Bons Ventos
Após
três meses de queda consecutiva, o nível de atividade industrial brasileira
apresentou uma leve alta de 0,2% em junho, na comparação com o mês de maio
deste ano, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Estatística
(IBGE), divulgado quarta-feira passada, dia primeiro de agosto.
A
despeito do mês de agosto, ser considerado por aqueles que possuem supertição, como o
mês em que devemos ter muita prudência no desempenho das nossas ações, o
governo federal entra no mês de agosto, comemorando a sutil reação dos
indicadores industriais.
Esta
ligeira alta dos indicadores, configura-se como consequência da política fiscal
implementada pela equipe econômica do ministro Mantega, com o objetivo claro de
atacar frontalmente os efeitos da crise europeia, sobre à economia brasileira, obrigando o
Banco Central a ter uma postura conservadora ao divulgar os valores referentes ao PIB para o exercício
de 2012, segundo a indigitada
instituição ele ficará em torno de 2% ao ano.
Os
setores que obtiveram destaque nesta empreitada triunfante, segundo o IBGE,
foram os de bens duráveis com 4,8%, vendas de carros principalmente, seguido
pelos de bens e consumo semi e não duráveis com o percentual de 1,8% e de bens
de capital(máquinas e equipamentos) com 1,4%.
Prova cabal de que a política econômica oriunda do Planalto, com base na redução das taxas de juros e
redução dos impostos, cuja incidência recai sobre a produção, está no caminho correto.
Entretanto
urge necessário refletir o outro aspecto da moeda, diante da renúncia fiscal
para aquecer a demanda de segmentos
econômicos, com extensa cadeia de produção, as contas públicas do país, no
primeiro semestre deste ano ficaram
comprometidas. Como prova do que falamos, destaca-se o superávit primário ou poupança feita pelo governo, para
pagar os juros da dívida interna do país, recuou 16,3%, para 65,659 bilhões de
reias no aludido período, comparado com um ano antes. O número equivale a 47%
da meta oficial projetada para 2012, de 139,8 bilhões de reais, ou cerca de 3,1%
do Produto Interno Bruto (PIB).
Tal
situação fez com que acendesse a luz
amarela da equipe econômica no que diz respeito aos gastos públicos, pois se a
receita fiscal continuar a sua trajetória de queda, como a previsão parcial dos indicadores fiscais
sustentam, o governo poderá enfrentar
desequilíbrio nas contas públicas. Conjuntura que não interessa neste momento,
devido as possibilidades de agravamento da turbulência financeira do continente
europeu. Agora é só aguardar os próximos movimentos econômicos.
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