terça-feira, 27 de março de 2012

Comentário No Blog Economia do Norte Fluminense

Ainda sobre o projeto de piscicultura....

Postado por José Alves


Triste Fim

Nobre Professor,

Lamentavelmente o grande projeto de psicultura Capacitar para Tranformar, chega ao seu ocaso. Nós que tivemos a oportunidade de vê-lo nascer, produzir os seus frutos e agora somos obrigados a assistir o seu sepultamento.Vivenciei diversas vezes, o professor Alcimar passar em frente a nossa casa em Atafona, nas manhãs de domingo com o seu bugre amarelo a caminho do local denominado ruínas da marinha, onde encontrava-se implantado tal projeto, de forma abnegada, para gerenciá-lo. Talvez pensasse que através do seu esforço e idealismo pudesse mais tarde fundar uma escola de pesca, para profissionalizar e qualificar os pescadores, ou seja, o capital social da região, dando-lhe dignidade e agregando valor para que eles pudessem se independer das garras ferozes do poder publico local. Pois sabe ele melhor do que ninguém, que atividade pesqueira na região encontra-se com os dias contados. E o projeto capacitar para transformar poderia ser um instrumento de resgate. Tivemos inúmeras vezes degustando as tilápias produzidas nos tanques do projeto, em diversas festividades de São João da Barra, esses eventos serviam para divulgar e conscientizar a população da cidade, da importância de se ter uma alternativa de desenvolvimento econômico, com o signo do povo da terra de Narcísia Amália. Infelizmente entenderam de forma errada. Paciência!Agora verifica-se que o projeto soçobrou por falta de apoio e compreensão de setores de São João Barra, que não valorizaram a prata da casa. É muito duro! Essa talvez fosse uma iniciativa ímpar de se buscar um desenvolvimento econômica orgânico, ou seja, o povo de São João da Barra teve a chance de elaborar um projeto com o perfil da própria terra e infelizmente deixou que ele se acabasse. Tal projeto poderia conviver perfeitamente com os grandes e agressivos investimentos, que estão por vir. Nada impediria que crescesse e continuasse a dar frutos. Por razões óbvias e interesses já conhecidos da elite que hoje domina São João Barra, a opção foi pelo seu rechaçamento.Agora é tarde, não adianta chorar o leite derramado! O preço com certeza virá. Quem vai pagá-lo? A história nos dirá.


José Alves
Economista

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