Pibinho
O IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), para tristeza da presidente Dilma, divulgou
o PIB do terceiro trimestre do ano de 2012, com o percentual de crescimento de
apenas 0,6%, com significativo impacto negativo sobre a curva de investimento,
que apresentou uma queda de 2%.
Segundo análise do
mercado em geral, as causas do aludido tropeço, encontram-se na retração da
demanda externa por bens e serviços, com raízes na crise econômica mundial
desencadeada, no continente europeu e na economia americana.
A despeito das taxas
de juros estarem em patamares abaixo da média histórica, por conta da opção da
equipe econômica praticar uma política monetária expansionista, visando induzir
os agentes econômicos, a priorizarem os seus investimentos, tudo fazia crer que
bastaria alimentar a fantasia da redução dos juros e depreciar o câmbio, que os
reflexos da política macroeconômica, produziriam consequências benéficas sobre a
demanda agregada por bens e serviços, fazendo com que a economia reagisse de
imediato, provocando assim, um aumento no crescimento econômico, fato que ainda
não ocorreu, conforme constatado, na aferição do PIB do terceiro trimestre.
Destaca-se, também,
dentro do escopo de análise, outro segmento que acumula perdas em decorrência
da redução das taxas de juros, o de serviços, que obteve taxa de crescimento
zero, puxado pelo baixo faturamento do setor bancário.
Diante do quadro
desfavorável acima, as previsões do mercado para este ano não são das melhores,
calcula-se, todavia, uma expansão econômica pífia, em torno de 1% para 2012.
O presente resultado deixa
claro para todos, que a primeira metade do governo Dilma será um “biênio
perdido”, com taxa média de crescimento de 2% anuais, próxima à das décadas de
80 e 90. Conjuntura que obriga o Palácio do Planalto, a acender a luz amarela,
devido ao início das discussões políticas para se fazer uma reforma
ministerial, com foco nas eleições presidenciais de 2014, e não fortalecer a
oposição, que comemora efusivamente o momento atual.
Acrescenta-se ainda ao
contexto de crescimento da taxa de 0,6% de crescimento do PIB, outro
ingrediente para fomentar o processo de ebulição das críticas contra o governo
federal, o PIB dos países em crise econômica, como a guisa de exemplo, o dos
Estados Unidos que ficou em 0,5%, e o da Alemanha em 0,2%, numa demonstração de
que o PIB brasileiro do terceiro trimestre ficou mais próximo do desempenho dos
países ricos em crise do que os dos seus pares emergentes, como a Venezuela com
3,6%, a China com 2,2% e o Chile com 1,4%.
Preocupada, a presidente Dilma, se viu na
obrigação de pedir explicações à equipe econômicas, para fazer uma reavaliação
séria da política econômica atual, e o que mais preocupa a presidente é a
timidez do investimento. Será que ocorreu a tão propalada marola?
José
Alves de Azevedo Neto
Economista
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