sábado, 4 de julho de 2015

Referendo Grego

Referendo Grego

A Grécia país situado ao sul da Europa deverá resolver o seu problema econômico se fica ou não na zona do euro, realmente através de uma consulta popular nos moldes da verdadeira democracia, como não poderia deixar de ser, pois lá é o berço das discussões amplas e irrestritas.

Por ter se endividado significativamente ao longo dos anos, sem observar as regras fiscais e monetárias estabelecidas pela União Europeia, o aludido e pequeno país, deveria pagar até o dia trinta de junho, a sua dívida junto ao FMI de 1,6 bilhão de euros. Fato que não ocorreu.

Esta delicada situação, em que o mercado financeiro já a considera como “default” (situação de calote), pode levar a Grécia a deixar a zona do euro. Todavia, essa saída não acontecerá repentinamente, caso ela efetivamente ocorra, implicará obviamente numa desgastante demora.

Devido a esse possível desconforto e a falta de entendimento entre os líderes gregos e os líderes da União Europeia, os bancos resolveram fechar, com isso, impediram que houvesse uma corrida por parte da população às agências bancárias, retirando todo o dinheiro existente, como consequência quebrando algumas instituições.

Por conta disso, importa salientar e deixar claro o aspecto político neste contexto que hoje, envolve o país helênico. Caso o voto no sim vença, para que a Grécia continue na Zona do Euro, o seu primeiro ministro que faz campanha para o não, sairá enfraquecido e tudo indica que a sua única alternativa deverá ser renuncia do cargo. O que constitui como fato natural e normal no parlamentarismo.

A Europa faz o seu papel de pressionar os líderes gregos, no intuito deles aceitarem o acordo proposto e eliminar assim qualquer possibilidade de especulação, sobre o enfraquecimento da engenharia monetária, que culminou nesta importante zona de livre comércio.

Em minha opinião particular, caso seja vitorioso o não do primeiro ministro, a derrota para a Europa será somente moral, as consequências econômicas nefastas quem sofrerá será a Grécia, devido ao seu pequeno grau de modernização. A sua economia produz, apenas, azeitona, iogurte e turismo. Infelizmente! Resta agora ao mundo aguardar o que vem por aí, após o referendo.

José Alves de Azevedo Neto
Economista

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