Ainda sobre o projeto de piscicultura....
Postado por José
Alves
Triste
Fim
Nobre Professor,
Lamentavelmente o grande
projeto de psicultura Capacitar para Tranformar, chega ao seu ocaso. Nós que
tivemos a oportunidade de vê-lo nascer, produzir os seus frutos e agora somos
obrigados a assistir o seu sepultamento.Vivenciei diversas vezes, o professor
Alcimar passar em frente a nossa casa em Atafona, nas manhãs de domingo com o
seu bugre amarelo a caminho do local denominado ruínas da marinha, onde
encontrava-se implantado tal projeto, de forma abnegada, para gerenciá-lo.
Talvez pensasse que através do seu esforço e idealismo pudesse mais tarde fundar
uma escola de pesca, para profissionalizar e qualificar os pescadores, ou seja,
o capital social da região, dando-lhe dignidade e agregando valor para que eles
pudessem se independer das garras ferozes do poder publico local. Pois sabe ele
melhor do que ninguém, que atividade pesqueira na região encontra-se com os dias
contados. E o projeto capacitar para transformar poderia ser um instrumento de
resgate. Tivemos inúmeras vezes degustando as tilápias produzidas nos tanques do
projeto, em diversas festividades de São João da Barra, esses eventos serviam
para divulgar e conscientizar a população da cidade, da importância de se ter
uma alternativa de desenvolvimento econômico, com o signo do povo da terra de
Narcísia Amália. Infelizmente entenderam de forma errada. Paciência!Agora
verifica-se que o projeto soçobrou por falta de apoio e compreensão de setores
de São João Barra, que não valorizaram a prata da casa. É muito duro! Essa
talvez fosse uma iniciativa ímpar de se buscar um desenvolvimento econômica
orgânico, ou seja, o povo de São João da Barra teve a chance de elaborar um
projeto com o perfil da própria terra e infelizmente deixou que ele se acabasse.
Tal projeto poderia conviver perfeitamente com os grandes e agressivos
investimentos, que estão por vir. Nada impediria que crescesse e continuasse a
dar frutos. Por razões óbvias e interesses já conhecidos da elite que hoje
domina São João Barra, a opção foi pelo seu rechaçamento.Agora é tarde, não
adianta chorar o leite derramado! O preço com certeza virá. Quem vai pagá-lo? A
história nos dirá.
José Alves
Economista
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