sábado, 29 de dezembro de 2012

BANDO DELOUCOS-ARTIGO SERÁ PUBLICADO SEGUNDA-FEIRA 31/12/2012 NO JORNAL O DIARIO

Bando de Loucos

Neste dia de hoje se encerra mais um ano em nossas vidas, de conquista e realizações sob todos os aspectos, pode-se considerar que o ano de 2012 terminou, chega-se ao seu fim, todavia, como não poderia deixar de ser, cumprindo o dever de ofício ressaltaremos aqui o fato, sob nossa ótica, que marcou significativamente, o cenário econômico e político regional e nacional em 2012.

Tal fato, diz respeito à votação do veto da presidente Dilma, em relação a lei de redistribuição dos Royalties, para os estados e municípios produtores de petróleo, com possibilidades de reflexos negativos sobre a região Norte-Fluminense produtora de petróleo, logo, que se anunciar a chegada do novo ano.

Na oportunidade da votação, os nobres congressistas se comportaram como um "bando de loucos", protagonizando um verdadeiro espetáculo dantesco, ou seja, um vale tudo, numa fúria incessante e emocional com a intenção clara, de ferir os direitos constitucionais dos estados e municípios que produzem petróleo. Além de diminuírem ainda mais, o prestígio da casa congressual, perante a sociedade brasileira, os parlamentares tiveram comportamentos, totalmente incompatíveis com a liturgia da atribuição dos seus mandatos, no que tange a representação dos anseios populares.

Colocaram para votar mais de 3.000 vetos do executivo, em apenas um dia, com o fito de desobstruir a pauta do Congresso, com o respaldo do presidente da Câmara, deputado Marcos Maia (PT-RS), após reunião com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e líderes partidários, numa sessão histórica e sem precedentes, configurando uma reação pueril, ao que eles alegaram ser uma intervenção do Supremo Tribunal Federal, no poder Legislativo, por conta da liminar concedida à favor dos estados produtores de petróleo, pelo ministro do STF, Luiz Fux .

Não pararam por aí, os impolutos deputados e senadores, deixaram de votar o orçamento público da União, instrumento de suma relevância para o crescimento econômico do país, exatamente, num momento crítico da economia brasileira, quando o PIB de 2012 crescerá apenas 1%, e os agentes econômicos já projetavam para o PIB de 2013, o crescimento econômico em torno de 3%.

Agora, tais projeções sofrerão realinhamentos, tendo em vista que o orçamento da União, que possui no seu bojo, aportes de recursos para a política de investimentos do governo federal, e serve de parâmetro para iniciativa privada, desenvolver os seus projetos de investimentos, geração de empregos e renda, não entrará em vigor em primeiro de janeiro de 2013 e sim talvez, a partir de março de 2013, o que constitui verdadeiro absurdo e ato irresponsável para a política econômica do país.

Dentro do contexto acima, considerando as variáveis políticas que impedem o Brasil de crescer, e como o povo brasileiro é comportado e ordeiro, vamos aguardar as decisões verticalizadas de Brasília, para 2013. Lamentável! Feliz ano novo para todos!



José Alves de Azevedo Neto

Economista



 

 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tarifa de Luz


Tarifa de Luz
A tarifa de energia elétrica a partir de janeiro de 2013 sofrerá redução dos seus valores da ordem de 16,7%, o benefício tarifário abrangerá os consumidores proprietários de residências e as pessoas jurídicas.
O governo federal, preocupado com o recrudescimento da inflação, que emite sinais de não retornar ao centro da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central em 2013, enseja uma negociação com as empresas do setor elétrico, com o intuito de convencê-las a reduzirem os preços das suas tarifas, em contrapartida, ofereceu-se a elas a antecipação da renovação dos contratos de concessão que vencem daqui a três anos, estendo-os para os próximos trinta anos. Proposta que desagradou o setor e o mercado.
Como decorrência desta conjuntura, as empresas que possuem ações em bolsa de valores e assistiram os seus ativos perderem valor no mercado aberto, reagiram contrariamente à proposta, alegam que a postura governamental, configura interferência do Estado no domínio econômico, e portanto, não condiz com uma economia de mercado, cuja prioridade e foco encontram-se na lógica do lucro, e sem ele o setor não terá condições de elevar os investimentos na matriz energética brasileira, logo no momento, em que os fundamentos econômicos consolidados na economia brasileira, sinalizam para o ano que vem uma retomada do crescimento econômico.
 Por outro lado, sabe-se também, que os preços cobrados pela energia elétrica no Brasil, estão entre os maiores do mundo, e os serviços ofertados a sociedade são incompatíveis com os valores cobrados. Outro obstáculo a ser enfrentado.
Para se tentar equacionar o problema e se buscar uma saída plausível, o governo federal, se propõe a subsidiar uma parte da tarifa ao consumidor final, que acredita piamente na redução das suas respectivas contas de luz, o que na realidade não ocorrerá devido a duas situações. Uma porque se o governo subsidia as tarifas, os contribuintes pagarão indiretamente, à conta. A outra razão reside na insensibilidade dos governadores, preocupados com a queda de receita do ICMS advindo da energia elétrica, por isso já ensaiam aumento do aludido imposto.
Por conta desta conjuntura confusa e conflitante é que a tão propalada diminuição da energia elétrica na prática não ocorrerá, porque mais uma vez o contribuinte pagará a conta. Economizará de um lado com uma conta de luz menor aparentemente, e gastará do outro pagando mais tributos. Brincadeira!
 
 
José Alves de Azevedo Neto
Economista


A tarifa de energia elétrica a partir de janeiro de 2013 sofrerá redução dos seus valores da ordem de 16,7%, o benefício tarifário abrangerá os consumidores proprietários de residências e as pessoas jurídicas.

O governo federal, preocupado com o recrudescimento da inflação, que emite sinais de não retornar ao centro da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central em 2013, enseja uma negociação com as empresas do setor elétrico, com o intuito de convencê-las a reduzirem os preços das suas tarifas, em contrapartida, ofereceu-se a elas a antecipação da renovação dos contratos de concessão que vencem daqui a três anos, estendo-os para os próximos trinta anos. Proposta que desagradou o setor e o mercado.

Como decorrência desta conjuntura, as empresas que possuem ações em bolsa de valores e assistiram os seus ativos perderem valor no mercado aberto, reagiram contrariamente à proposta, alegam que a postura governamental, configura interferência do Estado no domínio econômico, e portanto, não condiz com uma economia de mercado, cuja prioridade e foco encontram-se na lógica do lucro, e sem ele o setor não terá condições de elevar os investimentos na matriz energética brasileira, logo no momento, em que os fundamentos econômicos consolidados na economia brasileira, sinalizam para o ano que vem uma retomada do crescimento econômico.

 Por outro lado, sabe-se também, que os preços cobrados pela energia elétrica no Brasil, estão entre os maiores do mundo, e os serviços ofertados a sociedade são incompatíveis com os valores cobrados. Outro obstáculo a ser enfrentado.

Para se tentar equacionar o problema e se buscar uma saída plausível, o governo federal, se propõe a subsidiar uma parte da tarifa ao consumidor final, que acredita piamente na redução das suas respectivas contas de luz, o que na realidade não ocorrerá devido a duas situações. Uma porque se o governo subsidia as tarifas, os contribuintes pagarão indiretamente, à conta. A outra razão reside na insensibilidade dos governadores, preocupados com a queda de receita do ICMS advindo da energia elétrica, por isso já ensaiam aumento do aludido imposto.

Por conta desta conjuntura confusa e conflitante é que a tão propalada diminuição da energia elétrica na prática não ocorrerá, porque mais uma vez o contribuinte pagará a conta. Economizará de um lado com uma conta de luz menor aparentemente, e gastará do outro pagando mais tributos. Brincadeira!

 

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Vendas em Queda


Vendas em Queda

O setor automotivo brasileiro no ano de 2012 não terá muita coisa a comemorar, apesar de todo apoio do governo conferido ao setor, com o objetivo de elevar o crescimento econômico e fomentar a geração de emprego.

A produção de veículos por incrível que pareça, amargará pela primeira vez desde 2002, uma queda de 1,5% este ano segundo a Fenabrave, nas suas vendas. Apesar de todo um conjunto de política macroeconômica promovida pelo Palácio do Planalto, através da redução do IPI (Imposto sobre produto industrializado), desvalorização do real, restrição às importações de carros e liberação de 18 bilhões de depósitos compulsório para expandir o crédito, o setor claudica, além do mais, não consegue atender as expectativas esperadas pelas as autoridades governamentais, para decepção da equipe econômico do ministro Mantega, cuja demissão já começa a ser cogitada pelos grandes meios de comunicação internacional.

Inclusive, vozes do setor automotivo anunciam que para o ano de 2013, a diminuição das vendas poderão atingir índices ainda maiores, tendo em vista que os consumidores com as vantagens de ordem fiscal e monetária oferecidas ao setor anteciparam as suas compras de veículos. Para agravar o nebuloso cenário de 2013, agrega-se a inadimplência dos financiamentos cujos índices se elevaram, de 2,6% em janeiro de 2011 para 5,9% em outubro deste ano.

Acrescenta-se ao contexto, uma outra informação sobre o nível de inadimplência no Brasil, retirada da base de dados do Serasa Experian, onde ocorreu aumento de 5,5 milhões no número de inadimplência de janeiro a outubro deste ano, considerando a diferença das entradas e saídas de devedores incapacitados para adimplir as suas obrigações.

Pelas pesquisas que ora são realizadas pelas instituições especializadas em verificar a inadimplência dos consumidores, constata-se que o perfil da classe que mais se endivida na atual conjuntura é a classe c, considerada como os emergentes. São indivíduos que antes não tinham acesso aos bens e serviços, que estão tendo hoje, devido ao aumento das suas respectivas rendas. Todavia, como já era de se esperar a ânsia pelo consumo rápido, conduz a aludida classe a  crescente endividamento, por conta da falta de experiência no manuseio do dinheiro e pela facilidade de oferta de crédito, que existe na atualidade.

Em decorrência desta situação as instituições de crédito, sobretudo o setor bancário, estão mais seletivos na concessão de recursos à pessoa física. Este talvez, seja o preço a pagar pelo modelo adotado pelo país na busca do crescimento econômico, com ênfase no consumo, levando milhões de brasileiros incautos a inadimplência das suas contas.     

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Risco Itália


Risco Itália

Com o objetivo de avaliar a credibilidade da economia italiana, junto aos mercados internacionais, o primeiro ministro Mario Monti, autorizou o governo, a vender títulos públicos ao mercado.

A operação foi bem sucedida, como se pode verificar através do valor absoluto arrecadado de seis bilhões de euros, o que de certa forma atenua a pressão política, que o primeiro mandatário das terras do antigo império romano, sofre atualmente do ex-primeiro ministro Berlusconi, que esboça movimentos para retornar ao poder, após responder por vários crimes de ordem fiscal.

Berlusconi alega que os indicadores da economia italiana pioraram com o Mario Monti no poder, em virtude disto ele quer voltar.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Pibinho


Pibinho

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para tristeza da presidente Dilma, divulgou o PIB do terceiro trimestre do ano de 2012, com o percentual de crescimento de apenas 0,6%, com significativo impacto negativo sobre a curva de investimento, que apresentou uma queda de 2%.

Segundo análise do mercado em geral, as causas do aludido tropeço, encontram-se na retração da demanda externa por bens e serviços, com raízes na crise econômica mundial desencadeada, no continente europeu e na economia americana.

A despeito das taxas de juros estarem em patamares abaixo da média histórica, por conta da opção da equipe econômica praticar uma política monetária expansionista, visando induzir os agentes econômicos, a priorizarem os seus investimentos, tudo fazia crer que bastaria alimentar a fantasia da redução dos juros e depreciar o câmbio, que os reflexos da política macroeconômica, produziriam consequências benéficas sobre a demanda agregada por bens e serviços, fazendo com que a economia reagisse de imediato, provocando assim, um aumento no crescimento econômico, fato que ainda não ocorreu, conforme constatado, na aferição do PIB do terceiro trimestre.

Destaca-se, também, dentro do escopo de análise, outro segmento que acumula perdas em decorrência da redução das taxas de juros, o de serviços, que obteve taxa de crescimento zero, puxado pelo baixo faturamento do setor bancário. 

Diante do quadro desfavorável acima, as previsões do mercado para este ano não são das melhores, calcula-se, todavia, uma expansão econômica pífia, em torno de 1% para 2012.

O presente resultado deixa claro para todos, que a primeira metade do governo Dilma será um “biênio perdido”, com taxa média de crescimento de 2% anuais, próxima à das décadas de 80 e 90. Conjuntura que obriga o Palácio do Planalto, a acender a luz amarela, devido ao início das discussões políticas para se fazer uma reforma ministerial, com foco nas eleições presidenciais de 2014, e não fortalecer a oposição, que comemora efusivamente o momento atual.

Acrescenta-se ainda ao contexto de crescimento da taxa de 0,6% de crescimento do PIB, outro ingrediente para fomentar o processo de ebulição das críticas contra o governo federal, o PIB dos países em crise econômica, como a guisa de exemplo, o dos Estados Unidos que ficou em 0,5%, e o da Alemanha em 0,2%, numa demonstração de que o PIB brasileiro do terceiro trimestre ficou mais próximo do desempenho dos países ricos em crise do que os dos seus pares emergentes, como a Venezuela com 3,6%, a China com 2,2% e o Chile com 1,4%.

 Preocupada, a presidente Dilma, se viu na obrigação de pedir explicações à equipe econômicas, para fazer uma reavaliação séria da política econômica atual, e o que mais preocupa a presidente é a timidez do investimento. Será que ocorreu a tão propalada marola?

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Estelionato do Estado


Estelionato do Estado

O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário elaborou estudo sobre a carga tributária de trinta países do mundo, na oportunidade concluiu de que o Brasil possui uma das maiores cargas tributárias dentre os países estudados, e o que é pior, a contrapartida dos serviços oferecidos pelo estado brasileiro, são precárias, tendo em vista a incapacidade de oferecer os bens e serviços, essenciais ao bem estar da sociedade. Acrescenta ainda ao aludido estudo, o brasileiro pagou somente no exercício fiscal de 2011, R$ 1,5 trilhão em impostos o correspondente a 36% do PIB brasileiro (produto interno bruto), o que significa a décima segunda maior carga tributária do mundo.

O problema maior da atual conjuntura brasileira, não passa pela alta carga tributária ou eficácia da cunha fiscal arrecadatória por parte do governo. O que mais preocupa e leva o cidadão brasileiro a manifestar sentimento de indignação, diz respeito aos serviços que ele paga e não o recebe, compativelmente dentro de uma relação simétrica.

Quando se recorre ao sistema de saúde pública, por exemplo, aos hospitais da rede pública, o atendimento realizado pelos profissionais da área de saúde e os equipamentos existentes para exames, deixa muito a desejar, obrigando a população a buscar os serviços que já foram pagos, na iniciativa privada, especificamente no caso em tela nos planos de saúde, que ora oferecem serviços de baixa qualidade.

No mesmo diapasão, pode-se salientar os serviços prestados inerentes à educação pública, que também sofre dos malefícios da má gestão da aplicação dos recursos públicos. O estado tributa a renda da sociedade de forma escorchante, e o cidadão se vê na obrigação de buscar o imprescindível serviço educacional na iniciativa privada, pagando-o a preço de ouro. 

No que tange ao serviço de segurança pública, claro, a conjuntura não foge à regra, a sociedade para se proteger, coloca alarmes nos seus veículos, nas suas residências, caso contrário poderá se surpreender com o surrupiamento dos seus respectivos patrimônios, pois a contrapartida advinda do estado em relação ao serviço, segurança pública, também, não se destaca no rol dos bons serviços prestados.

Por essas e outras razões, é que os brasileiros pagam duas vezes pelo mesmo serviço, e infelizmente, usufruiu apenas de um. Paga-se através de impostos e paga-se também ao mercado pelo mesmo serviço, com o salário do trabalhador. Um verdadeiro estelionato. Sem falar nas estradas, por onde se trafega, pagando às maiores tarifas de pedágio do mundo, para se ter estradas seguras e sem buracos, fato que ainda não ocorre, no país.

A sociedade brasileira através do mecanismo de duplo pagamento pelo mesmo serviço percebe a sua renda diminuir dia a dia, o que não é bom para o crescimento econômico. Caso o estado brasileiro, alocasse com eficácia parcela da renda apropriada do bolso do contribuinte mensalmente, a capacidade de poupança da economia brasileira se elevaria, como consequência, o reflexo sobre a curva de investimento seria positivo, com significativo impacto sobre o produto interno bruto.  Vamos torcer para que  essa realidade mude!         

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Receita Orçamentária Total (percentual) e nº Habitantes 2011


Receita  Orçamentária Total (percentual)  e nº Habitantes 2011

Municípios
 
Habitantes
 
Receita trib.
Royalt.
FPM
ICMS
 
Outras
 
 
 
 
 
Campos
468.087
7,9
58,6
2,1
13,2
 
18,2
 
 
 
 
Macaé
212.433
28,1
30,6
2,7
21,9
 
16,6
 
 
 
 
Quissamã
20.747
4,3
43,5
4,7
41,5
 
6,1
 
 
 
 
São João da Barra
33.136
5,8
72,3
3,9
9,1
 
8,9
 
 
 
 
Porto Real
16.938
6,7
2,9
4,6
83,1
 
2,7
 
 
 
 

 

A tabela acima demonstra o peso percentual, relativo a cada receita que compõe o orçamento total dos municípios da área petrolífera, com uma relevante observação a fazer. Porto Real, não compõe à área petrolífera, todavia, a sua receita maior como pode se observar através da tabela, encontra-se no ICMS, com 83% de participação no orçamento, devido obviamente ao Grupo PSA Peugeot Citroem que se instalou na cidade em 2001, colocando a cidade como sexta produtora de automóvel mundial, com uma participação de 5,3% do mercado global. A fábrica está no tecnopólo de Porto Real, área no entorno do centro de produção, que dentro da mesma locação industrial, aglutina fornecedores sistemistas (de primeira camada).

Pode-se dizer que a economia de Porto Real se auto-sustenta, ou seja, o seu próprio sistema econômico produz receita suficiente para respaldar as políticas públicas da prefeitura. Não vive na dependência de receita externa, como no caso dos municípios da bacia petrolífera de Campos, que na atual conjuntura, preocupa-se com a possível perda das indenizações constitucionais oriundas da exploração de petróleo.

Necessário como a cidade de Porto Real, gerar uma base industrial além do petróleo, nos municípios que ainda dependem apenas do ouro negro, para não se entrar num processo de depressão econômica.   

 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Per capta dos municípios fluminense (receita pública)


Receita Pública per capta-2011

Município
R$
Porto Real
10.620,09
Quissamã
10.247,67
São João da Barra
10.237,56
Macaé
7.297,53
Carapebus
5.857,94

 

Porto Real atualmente desponta com a maior renda per capta, entre os municípios fluminenses. Tal posição era ocupada sempre pelos municípios da bacia petrolífera de Campos, na maioria das vezes por Quissamã. Campos dos Goytcazes encontra-se na 14º posição com o valor de R$ 4.332,56.

Abismo Fiscal


Abismo Fiscal

Cumprindo promessa de campanha o presidente Obama, inicia o seu processo de convencimento dos deputados e senadores do partido republicano, para tentar aprovar no Congresso Nacional, o pacote de medidas de austeridades fiscais, com o objetivo de evitar que a economia americana entre num processo de recessão, por causa do “abismo fiscal”, tão propalado pela mídia.

Tal conjunto de medidas, caso não obtenha aprovação por parte do Congresso americano até o final do ano, poderá levar a economia do país ao “abismo fiscal”, termo utilizado pelo mercado, para caracterizar um corte automático das despesas públicas da ordem de US$100 bilhões, combinado com um aumento de impostos generalizado de US$ 400 bilhões, conjuntura econômica indesejada pelos democratas, pois as consequências decorrentes deste mecanismo automático de ajuste fiscal, previsto na legislação americana, mergulhará todo o sistema econômica num desaceleramento da demanda agregada, podendo levar os Estados Unidos a amargar pela segunda vez outra recessão, com efeitos cruéis sobre a geração de emprego e renda da economia, num momento em que os indicadores econômicos apresentam melhora.

Por conta deste cenário nebuloso, às empresas americanas já anunciam redução dos seus respectivos planos de investimentos, com sinais claros de um novo entrave à recuperação econômica dos Estados Unidos. Inclusive, metade das 40 empresas de capital aberto que mais investem no país anunciaram a intenção de restringir a suas políticas de investimentos, este ano e para o próximo, trabalhando com cenário de incerteza já a partir deste ano, o que não é bom para economia mundial.

As previsões realizadas pelos analistas econômicos, não são boas, afirmam que a partir de janeiro de 2013, o PIB americano cujas estimativas de crescimento eram de 1,7%, poderá reduzir ao patamar de 0,5%, e a taxa de desemprego sairá de 8% para 9% no mesmo período.

Com o fito de se evitar um desequilíbrio orçamentário ainda maior, uma das propostas assumidas pelo presidente Obama e defendida em campanha, diz respeito à necessidade de se buscar fonte de financiamento através da tributação das classes sociais mais ricas, segmento social bafejado pelos republicanos, com benesses fiscais, na era Bush.

Dentro deste contexto, nada agradável, resta ao mundo torcer para que o acordo entre os democratas e republicanos, saia logo, caso contrário à economia global poderá sofrer mais um revés. Não é do desejo dos agentes econômicos, que a economia dos Estados Unidos que esboça possibilidade de recuperação, entre em compasso recessivo, já basta à economia europeia. É verdade!   

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista

 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Nem o velho Chico escapa


Nem o velho Chico escapa

A Globo News numa brilhante reportagem sobre o desperdício dos recursos públicos no Brasil destacou a grande obra do governo do ex-presidente Lula, a transposição do rio São Francisco, sonho acalentado há mais de cinquenta anos pelo povo nordestino que vive na própria pele a exclusão econômica e a tenebrosa seca, no sertão. 

Infelizmente como não poderia deixar de ser e fugir à regra geral dos sucessivos governos que passam pelo Palácio do Planalto, a obra encontra-se abandonada e parada, configurando mais um exemplo de desperdício do dinheiro público. Para se ter uma ideia do problema, a parte que coube às grandes empreiteiras proprietárias de uma fatia significativa do orçamento federal está inacabada, para tristeza do povo nordestino e do contribuinte brasileiro, acrescenta-se ainda a esta história deplorável, a necessidade de refazer boa parte dela, tendo em vista as inúmeras rachaduras identificadas nos canais de cimento construído, com o fito de escoar a água para às propriedades rurais do nordeste.

 A outra parte da obra que ficou a cargo do exército brasileiro está pronta, e diga-se de passagem, sem nenhum problema de ordem técnica, com o seu cronograma executado dentro do previsto sem nenhuma ressalva por parte dos órgãos técnicos competentes.

Como não fosse suficiente à má aplicação dos recursos públicos pelo governo federal descrito acima, deve-se ressaltar ao contexto a ineficiência, no que tange à execução orçamentária, deixando muito a desejar, sobretudo na atual conjuntura em que o Brasil necessita de reduzir os seus gargalos na infraestrutura social e econômica, como nos portos, aeroportos, estradas e principalmente o ensino básico, com a finalidade de elevar a competitividade da economia nacional, frente aos desafios da globalização, através de uma política de investimento eficiente, coisa que não vem ocorrendo.

 Só de janeiro a setembro de 2012, o governo federal só aplicou 44% do valor absoluto autorizado pelo Congresso para despesa de capital (investimentos) de R$ 102,3 bilhões, o que representa o valor de R$ 45,2 bilhões.

 Numa economia que pretende crescer 4% do PIB no ano de 2013, realmente é muito pouco. O que está havendo com o governo Dilma?

 Para se melhorar o desempenho dos indicadores de produtividades da indústria brasileira, é de fundamental importância os investimentos do setor público, sem eles os investimentos privados tendem a se reduzir.

Percebe-se, todavia, que a política econômica do governo federal prioriza o consumo em detrimento dos investimentos, como a guisa de exemplo, a política fiscal de redução do IPI, conjugada com a política monetária de redução dos juros, opção por um crescimento econômico que não se sustenta ao longo prazo.

Necessário se faz apelar para equipe econômica repensar a trajetória de crescimento sem prioridade para o investimento, além do mais, solicitar dos órgãos responsáveis maior fiscalização em relação à aplicação dos recursos dos contribuintes, como os fatos acima indicam, não vem sendo aplicados de acordo com a legislação vigente no país. Olhem por exemplo o descaso com a obra de transposição do rio São Francisco.  Lamentável!