sexta-feira, 7 de março de 2014

Falácia da Taxa de Juros

Falácia da Taxa de juros

Com a divulgação da nova ata do Comitê de Política Monetária (Copom), no dia seis de março de 2014, quando reforçou-se a necessidade de nova elevação da taxa de juros básica da economia, cujo aumento ocorreu recentemente, de 10,5% para 10,75% ao ano, retornando ao patamar de quando a ilustre presidente Dilma assumiu o seu conturbado mandato, o aludido comitê deixou claro à nação, que o Banco Central do Brasil (BACEN), não hesitará em combater a inflação, que insiste em ficar fora da meta inflacionária que hoje, é da ordem de 4,5% ao ano.

Importante ressaltar que o BACEN, já persegue tal meta há algum tempo, fato que ainda não se confirmou na prática, tendo em vista que o governo Dilma, incorre em constantes descontroles de gastos públicos e incentivos ao consumismo, além de conduzir a política econômica de forma demagógica, com o fito de atender aos apelos eleitorais do momento, o que faz com que o mercado interprete o discurso propalado pelos técnicos governamentais, como um cenário eivado de falácias e incredulidade, pois a inflação, a despeito da austeridade da política monetária, não chega ao centro da meta, fato que preocupa a autoridade monetária do país, que já anuncia outra alta da Selic.

Acrescente-se ao contexto, que o corte fiscal realizado pelo governo federal, de quarenta e quatro bilhões de reais, em atividades meios do governo, obedece a uma satisfação ao mercado financeira internacional, que ameaçou rebaixar a nota do Brasil, no que tange aos aspectos relacionados aos fundamentos econômicos, com o objetivo de se oferecer ao capital estrangeiro um porto seguro, para que este aporte os seus investimentos no país. Caso tal ajuste fiscal, não ocorresse, o Brasil poderia ter a sua nota de avaliação de risco diminuída, o que não ficaria bem em um ano eleitoral, que se prenuncia a partir desta semana, como um dos anos eleitorais mais complexos que teremos ao compararmos com os últimos anos, devido aos vários eventos que advirão ao longo do ano de 2014, que poderão se transformar numa significativa ameaça a popularidade da presidenta Dilma.

Para elevar a dor de cabeça da presidenta, o PMDB, anda rebelado em busca de cargos como sempre, além de estar marcado para o dia vinte e dois de março, através das redes sociais uma manifestação de repúdio, contra a presidenta da República, fato que preocupa sobremaneira o Palácio do Planalto, que inclusive obrigou o ex-presidente Lula, a entrar em campo, para apagar os possíveis incêndios que surgirão. Esta semana certamente, haverá grandes emoções e o ano que se inicia exatamente hoje, também. Viva a democracia brasileira e que o debate das grandes ideias e propostas da campanha eleitoral, não seja maculado por questões menores!    

José Alves de Azevedo Neto
Economista



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