Parabéns Campos dos Goytacazes
O município de Campos
dos Goytacazes no ano de 2012 ficou com o oitavo PIB (Produto Interno Bruto) do
Brasil, em valores correntes (PIB/valores correntes em R$ mil), segundo o IBGE,
atingiu o quantitativo de R$ 45.129.215, devido a indústria extrativa mineral,
com o destaque para o petróleo. O município de Presidente Kenedy, no Estado do
Espírito Santo, alcançou a primeira posição, da maior renda per capita do país,
R$ 551.967,24, também alavancado em virtude da produção do petróleo.
A despeito do orgulho
da nossa cidade está no ranking, da oitava economia brasileira, no ano de 2012,
tal posição não oferece tranquilidade, ao
analisar-se a conjuntura econômica a partir de 2014, especificamente no
segundo semestre, em razão da economia campista ainda viver na dependência das
rendas petrolíferas, uma commodities internacional, cuja cotação dos preços, são
definidos no mercado externo, como ocorre agora, em que o preço do barril do
petróleo está no patamar abaixo dos setenta dólares, o que poderá trazer no
curto e médio prazo para a cidade, um fluxo menor de renda, mesmo que a taxa de
câmbio se desvalorize, ou seja, o dólar passe a valer ainda mais do que o real
no cenário futuro, o que já se configura, como uma tendência, inclusive o
presidente do Banco Central do Brasil Alexandre Tombini, afirmou na semana passada, que não
interferirá no aludido mercado, deixando naturalmente, o mercado encontrar o
melhor preço de equilíbrio da moeda americana.
Na verdade hoje na esfera
internacional, existe uma guerra de mercado entre os Estados Unidos e a Arábia
Saudita, que recusa-se a reduzir a sua produção de petróleo, com o intuito de
inviabilizar a produção de óleo americano derivado da rocha de xisto betuminoso,
cuja extração, exige alta tecnologia denominada de OTE, além do alto custo de
produção, em decorrência do óleo de xisto encontrar-se em águas profundas,
geralmente, além de mil metros de profundidade.
Manter uma oferta maior de petróleo no mercado
mundial atende aos interesses dos Sauditas inconformados com os Estados Unidos, por
eles estarem ocupando a primeira posição de maior país produtor de petróleo.
Até quando durará a
competição entre os árabes e os americanos, ninguém pode afirmar, apenas
existem especulações no mercado, de que tal situação, se perdurará por pelo
menos seis meses.
Diante disto, resta
aos municípios que possuem dependência das rendas petrolíferas, fazerem o dever
de casa e conforme for o caso abrir mercado para novas alternativas de
atividades econômicas, e se independer relativamente, do “ouro negro”, o
petróleo. Vamos aguardar!
José Alves e
Azevedo Neto
Economista
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