domingo, 8 de novembro de 2015

Setor da Construção Civil em Campos


Setor da Construção Civil em Campos

Ao se comparar a evolução do saldo do emprego no setor da construção civil em Campos, no recorte de tempo de janeiro a setembro de 2014 com o mesmo período do ano de 2015, verifica-se uma variação percentual negativa, na contratação de trabalhadores com a carteira assinada de 14,31%. Assim, o saldo de emprego   acumulado até setembro de 2014 ficou positivo em 1.048 empregos formais, ao contrário do saldo acumulado até setembro de 2015 que ficou negativo, quando na ocasião, ocorreu a perda de 898 empregos formais.

Ao focar a análise no número de admissões até setembro de 2014, constata-se que foram gerados 6.622 empregos no setor, enquanto neste mesmo período de 2015, foram gerados  3.715 empregos formais, o que representa em termos relativos uma queda na empregabilidade de um ano em relação ao outro de 43,90%. Índice significativo, por se tratar de um setor de alta demanda por mão-obra de baixa qualificação.

Ao se analisar o quantitativo de trabalhadores demitidos até setembro de 2014 com os trabalhadores de 2015, chega-se aos seguintes números. Em 2014 a indústria da construção civil campista demitiu 5.574 trabalhadores, contra 4.613 do ano de 2015. Uma redução no número demissões da ordem de 17, 24%. Só que existe um pequeno detalhe que deve ser ressaltado neste comparativo. A despeito da queda de demissões no ano de 2015 em relação ao ano de 2014, tem que se levar obrigatoriamente em conta, que no ano de 2015 as contratações de mão-obra foram bem menores ultrapassando o índice de 40%, e o pior, o número de trabalhadores demitidos superaram as admissões, conforme os números expostos acima.

De qualquer maneira, não se pode deixar de respeitar o imperativo da crise econômica nacional, que ao longo do ano vem reduzindo o nível de atividade econômica de diversos segmentos, sobretudo, o da construção civil, altamente sensível as conjunturas de instabilidades financeiras, devido a sua imensa dependência com o crédito financeiro, responsável pelo financiamento dos seus produtos, que atualmente encareceram sobremaneira, em razão das sucessivas elevações da taxa de juros Selic, por parte do Banco Central.

 Infelizmente, este é o preço que a sociedade ainda pagará por conta de uma política macroeconômica irresponsável, praticada pelo governo federal no passado e a não aprovação do tão necessário ajuste fiscal neste ano.

José Alves de Azevedo Neto

Economista

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