Setor
da Construção Civil em Campos
Ao
se comparar a evolução do saldo do emprego no setor da construção civil em
Campos, no recorte de tempo de janeiro a setembro de 2014 com o mesmo período
do ano de 2015, verifica-se uma variação percentual negativa, na contratação de
trabalhadores com a carteira assinada de 14,31%. Assim, o saldo de emprego acumulado até setembro de 2014 ficou
positivo em 1.048 empregos formais, ao contrário do saldo acumulado até
setembro de 2015 que ficou negativo, quando na ocasião, ocorreu a perda de 898
empregos formais.
Ao
focar a análise no número de admissões até setembro de 2014, constata-se que
foram gerados 6.622 empregos no setor, enquanto neste mesmo período de 2015, foram
gerados 3.715 empregos formais, o que
representa em termos relativos uma queda na empregabilidade de um ano em
relação ao outro de 43,90%. Índice significativo, por se tratar de um setor de
alta demanda por mão-obra de baixa qualificação.
Ao
se analisar o quantitativo de trabalhadores demitidos até setembro de 2014 com
os trabalhadores de 2015, chega-se aos seguintes números. Em 2014 a indústria
da construção civil campista demitiu 5.574 trabalhadores, contra 4.613 do ano
de 2015. Uma redução no número demissões da ordem de 17, 24%. Só que existe um
pequeno detalhe que deve ser ressaltado neste comparativo. A despeito da queda
de demissões no ano de 2015 em relação ao ano de 2014, tem que se levar obrigatoriamente
em conta, que no ano de 2015 as contratações de mão-obra foram bem menores
ultrapassando o índice de 40%, e o pior, o número de trabalhadores demitidos
superaram as admissões, conforme os números expostos acima.
De
qualquer maneira, não se pode deixar de respeitar o imperativo da crise
econômica nacional, que ao longo do ano vem reduzindo o nível de atividade
econômica de diversos segmentos, sobretudo, o da construção civil, altamente
sensível as conjunturas de instabilidades financeiras, devido a sua imensa
dependência com o crédito financeiro, responsável pelo financiamento dos seus
produtos, que atualmente encareceram sobremaneira, em razão das sucessivas
elevações da taxa de juros Selic, por parte do Banco Central.
Infelizmente, este é o preço que a sociedade ainda pagará por conta de uma
política macroeconômica irresponsável, praticada pelo governo federal no
passado e a não aprovação do tão necessário ajuste fiscal neste ano.
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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