sexta-feira, 17 de julho de 2015


Resgate Grego


Numa manifestação de civilidade e consciência democrática, o povo grego, foi às urnas no domingo passado, dizer não ao pacote de maldades engendrado pela União Europeia.

 Tal pacote constitui numa condicionante, para que a Grécia pudesse receber os recursos financeiros, tão necessários ao seu salvamento, caso contrário poderia entrar num processo de falência, com várias implicações negativas para o país.

Todavia, não demorou muito tempo, após o plebiscito, e novamente o primeiro ministro grego, volta a ficar com o pires na mão, sendo obrigado a negociar, o pacote que a população no plebiscito, refutou retumbantemente. Só que infelizmente desta vez, os termos do acordo saíram pior do que o anterior.

Diante desta conjuntura, tudo indica que o ajuste fiscal aprovado pelo parlamento ateniense, diga-se de passagem, com o boicote de uma parte dos parlamentares do partido do governo, aliado a diversas manifestações populares raivosas, contra a frustrante postura tomada pelo primeiro ministro grego, de voltar atrás na sua proposta inicial.

Por isto, em decorrência deste novo cenário favorável ao continente europeu, o Eurogrupo, que reúne Ministros da Economia e Finanças da zona do euro, desembolsou 7 bilhões de euros inicialmente, para que a Grécia honre as suas obrigações urgentes enquanto às negociações de resgate de até 86 bilhões de euros, chegue ao seu final.

Por conta do avanço nas negociações, o mercado financeiro comemorou o acordo atual através do fechamento em alta, das maiores bolsas de valores do mundo. Na verdade esse episódio da Grécia deixa constatado que continua valendo a financeirização mundial.

José Alves de Azevedo Neto

Economista

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