Falácia da Taxa de juros
Com
a divulgação da nova ata do Comitê de Política Monetária (Copom), no dia seis
de março de 2014, quando reforçou-se a necessidade de nova elevação da taxa de
juros básica da economia, cujo aumento ocorreu recentemente, de 10,5% para
10,75% ao ano, retornando ao patamar de quando a ilustre presidente Dilma
assumiu o seu conturbado mandato, o aludido comitê deixou claro à nação, que o
Banco Central do Brasil (BACEN), não hesitará em combater a inflação, que
insiste em ficar fora da meta inflacionária que hoje, é da ordem de 4,5% ao
ano.
Importante
ressaltar que o BACEN, já persegue tal meta há algum tempo, fato que ainda não
se confirmou na prática, tendo em vista que o governo Dilma, incorre em
constantes descontroles de gastos públicos e incentivos ao consumismo, além de
conduzir a política econômica de forma demagógica, com o fito de atender aos
apelos eleitorais do momento, o que faz com que o mercado interprete o discurso
propalado pelos técnicos governamentais, como um cenário eivado de falácias e
incredulidade, pois a inflação, a despeito da austeridade da política
monetária, não chega ao centro da meta, fato que preocupa a autoridade
monetária do país, que já anuncia outra alta da Selic.
Acrescente-se
ao contexto, que o corte fiscal realizado pelo governo federal, de quarenta e
quatro bilhões de reais, em atividades meios do governo, obedece a uma
satisfação ao mercado financeira internacional, que ameaçou rebaixar a nota do
Brasil, no que tange aos aspectos relacionados aos fundamentos econômicos, com
o objetivo de se oferecer ao capital estrangeiro um porto seguro, para que este
aporte os seus investimentos no país. Caso tal ajuste fiscal, não ocorresse, o
Brasil poderia ter a sua nota de avaliação de risco diminuída, o que não
ficaria bem em um ano eleitoral, que se prenuncia a partir desta semana, como
um dos anos eleitorais mais complexos que teremos ao compararmos com os últimos
anos, devido aos vários eventos que advirão ao longo do ano de 2014, que poderão
se transformar numa significativa ameaça a popularidade da presidenta Dilma.
Para
elevar a dor de cabeça da presidenta, o PMDB, anda rebelado em busca de cargos
como sempre, além de estar marcado para o dia vinte e dois de março, através
das redes sociais uma manifestação de repúdio, contra a presidenta da
República, fato que preocupa sobremaneira o Palácio do Planalto, que inclusive
obrigou o ex-presidente Lula, a entrar em campo, para apagar os possíveis
incêndios que surgirão. Esta semana certamente, haverá grandes emoções e o ano
que se inicia exatamente hoje, também. Viva a democracia brasileira e que o
debate das grandes ideias e propostas da campanha eleitoral, não seja maculado
por questões menores!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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