Contra
Ampla
Através
deste espaço, parabenizo à Câmara Municipal de São João da Barra, pela atitude
corajosa, de recorrer ao Ministério Público, com o intuito de provocar a
honrada instituição, para instaurar inquérito civil público, contra a
concessionária de energia elétrica Ampla, que presta um dos piores serviços,
quando comparado com outras concessionárias, privatizadas, através de um
projeto de globalização econômica de venda de empresas públicas, no Brasil, por
parte de vários governos, que se sucederam a partir de 1990.
Tal
conduta tem como condão, proteger a sociedade local, da falta de respeito praticada
por parte da aludida empresa em relação aos consumidores, que pagam uma das
maiores tarifas de energia elétrica da América Latina, para se obter um serviço
de quinta categoria, o que fere frontalmente, o contrato de concessão realizado
entre a Ampla e a Agencia de Energia Elétrica (ANEEL), através de processo
licitatório.
Quantos
moradores e veranistas das belas praias de São João da Barra, já foram vitimas
dessa impiedosa empresa, se resolver contar as irregularidades, cometidas por
ela, se chegará a um quantitativo exorbitante, além do mais, quando ocorre falta
energia nas praias, como já é de conhecimento geral de toda a população do
município, oportuno que deixe claro, em decorrência da falta de investimentos pela
empresa, por considerar, as praias de Atafona, Grussaí e outras localidades, ponta
de linha, ou seja, região que oferece pouca lucratividade ao indigitado grupo econômico
espanhol que controla atualmente a empresa, por ser o seu acionista
majoritário, obriga-se ao consumidor a entrar em contato com a empresa, cuja
central, localiza-se, no município irmão de Niterói, através do seu
telemarketing,quando se é atendido pela infeliz telefonista, ela sem cerimônia
alguma, tem a petulância de perguntar aonde localiza-se São João da Barra, o
que certamente ofende e demonstra a total falta de responsabilidade e
desrespeito da empresa multinacional e grande arrecadadora de tarifas a alto
preço, paga pelo consumidor, e o pior, ao solicitar o serviço, desejado, como a
assistência da equipe técnica operacional, por falta da repentina e
irresponsável falta de luz, o vilipendiado consumidor é obrigado a esperar mais
de seis horas pelo caminhão ou caminhonete da Ampla para atender a demanda,
isto quando a assistência dos trabalhadores terceirizados da Ampla, não aparecem
no local, o que por conta desta postura relapsa, acarretam-se vários prejuízos às
famílias, aos comerciantes e aos empresários da região.
Ilustra-se,
todavia, que o nobre presidente do poder Legislativo, de São João da Barra,
tentou vários expedientes, como ofício, telefonemas e até audiência pública,
com o objetivo de buscar entendimento democrático com a Ampla, e nada surtiu
efeito. Se a poderosa empresa não respeita um poder, como o legislativo de são
João da Barra, que dirá o cidadão comum, que não possui proteção alguma, embora
existam inúmeras leis no ordenamento jurídico pátrio que respalde as
reclamações à ANEEL, mas infelizmente a Ampla, parece-me, que se acha acima da
lei aqui no Estado do Rio de Janeiro, o que se lamenta profundamente.
Sendo
assim, espera-se que através do Inquérito Civil Público, proposto pelos edis da
nossa querida São João da Barra, ao Ministério Público, e posterior Ação Civil
Pública, que deverá ser impetrada no judiciário, a Ampla, resolva investir
pesado no município sanjoanense.
A população de São João da Barra merece
respeito, pois não é um povo qualquer para se tratado desta maneira indecoroso
e ficar vulnerável aos desmandos de uma empresa que não honra, os seus
compromissos contratuais. Luz e água são serviços estratégicos e
imprescindíveis a qualquer sociedade. Vamos acompanhar de perto este caso. Justiça neles!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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