sábado, 29 de dezembro de 2012

BANDO DELOUCOS-ARTIGO SERÁ PUBLICADO SEGUNDA-FEIRA 31/12/2012 NO JORNAL O DIARIO

Bando de Loucos

Neste dia de hoje se encerra mais um ano em nossas vidas, de conquista e realizações sob todos os aspectos, pode-se considerar que o ano de 2012 terminou, chega-se ao seu fim, todavia, como não poderia deixar de ser, cumprindo o dever de ofício ressaltaremos aqui o fato, sob nossa ótica, que marcou significativamente, o cenário econômico e político regional e nacional em 2012.

Tal fato, diz respeito à votação do veto da presidente Dilma, em relação a lei de redistribuição dos Royalties, para os estados e municípios produtores de petróleo, com possibilidades de reflexos negativos sobre a região Norte-Fluminense produtora de petróleo, logo, que se anunciar a chegada do novo ano.

Na oportunidade da votação, os nobres congressistas se comportaram como um "bando de loucos", protagonizando um verdadeiro espetáculo dantesco, ou seja, um vale tudo, numa fúria incessante e emocional com a intenção clara, de ferir os direitos constitucionais dos estados e municípios que produzem petróleo. Além de diminuírem ainda mais, o prestígio da casa congressual, perante a sociedade brasileira, os parlamentares tiveram comportamentos, totalmente incompatíveis com a liturgia da atribuição dos seus mandatos, no que tange a representação dos anseios populares.

Colocaram para votar mais de 3.000 vetos do executivo, em apenas um dia, com o fito de desobstruir a pauta do Congresso, com o respaldo do presidente da Câmara, deputado Marcos Maia (PT-RS), após reunião com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e líderes partidários, numa sessão histórica e sem precedentes, configurando uma reação pueril, ao que eles alegaram ser uma intervenção do Supremo Tribunal Federal, no poder Legislativo, por conta da liminar concedida à favor dos estados produtores de petróleo, pelo ministro do STF, Luiz Fux .

Não pararam por aí, os impolutos deputados e senadores, deixaram de votar o orçamento público da União, instrumento de suma relevância para o crescimento econômico do país, exatamente, num momento crítico da economia brasileira, quando o PIB de 2012 crescerá apenas 1%, e os agentes econômicos já projetavam para o PIB de 2013, o crescimento econômico em torno de 3%.

Agora, tais projeções sofrerão realinhamentos, tendo em vista que o orçamento da União, que possui no seu bojo, aportes de recursos para a política de investimentos do governo federal, e serve de parâmetro para iniciativa privada, desenvolver os seus projetos de investimentos, geração de empregos e renda, não entrará em vigor em primeiro de janeiro de 2013 e sim talvez, a partir de março de 2013, o que constitui verdadeiro absurdo e ato irresponsável para a política econômica do país.

Dentro do contexto acima, considerando as variáveis políticas que impedem o Brasil de crescer, e como o povo brasileiro é comportado e ordeiro, vamos aguardar as decisões verticalizadas de Brasília, para 2013. Lamentável! Feliz ano novo para todos!



José Alves de Azevedo Neto

Economista



 

 

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