sexta-feira, 30 de março de 2012

Esperança nos Brics


Esperança nos Brics

Na sua visita à Índia a presidente Dilma, declara em discurso que os países que compõe o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), estão fortes o suficiente para suportar a crise internacional que assolou o mundo, além do mais, chegarão coesos na reunião do G20 que ocorrerá no México em junho.

Certamente a nossa presidente goza de grande respeito no exterior, como pode-se observar, todo este sentimento tem fulcro no bom comportamento dos indicadores econômicos da economia brasileira, empreitada iniciada em 1994 com a implantação do Plano Real, responsável pela estabilização dos preços e fortalecimento do padrão monetário nacional.

Os governos pós 1994 tiveram grande mérito no que tange ao entendimento de que numa administração, seja pública ou privada, o princípio da continuidade deve ser respeitado, como no caso em tela do Plano Real, os fundamentos basilares da sua engenharia econômica foram respeitados, como por exemplo, câmbio flutuante, superávit primário e a meta inflacionária.

Em razão deste entendimento colhem-se frutos, ao contrário de outros países, como os europeus, serão obrigados a fazerem o dever de casa, como por exemplo, pensar numa possível privatização de algumas empresas públicas.


quinta-feira, 29 de março de 2012

OPINIÃO DO DIA – Marco Antonio Villa: a incompetência - Retirado do Blog Democracia Política e o novo Reformismo

O governo Dilma Rousseff lembra o petroleiro João Cândido. Foi inaugurado com festa, mas não pôde navegar. De longe, até que tem um bom aspecto. Mas não resiste ao teste. Se for lançado ao mar, afunda. Não há discurso, por mais empolgante que seja, que consiga impedir o naufrágio. A presidente apresenta um ar de uma política bem-intencionada, de uma tia severa e até parece acreditar no que diz. Imagina que seu governo vai bem, que as metas estão cumpridas, que formou uma boa equipe de auxiliares e que sua relação com a base de sustentação política é estritamente republicana. Contudo, os seus primeiros 15 meses de governo foram marcados por escândalos de corrupção, pela subserviência aos tradicionais oligarcas que controlam o Legislativo em Brasília e por uma irritante paralisia administrativa.



VILLA, Marco Antonio, historiador. A incompetência virou elogio. O Globo, 27/3/2012

terça-feira, 27 de março de 2012

Prorrogação do IPI


Prorrogação do IPI

Como já havíamos anunciado neste espaço, o governo acaba de promover à prorrogação do IPI da linha branca. Segundo fontes de Brasília, o governo fez acordo com os empresários. Prorroga-se o IPI e os empresários manterão os empregos até junho.

Dentro dessa linha de raciocínio devemos parabenizar a iniciativa da ilustre presidente da República, que na hora de selar o acordo certamente pensou como uma grande política, em mitigar o custo social que poderia advir por conta de demissões. Por outro lado, será oportuno perguntar aos membros do governo? Quando faremos a reforma tributária tão ansiada pelos setores representativos dos segmentos produtivos da economia barsileira.

Acho que já passou da hora do palácio do Planalto, mandar ao Congresso Nacional o seu projeto de reforma tributária ou aproveitar os projetos de reforma tributária que tramitam há anos pelos escaninhos do poder legislativo, dentre eles encontra-se um remetido pelo ex-presidente, Lula. Ninguém suporta a exacerbada carga tributária existente no Brasil.

Não se pode viver de remendos e prorrogações de benefícios tributários. Se a ilustre presidente Dilma busca realmente transformar-se numa estadista, chegou o momento de realizar as reformas estruturais que tanto necessita o nosso país. Começando obviamente pela tributária. Aguardemos!!!

          

Comentário No Blog Economia do Norte Fluminense

Ainda sobre o projeto de piscicultura....

Postado por José Alves


Triste Fim

Nobre Professor,

Lamentavelmente o grande projeto de psicultura Capacitar para Tranformar, chega ao seu ocaso. Nós que tivemos a oportunidade de vê-lo nascer, produzir os seus frutos e agora somos obrigados a assistir o seu sepultamento.Vivenciei diversas vezes, o professor Alcimar passar em frente a nossa casa em Atafona, nas manhãs de domingo com o seu bugre amarelo a caminho do local denominado ruínas da marinha, onde encontrava-se implantado tal projeto, de forma abnegada, para gerenciá-lo. Talvez pensasse que através do seu esforço e idealismo pudesse mais tarde fundar uma escola de pesca, para profissionalizar e qualificar os pescadores, ou seja, o capital social da região, dando-lhe dignidade e agregando valor para que eles pudessem se independer das garras ferozes do poder publico local. Pois sabe ele melhor do que ninguém, que atividade pesqueira na região encontra-se com os dias contados. E o projeto capacitar para transformar poderia ser um instrumento de resgate. Tivemos inúmeras vezes degustando as tilápias produzidas nos tanques do projeto, em diversas festividades de São João da Barra, esses eventos serviam para divulgar e conscientizar a população da cidade, da importância de se ter uma alternativa de desenvolvimento econômico, com o signo do povo da terra de Narcísia Amália. Infelizmente entenderam de forma errada. Paciência!Agora verifica-se que o projeto soçobrou por falta de apoio e compreensão de setores de São João Barra, que não valorizaram a prata da casa. É muito duro! Essa talvez fosse uma iniciativa ímpar de se buscar um desenvolvimento econômica orgânico, ou seja, o povo de São João da Barra teve a chance de elaborar um projeto com o perfil da própria terra e infelizmente deixou que ele se acabasse. Tal projeto poderia conviver perfeitamente com os grandes e agressivos investimentos, que estão por vir. Nada impediria que crescesse e continuasse a dar frutos. Por razões óbvias e interesses já conhecidos da elite que hoje domina São João Barra, a opção foi pelo seu rechaçamento.Agora é tarde, não adianta chorar o leite derramado! O preço com certeza virá. Quem vai pagá-lo? A história nos dirá.


José Alves
Economista

segunda-feira, 26 de março de 2012

Retirado do Blog Economia do Norte Fluminense do Professor Alcimar

O fim do projeto de piscicultura integrada em Atafona financiado pela Petrobrás

O projeto de piscicultura integrada, ação do programa capacitar para transformar sistemas de produção local, está sendo concluído. Dez anos se passaram depois das articulações iniciais em torno dessa idéia que, apesar de ter chegado ao final de uma forma alheia a nossa vontade, possibilitou resultados importantes. O conhecimento internalizado gerou publicações científicas, domínio sobre processos e produtos, confiança entre os envolvidos e inovações importantes para a atividade.
Os principais motivos pelo encerramento do projeto estão cristalizados no ambiente sociocultural, ou seja, o forte individualism
o, a concentração de poder do executivo local que permite aniquilar as ações que não são do seu interesse, a excessiva dependência econômica da população ao poder público, a ausência de um perfil empreendedor localmente e um acentuado desinteresse da população por questões de ordem coletiva.
Entretanto, o encerramento anotado não significa abandono dos ideais. Como sabemos, o município de São João da Barra vive um grande paradoxo, onde a riqueza do petróleo e os recentes investimentos em infraestrutura portuária, com perspectiva de porto indústria, acentuam declínio econômico e empurra parte da população para espaços de exclusão. Neste caso, entender as origens dos problemas elencados e formular políticas públicas com capacidade de fortalecer as atividades econômicas domésticas pode ser o caminho essencial par
a a inclusão mais ampliada da população.
Visando contribuir nesse processo, estruturamos um projeto de resgate da história local, cujo objetivo é produzir conteúdos, a partir da pesquisa bibliográfica e da pesquisa de campo, para disseminação nas escolas e na sociedade, de forma que a mesma sociedade possa repensar comportamentos e quebrar hábitos que são verdadeiros gargalos ao desenvolvimento econômico sustentável.

O projeto funcionará no prédio da piscicultura em Atafona com três bolsistas da escola municipal Newton Alves na mesma localidade, os quais terão a oportunidade de aproximação com a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF e abertura de um canal de informação potencial para a sua evolução profissional. O prédio já conta com uma biblioteca em formaç
ão e ficará aberto para visitação e uso do material bibliográfico bastante diversificado.

A imagem mostra o resultado do processamento da tilapia cultivada em tanques forrados com lona. Em pequenas áreas improdutivas é possível obter alimento de alta qualidade. Só lamentamos a falta de apoio a projeto de tamanha relevância.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Puxadinho Econômico


Puxadinho Econômico

O brasileiro de um modo em geral adora construir o famoso puxadinho, palavra utilizada para ilustrar as construções de barracos em áreas de risco, onde residem populações de baixa renda.

Mas infelizmente tal palavra encontra-se incorporada a nossa cultura, vejam por exemplo, no caso da reunião com os 29 empresários com a presidente da República. Quando na oportunidade foi voz corrente a reivindicação por parte do empresariado, que compareceu ao Palácio do Planalto, a necessidade do governo mandar o projeto de reforma tributária para o Congresso votar. A presidente acatou a solicitação.

Mas num outro momento após o término da reunião, o ilustre ministro da Fazenda anuncia a prorrogação da isenção do IPI para os produtos que compõe a linha branca (geladeira, máquina de lavar e afins) até junho. Ou seja, o ministro faz um puxadinho, ao invés de envidar esforços para se elaborar de forma plausível, uma reforma tributária que possa atender os anseios tanto do empresariado, como dos Estados, Município e a União. É verdade!!!

    

Democracia Política e novo Reformismo - Hobsbawn: Gramsci e a Política

E isso me leva ao mais importante: a maior contribuição de Gramsci para o marxismo consistiu em criar uma teoria marxista da política.



Gramsci é um teórico político na medida em que considera a política como uma “atividade autônoma” (Cadernos do cárcere), dentro do contesto e dos limites definidos pelo desenvolvimento histórico, e porque ele se dispõe especificamente a investigar “o lugar que a ciência política ocupa numa concepção marxista sistemática (coerente e conseqüente) do mundo” (ibid.)



No entanto, isso significou mais do que simplesmente introduzir no marxismo o tipo de discussão encontrada nas obras de seu herói, Maquiavel – autor que não figura com muita freqüência nas obras de Marx e Engels. Para Gramsci a política é a essência não só da estratégia para se chegar ao socialismo, mas do próprio socialismo.



A política é para ele, como corretamente frisam Hoare e Nowell-Smith, “a atividade humana central, o meio pelo qual a consciência individual é posta em contato com o mundo social natural em todas as suas formas” (Cadernos do cárcere).



HOBSBAWM, Eric.Como mudar o mundo, p.291-2. Companhia da Letras, S. Paulo, 2011.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Empresários Felizes


Empresários Felizes

Foi bem sucedida à reunião que a presidente Dilma, realizou com 28 empresários hoje no Planalto, clima descontraído, embora não tenha tomada nenhuma decisão prática, os empresários saíram satisfeito com o que ouviram e também tiveram oportunidade de externar os seus pensamentos.

Durante a reunião o ministro da Fazenda, afirmou aos presentes que a trajetória de queda da taxa de juros continuará. Espera por parte dos empresários a elevação dos investimentos, além do mais, o governo fará a sua parte a respeito da política cambial, conterá a valorização do real junto ao dólar, responsável pela perda de competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo.

 Acrescentou ao contexto da sua fala, que o governo investirá o necessário na infraestrutura econômica do país, mitigando o custo Brasil, entretanto, entende que os investimentos privados deverão ter maior vulto.

Obviamente no setor privado a probabilidade dos investimentos são maiores, sobretudo no que tange a ciência e tecnologia, setor relevante para agregar valores aos produtos brasileiros.  Alguns dos empresários presentes declararam que já planejam para investir no ano de 2012, a importância de 20 bilhões de reais, valor que não se pode desprezar. Viva!!!



  

quarta-feira, 21 de março de 2012

Empresários no Planalto


Empresários no Planalto



 A presidente Dilma convida para comparecer ao Palácio do Planalto, empresários de diversos segmentos do país. Na pauta da reunião, encontra-se o pedido para que tais empresários elevem os investimentos de suas empresas.

Na atual conjuntura, entre um grupo de 20 países considerados emergentes, o Brasil está entre os três que menos investem, na frente apenas de Egito e Filipinas. Na América latina, países como Peru, Chile e Colômbia tem conseguido aumentar suas taxas de investimento para níveis próximos a 25% do PIB. Segundo o Ministro da Fazenda, este ano a taxa de investimento no país, poderá chegar a 21,8% do PIB.

Dentre os empresários convidados destaca-se o senhor Eike Batista, como não poderia deixar de ser, pois o ilustre empresário hoje é o homem mais rico do país, com grande potencial de investimento, como prova disso, temos na nossa região, especificamente no Açu um grande e vultoso empreendimento da sua lavra. O que deixa cheio de orgulho o povo de São João da Barra e adjacência.

Dentro do contexto, relevante salientar que o crescimento econômico do país, tem priorizado o consumo das famílias em detrimento da formação bruta de capital fixo ou investimento, o que de certa maneira não expande o sistema econômico. Fruto da política de renda implementada nos últimos anos, pelo governo do PT, que elevou o poder aquisitivo da classe trabalhadora.

Porém, no processo econômico necessário se faz a elevação dos investimentos, porque é através dele que se gera emprego, renda e tributos. O Brasil necessita urgentemente de investir em infraestrutura para possibilitar a mitigação do custo Brasil sobre a produção nacional. Investir pesado em portos, aeroportos, estradas, onde efetivamente residem os gargalos do setor produtivo. Em razão de tais deficiências é que talvez a ilustre presidente da República tenha convocado tais empresários. Vamos torcer para que os ventos sejam favoráveis aos investimentos. O Brasil clama por um melhor cenário econômico.     

      

Reflexo Chinês

Reflexo Chinês
Os mercados mundiais refletiram negativamente, ao anúncio feito pelas autoridades econômicas chinesas, a respeito da redução do crescimento econômico para este ano  de 2012.
Em virtude de dois aumentos de combustíveis no intervalo de dois meses, os chineses já se anteciparam e divulgaram ao mundo, que reduzirão as suas importações de minério de ferro. Fato que poderá comprometer as exportações de minério brasileira, cujo maior mercado ainda é o chinês, a Bovespa no dia de ontem, 20/03/1964, fechou em queda de  menos 0,64%, puxado pela desvalorização das ações da Vale, empresa gigante do mercado de mineração. Vamos torcer para que os chineses repensem as suas previsões. O mundo agradecerá.

terça-feira, 13 de março de 2012

http://economianortefluminense.blogspot.com/

Comentário feito ao artigo: A difícil equação da combinação dos pilares...

É verdade professor,

Estamos diante do antigo e mesmo dilema. Não temos mão-obra nem conhecimento suficiente para encararmos os novos desafios, que aparecem nos nossos caminhos.

Infelizmente no Brasil a educação ainda é um tabu, não se investe em ciência e tecnologia, temos que importá-la de outros países e ficarmos à reboque.  

Como bem salientou, o governo deveria ser o principal agente para fomentar o processo de desenvolvimento, mas ele tropeça nas próprias pernas, atendendo a demandas imediatas e de curto prazo. Os homens públicos da política brasileira preocupam-se com o próximo mandato e não com a próxima geração. É a pura sede incessante pelo poder.

Em razão desta sanha tresloucada, quem perde é o país e por sua vez, à sociedade. Agora surgem novos desafios e novamente somos obrigados a recorrer a terceiros, pois não temos expertise para enfrentá-los. Vem o pré-sal e não se tem tecnologia e mão de obra. Vem o Porto do Açú a mesma coisa. Lamentável!!!

                                                                         José Alves.

                                                                        Economista

Brasil com olho na China


Brasil com olho na China



A presidente Dilma preocupada com a queda do PIB de 2011, cujo crescimento foi de apenas 2,7%%, determinou que o Ministro da Fazenda tomasse medidas para alavancar o crescimento econômico em 2012. Ela projeta para este ano, crescimento do PIB em torno de 4,5%. Não quer ficar com a pecha de que na sua gestão, a economia brasileira teve crescimento pífio.

Em decorrência da preocupação da presidente, o Ministro Guido Mantega, acaba de eleger como inimigo número um, os produtos chineses, segundo ele responsável pela desindustrialização da nossa economia. Para tanto, já elevou as alíquotas do IPI, sobre os produtos importados da China. Vamos aguardar para vê se os setores mais atingidos pelos chineses reagem às medidas fiscais, como por exemplo, os setores de tecido e confecções. É verdade!!!


quarta-feira, 7 de março de 2012

Frustração Econômica


Frustração Econômica



O PIB anunciado ontem de 2,7%, levará o governo federal a repensar ainda mais a sua política monetária com o foco no crescimento econômico. Tudo leva a crer que a taxa básica de juros reduzirá ainda mais, com a reunião do COPOM no dia de hoje. As previsões já começam a ser feita, alguns segmentos afirmam que cairá 0,5% outros afirmam que a redução chegará a 0,75%. Tudo ainda encontra-se no campo da especulação.

Todavia, com a frustração do crescimento de 2,7% do PIB, certamente o Banco Central terá razões suficientes, para reduzir a taxa de juros. Com o cenário econômico internacional em crise, o Brasil tornou-se alvo fácil dos especuladores financeiros internacionais. Com a taxa de juros em patamares reduzidos, os especuladores conterão a sua sanha em relação ao nosso mercado financeiro.

Por outro lado taxa de juros menores, faz com que o consumidor eleve o seu consumo, conjuntura esta que interessa ao governo federal, que priorizará o aquecimento da demanda agregada, com o objetivo de aumentar o PIB de 2012.

Retirado do Blog Economia do Norte Fluminense - Estratégia de reestruturação Econômica da China e os reflexos para economia brasileira

Matéria do Globo deste domingo mostra a consistente estratégia de internacionalização da economia chinesa. Na verdade, o forte processo de industrialização da China é dependente de matéria prima do exterior, especialmente, de países com recursos naturais abundantes. Neste caso, destacam-se os continentes da África e América Latina, com uma boa presença do Brasil que, segundo pesquisa não oficial, recebeu US$ 16,7 bilhões de investimentos diretos no período de 2009 / 2011, enquanto que as estatísticas oficiais registraram a entrada de US$ 3,0 bilhões no período 2005 / 2011. A diferença é porque as pesquisas oficias não captaram os ingressos indiretos através de Hong Kong e outros paraísos fiscais. É importante observar que a China está buscando fortemente uma maior independência dos países fornecedores de matéria prima como o Brasil, adquirindo, através de participação acionária, negócios nos setores de energia, mineração, metalurgia e siderurgia, além de recursos naturais em alguns casos subvalorizados por conta de crises econômicas. Segundo a mesma pesquisa, os investimentos da China no mundo já chegaram a US$ 300 bilhões.
Em que ponto a presente estratégia chinesa afeta o Brasil?
Os indicadores do comércio exterior mostram que a China tem um papel preponderante na demanda externa brasileira, a qual se baseia, exatamente, na aquisição de matérias primas para a sua industrialização. Isso quer dizer que a busca da independência chinesa a essas matérias primas causa impactos sérios a economia brasileira. Porém, uma alternativa para o Brasil seria ampliar o investimento na geração de oferta de produtos com maior valor agregado, ampliando a sua capacidade competitiva junto às grandes nações, o que parece não ser tão simples, dado os indicadores de exportação por fator agregado.



Observando a participação percentual dos principais compradores na pauta de exportação brasileira, verifica-se que no período de 2006 a 2011 (em 2011 análise consiste no primeiro semestre), os Estados Unidos perdeu participação de forma acentuada. Em 2006 era o principal país comprador com uma participação de 18% na pauta, caindo para 9,9% em 2011.
Contrariamente, a China que ocupava o terceiro lugar em 2006 com 6,1% de participação, evoluiu para o primeiro lugar em 2011 com uma participação de 16,9% na pauta de exportação.
Na avaliação sobre o percentual da exportação por fator agregado, acentua-se a preocupação em relação a uma inserção qualitativa do Brasil no mercado global. O gráfico apresenta a trajetória de declínio da participação percentual da exportação dos produtos manufaturados, caindo de 54,3% em 2006 para 36,7% em 2011 e a trajetória ascendente da participação percentual da exportação dos produtos básicos. Em 2006 representava 29,3% subindo para 47,5% em 2011. Essa inversão representa um grande gargalo competitivo do Brasil e ratifica as futuras dificuldades, em função da estratégia chinesa.

terça-feira, 6 de março de 2012

Comentário feito no Blog do professor Alcimar. Tema: estratégia de reestruturação da China e os reflexos para economia brasileira


Ilustre Professor,

Realmente o processo de industrialização da China é avassalador, como bem ressaltou o artigo em tela, através de uma grande demanda por matéria prima-prima oriunda dos países da América Latina, com destaque especial para o Brasil que se configura no cenário internacional como grande exportador de commodities.

Entretanto, os chineses buscam hoje uma maior inserção na economia internacional, sobretudo no Brasil, que apresenta atualmente indicadores econômicos mais favoráveis do que em algumas economias desenvolvidas, cenário econômico este que vem atraindo grandes investidores em diversos setores, inclusive os agressivos e indomáveis capitalistas chineses.

O Brasil na verdade, continua como exportador de produtos primários, de pouco valor agregado, além de enfrentar um processo de desindustrialização, em decorrência da atual taxa de câmbio, onde o padrão monetário nacional encontra-se valorizado. A indústria brasileira sofre um processo de concorrência desleal em relação aos bens e serviços estrangeiros, por diversos fatores, um deles chama-se carga tributária e o câmbio, como salientado acima.  

A única forma de reversão da atual conjuntura econômica,  passa pelo investimento em ciência e tecnologia, ou seja, em produtos que possuem grande valor agregado, como bem ressaltou o professor Alcimar.


quinta-feira, 1 de março de 2012

Retirado do Blog Democracia Política e o novo Reformismo - José Serra: cidade nacional

A minha idéia não é considerar que a polarização é um elemento chave dessa campanha. O que a população de São Paulo quer não é debater polarização. O que a população de São Paulo quer é debater seus problemas. É uma eleição nacional no sentido de que São Paulo é cidade nacional. Tem um peso político grande essa eleição. Estou sendo candidato a candidato por necessidade e por gosto. Necessidade política e o gosto de poder ser prefeito. Se fosse só por necessidade, sem gosto, seria ruim. E se fosse só por gosto, sem necessidade, seria algo muito narcisista. Sem dúvida, entre meus defeitos psicanalíticos não está o narcisismo



José Serra, Portal G1, 29 de fevereiro de 2012