“O
governo Dilma Rousseff lembra o petroleiro João Cândido. Foi inaugurado com
festa, mas não pôde navegar. De longe, até que tem um bom aspecto. Mas não
resiste ao teste. Se for lançado ao mar, afunda. Não há discurso, por mais
empolgante que seja, que consiga impedir o naufrágio. A presidente apresenta um
ar de uma política bem-intencionada, de uma tia severa e até parece acreditar no
que diz. Imagina que seu governo vai bem, que as metas estão cumpridas, que
formou uma boa equipe de auxiliares e que sua relação com a base de sustentação
política é estritamente republicana. Contudo, os seus primeiros 15 meses de
governo foram marcados por escândalos de corrupção, pela subserviência aos
tradicionais oligarcas que controlam o Legislativo em Brasília e por uma
irritante paralisia administrativa.”
VILLA, Marco Antonio, historiador. A
incompetência virou elogio. O Globo, 27/3/2012
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