Resgate Grego
Numa
manifestação de civilidade e consciência democrática, o povo grego, foi às
urnas no domingo passado, dizer não ao pacote de maldades engendrado pela União
Europeia.
Tal pacote constitui numa condicionante, para
que a Grécia pudesse receber os recursos financeiros, tão necessários ao seu
salvamento, caso contrário poderia entrar num processo de falência, com várias
implicações negativas para o país.
Todavia,
não demorou muito tempo, após o plebiscito, e novamente o primeiro ministro grego,
volta a ficar com o pires na mão, sendo obrigado a negociar, o pacote que a
população no plebiscito, refutou retumbantemente. Só que infelizmente desta
vez, os termos do acordo saíram pior do que o anterior.
Diante
desta conjuntura, tudo indica que o ajuste fiscal aprovado pelo parlamento
ateniense, diga-se de passagem, com o boicote de uma parte dos parlamentares do
partido do governo, aliado a diversas manifestações populares raivosas, contra
a frustrante postura tomada pelo primeiro ministro grego, de voltar atrás na
sua proposta inicial.
Por
isto, em decorrência deste novo cenário favorável ao continente europeu, o
Eurogrupo, que reúne Ministros da Economia e Finanças da zona do euro,
desembolsou 7 bilhões de euros inicialmente, para que a Grécia honre as suas
obrigações urgentes enquanto às negociações de resgate de até 86 bilhões de
euros, chegue ao seu final.
Por
conta do avanço nas negociações, o mercado financeiro comemorou o acordo atual através
do fechamento em alta, das maiores bolsas de valores do mundo. Na verdade esse
episódio da Grécia deixa constatado que continua valendo a financeirização
mundial.
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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