Feliz Natal!
Mais um ano caminha
para o final e todos somos instados a fazer o tradicional balanço dos nossos
atos de convivência social, por mais que configure uma mera formalidade.
O natal constitui-se
uma festa cristã e traz no seu bojo imensos significados, como a esperança da
confraternização entre amigos que afastados estão pela contingência da vida que
nos conduz para outros rincões, em busca da sobrevivência exigida pela labuta
diária, o que faz desta data importante e misteriosa, surgir a possibilidade do
reencontro. Como também pode ocorrer em
casos de algumas desavenças derivado de conflitos, numa relação de amizade, uma
linda reconciliação, na maioria das vezes evitada por conta, da vaidade que
habita os nossos corações.
Viver certamente enseja
em ganhos e perdas ao longo da caminhada, aqueles que possuem capacidade para
entender tal dinâmica, com certeza, conseguirá olhar a vida com mais leveza e
menos truculência.
Não deixem que o
modelo econômico globalizante vigente no mundo atual, transforme esta grande
festa em oportunidade única de maximizar os lucros, dando a festa cristã um
viés comercial. Tal comportamento, constitui uma heresia que a sociedade poderia
evitar. A despeito de se viver num sistema
social, em que se incuti nas crianças desde cedo uma ideologia econômica consumista
e de descarte dos bens e serviços, que visa unicamente girar a roda do consumo
e do sistema capitalista, o que é temerário demais. Tal conduta, pode-se
revestir de sérias consequências, visto que certas pessoas utilizam e jogam
fora os produtos adquiridos da relação de consumo exacerbado, e podem também,
jogar fora as suas relações amorosas ou de amizade, como se tem presenciado no
mundo contemporâneo, em que as pessoas infelizmente se tornaram descartáveis, componente
fatal à infelicidade.
Usa-se e depois joga-se fora, através da ânsia
de se atingir o paraíso da felicidade em outro tipo de relação, achando que a
felicidade, encontra-se no outro e nos bens de consumo, quando na verdade ela
reside na profundeza das entranhas humanas, somente penetrável por nós mesmo e
mais ninguém.
Felizes são as pessoas
que adquirem o autoconhecimento, para através dele extrair uma felicidade
profunda e não apenas superficial, oferecida pelas publicidades veiculadas pela
mídia, cujo único objetivo constitui na manipulação das massas e na elevação do
lucro fácil, dos grandes grupos econômicos.
Dentro desta
perspectiva, acho que o ano de 2014 chega ao seu estertor, recheado de vitórias
e de desilusões, como é de praxe na vida de todo ser humano. Paulo sublinha na
carta de Timóteo, “ combati o bom
combate, completei a corrida e guardei a fé ¨,logo, pode-se dizer nesse
contexto fiz uma digressão dos temas econômicos e políticos, discutidos aqui no
decorrer do ano, seja no âmbito da nossa cidade e do país. Portanto, desejo a
todos do fundo do meu coração um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!
Por derradeiro deixo
uma frase do poeta português Fernando Pessoa, a guisa de uma pequena reflexão, “tudo
vale a pena quando a alma não é pequena”. Diante disto, vamos olhar sempre para
frente, eis que o ontem já passou, o hoje ainda não terminou e o amanhã é uma
incerteza. Viva o Natal!
José Alves
de Azevedo Neto
Economista