sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014




Contra Ampla

Através deste espaço, parabenizo à Câmara Municipal de São João da Barra, pela atitude corajosa, de recorrer ao Ministério Público, com o intuito de provocar a honrada instituição, para instaurar inquérito civil público, contra a concessionária de energia elétrica Ampla, que presta um dos piores serviços, quando comparado com outras concessionárias, privatizadas, através de um projeto de globalização econômica de venda de empresas públicas, no Brasil, por parte de vários governos, que se sucederam a partir de 1990.

Tal conduta tem como condão, proteger a sociedade local, da falta de respeito praticada por parte da aludida empresa em relação aos consumidores, que pagam uma das maiores tarifas de energia elétrica da América Latina, para se obter um serviço de quinta categoria, o que fere frontalmente, o contrato de concessão realizado entre a Ampla e a Agencia de Energia Elétrica (ANEEL), através de processo licitatório.

Quantos moradores e veranistas das belas praias de São João da Barra, já foram vitimas dessa impiedosa empresa, se resolver contar as irregularidades, cometidas por ela, se chegará a um quantitativo exorbitante, além do mais, quando ocorre falta energia nas praias, como já é de conhecimento geral de toda a população do município, oportuno que deixe claro, em decorrência da falta de investimentos pela empresa, por considerar, as praias de Atafona, Grussaí e outras localidades, ponta de linha, ou seja, região que oferece pouca lucratividade ao indigitado grupo econômico espanhol que controla atualmente a empresa, por ser o seu acionista majoritário, obriga-se ao consumidor a entrar em contato com a empresa, cuja central, localiza-se, no município irmão de Niterói, através do seu telemarketing,quando se é atendido pela infeliz telefonista, ela sem cerimônia alguma, tem a petulância de perguntar aonde localiza-se São João da Barra, o que certamente ofende e demonstra a total falta de responsabilidade e desrespeito da empresa multinacional e grande arrecadadora de tarifas a alto preço, paga pelo consumidor, e o pior, ao solicitar o serviço, desejado, como a assistência da equipe técnica operacional, por falta da repentina e irresponsável falta de luz, o vilipendiado consumidor é obrigado a esperar mais de seis horas pelo caminhão ou caminhonete da Ampla para atender a demanda, isto quando a assistência dos trabalhadores terceirizados da Ampla, não aparecem no local, o que por conta desta postura relapsa, acarretam-se vários prejuízos às famílias, aos comerciantes e aos empresários da região.

Ilustra-se, todavia, que o nobre presidente do poder Legislativo, de São João da Barra, tentou vários expedientes, como ofício, telefonemas e até audiência pública, com o objetivo de buscar entendimento democrático com a Ampla, e nada surtiu efeito. Se a poderosa empresa não respeita um poder, como o legislativo de são João da Barra, que dirá o cidadão comum, que não possui proteção alguma, embora existam inúmeras leis no ordenamento jurídico pátrio que respalde as reclamações à ANEEL, mas infelizmente a Ampla, parece-me, que se acha acima da lei aqui no Estado do Rio de Janeiro, o que se lamenta profundamente.

Sendo assim, espera-se que através do Inquérito Civil Público, proposto pelos edis da nossa querida São João da Barra, ao Ministério Público, e posterior Ação Civil Pública, que deverá ser impetrada no judiciário, a Ampla, resolva investir pesado no município sanjoanense.

 A população de São João da Barra merece respeito, pois não é um povo qualquer para se tratado desta maneira indecoroso e ficar vulnerável aos desmandos de uma empresa que não honra, os seus compromissos contratuais. Luz e água são serviços estratégicos e imprescindíveis a qualquer sociedade.  Vamos acompanhar de perto este caso. Justiça neles!

José Alves de Azevedo Neto
Economista


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