil, para este ano.
Inclusive, vozes ligadas ao mercado financeiro se levantam e criticam a atual política monetária com o viés de queda das taxas de juros, praticada pelo governo federal com o objetivo de estimular o consumo. Alguns setores econômicos já arriscam palpite, alegam que a curva de queda da taxa de juros poderá se inverter a partir de janeiro de 2013,quando o Banco Central deverá anunciar a elevação das taxas de juros, fazendo com que interrompa a trajetória de queda. Com certeza o assunto em tela, provocará muita discussão até dezembro deste ano.
Pelo visto o brasileiro, ainda não superou o trauma da convivência de anos de inflação, pois basta o “tigre inflacionário” voltar a mostrar as suas garras, que a sociedade recorda do seu triste histórico negativo, de hiperinflação.
 Simplesmente porque a memória inflacionária insisti em povoar o subconsciente de muitos agentes econômicos, só para fundamentar o nosso argumento, oportuno fazer a transcrição do trecho do livro da jornalista Miriam Leitão, A Saga Brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda. Quando ela retrata: “13,3 trilhões por cento foi a inflação acumulada nos 15 anos que antecederam o Plano Real. O país teve cinco moedas entre 1986 e 1994. Para os brasileiros, isso significou instabilidade de preços, indexações, congelamentos, tabelamentos, confisco de poupança, privações, insegurança.”     
Com base no cenário descrito acima percebe-se que a inflação deixou cicatrizes profundas no povo brasileiro, pois quando o problema aparece ocupa logo a pauta dos telejornais. Está justificado.      

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Bons Ventos


Bons Ventos

Após três meses de queda consecutiva, o nível de atividade industrial brasileira apresentou uma leve alta de 0,2% em junho, na comparação com o mês de maio deste ano, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), divulgado quarta-feira passada, dia primeiro de agosto.

A despeito do mês de agosto, ser considerado por aqueles que possuem supertição,  como o  mês em que devemos ter muita prudência no desempenho das nossas ações, o governo federal entra no mês de agosto, comemorando a sutil reação dos indicadores industriais.

Esta ligeira alta dos indicadores, configura-se como consequência da política fiscal implementada pela equipe econômica do ministro Mantega, com o objetivo claro de atacar frontalmente os efeitos da crise europeia, sobre à economia brasileira, obrigando  o  Banco Central a ter uma postura conservadora ao divulgar  os valores referentes ao PIB para o exercício de 2012,  segundo a indigitada instituição ele ficará em torno de 2% ao ano.

Os setores que obtiveram destaque nesta empreitada triunfante, segundo o IBGE, foram os de bens duráveis com 4,8%, vendas de carros principalmente, seguido pelos de bens e consumo semi e não duráveis com o percentual de 1,8% e de bens de capital(máquinas e equipamentos) com 1,4%.  Prova cabal de que a política econômica oriunda do Planalto,  com base na redução das taxas de juros e redução dos impostos, cuja incidência recai sobre a produção,  está no caminho correto.

Entretanto urge necessário refletir o outro aspecto da moeda, diante da renúncia fiscal para aquecer a demanda de  segmentos econômicos, com extensa cadeia de produção, as contas públicas do país, no primeiro semestre deste ano  ficaram comprometidas. Como prova do que falamos, destaca-se  o superávit  primário ou poupança feita pelo governo, para pagar os juros da dívida interna do país, recuou 16,3%, para 65,659 bilhões de reias no aludido período, comparado com um ano antes. O número equivale a 47% da meta oficial projetada para 2012, de 139,8 bilhões de reais, ou cerca de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Tal situação  fez com que acendesse a luz amarela da equipe econômica no que diz respeito aos gastos públicos, pois se a receita fiscal continuar a sua trajetória de queda, como  a previsão parcial dos indicadores fiscais sustentam,  o governo poderá enfrentar desequilíbrio nas contas públicas. Conjuntura que não interessa neste momento, devido as possibilidades de agravamento da turbulência financeira do continente europeu. Agora é só aguardar os próximos movimentos econômicos.