Nova
Meta Fiscal
A
receptividade por parte dos agentes econômicos (mercado), em face da nova meta
fiscal, anunciada pela equipe econômica do governo Dilma, não foi boa.
A
bolsa de valores de São Paulo no dia seguinte à divulgação da meta que anteriormente
era de 1,19% do PIB, ou R$ 66, 3 bilhões, agora terá a previsão do superávit
primário de 0,15% do PIB, ou R$ 8,747 bilhões em 2015, fechou o seu volume de
negócios em baixa. O dólar se elevou ao
seu maior nível em mais de doze anos, atingindo o patamar de R$ 3,34, devido à pequena
fuga de capitais, atormentados pelo possível cenário de incertezas que se
avizinha, ainda para piorar a conjuntura, conjugado aos recorrentes boatos de
queda do Ministro da Fazenda Joaquim Levy.
A
leitura realizada pelo mercado foi no sentido de que o governo federal, relaxou
a sua política fiscal, além de demonstrar-se refratário e vacilante no combate
a inflação. Por conta disto, a crise econômica que aflige com veemência a
sociedade brasileira, através da chaga impiedosa do desemprego e a queda do
nível médio de renda do trabalhador, duraria em torno de dois anos, previsão
feita no inicio de 2015, poderá agora durar mais tempo.
Esta
situação mexeu com a política de investimentos de várias empresas do país, cujo
planejamento era o de retomar o ritmo de investimento, já mesmo, a partir do
segundo semestre de 2016 ou até de janeiro de 2017. Elas terão em razão das
medidas fiscais, que refazerem todo o seu plano de investimento, como
consequência, a retomada do crescimento econômico de capital relevância para o
país ficará em detrimento. Embora as hostes governamentais insistam em dizer o
contrário.
Para
piorar, infelizmente a situação, o Brasil aumenta as suas chances de perder o
seu grau de investimento por parte das agências internacionais de avaliação de
risco. Sem esta nota, os investidores institucionais como, por exemplo, os
grandes fundos de pensões do mundo, que só podem investir os recursos
financeiros sob a sua custódia, em países bem avaliados, poderão vender os seus
ativos no Brasil e deixá-lo em busca de um porto seguro, ficando a nossa
economia ao sabor dos aplicadores de curto prazo, o que deixa de ser bom
negócio para o país. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos e torcer
para que elas não venham com surpresas negativas!
José Alves de Azevedo Neto
Economista