quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Bons Ventos


Bons Ventos

Após três meses de queda consecutiva, o nível de atividade industrial brasileira apresentou uma leve alta de 0,2% em junho, na comparação com o mês de maio deste ano, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), divulgado quarta-feira passada, dia primeiro de agosto.

A despeito do mês de agosto, ser considerado por aqueles que possuem supertição,  como o  mês em que devemos ter muita prudência no desempenho das nossas ações, o governo federal entra no mês de agosto, comemorando a sutil reação dos indicadores industriais.

Esta ligeira alta dos indicadores, configura-se como consequência da política fiscal implementada pela equipe econômica do ministro Mantega, com o objetivo claro de atacar frontalmente os efeitos da crise europeia, sobre à economia brasileira, obrigando  o  Banco Central a ter uma postura conservadora ao divulgar  os valores referentes ao PIB para o exercício de 2012,  segundo a indigitada instituição ele ficará em torno de 2% ao ano.

Os setores que obtiveram destaque nesta empreitada triunfante, segundo o IBGE, foram os de bens duráveis com 4,8%, vendas de carros principalmente, seguido pelos de bens e consumo semi e não duráveis com o percentual de 1,8% e de bens de capital(máquinas e equipamentos) com 1,4%.  Prova cabal de que a política econômica oriunda do Planalto,  com base na redução das taxas de juros e redução dos impostos, cuja incidência recai sobre a produção,  está no caminho correto.

Entretanto urge necessário refletir o outro aspecto da moeda, diante da renúncia fiscal para aquecer a demanda de  segmentos econômicos, com extensa cadeia de produção, as contas públicas do país, no primeiro semestre deste ano  ficaram comprometidas. Como prova do que falamos, destaca-se  o superávit  primário ou poupança feita pelo governo, para pagar os juros da dívida interna do país, recuou 16,3%, para 65,659 bilhões de reias no aludido período, comparado com um ano antes. O número equivale a 47% da meta oficial projetada para 2012, de 139,8 bilhões de reais, ou cerca de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Tal situação  fez com que acendesse a luz amarela da equipe econômica no que diz respeito aos gastos públicos, pois se a receita fiscal continuar a sua trajetória de queda, como  a previsão parcial dos indicadores fiscais sustentam,  o governo poderá enfrentar desequilíbrio nas contas públicas. Conjuntura que não interessa neste momento, devido as possibilidades de agravamento da turbulência financeira do continente europeu. Agora é só aguardar os próximos movimentos econômicos.














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