sexta-feira, 21 de março de 2014

Unidade de Polícia Pacificadora




Unidade de Polícia Pacificadora

O governador Sérgio Cabral, pediu ajuda a presidenta Dilma, na última sexta-feira, para auxiliar na sua política pública de segurança, no Rio de Janeiro, tendo em vista que ele já percebe, que a bela política das Unidades das Polícias Pacificadoras (UPPs), somente, através da ocupação dos morros, apresentam fragilidade no terrível combate ao crime organizado.

No inicio foi lindo demais para não se dizer emocionante, numa manhã de domingo, o país acorda com a exibição cinematográfica realizada pela Rede Globo de televisão, sucursal mais nova do governo do Estado, com a transmissão ao vivo da invasão do morro do Alemão na cidade do Rio de Janeiro.

Para os que não se lembram a notória e descompromissada emissora com o jornalismo sério, através dos seus autores de telenovelas, realizou uma das suas novelas ocupantes do horário nobre da televisão, filmada com várias cenas, com afirmações com todas as letras que o morro do alemão transformou-se no verdadeiro paraíso, não existiam mais criminosos e a paz voltou a reinar, o pior, foi que muitos telespectadores acreditaram, até ao momento em que a verdade apareceu, como agora. O Estado do Rio de Janeiro perde efetivamente a luta contra o crime organizado, com a tal medida de pedido de ajuda ao governo federal.

A filosofia das Unidades de Policia Pacificadora (UPPs), certamente constitui como uma excelente política de segurança pública, mais infelizmente, do jeito que estava sendo implantada na atual conjuntura, a tendência era o fracasso.

Inclusive o Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, em uma das suas entrevistas no Jornal o Globo, já havia alertado a sociedade, e claro, ao governador, que os morros do Rio de Janeiro, contemplado com as UPPS, deveriam ser também presenteados, com as outras ações públicas por parte do Estado, como por exemplo, saneamento básico, escolas, creches, e não ficar apenas, gastando fortunas com a mídia carioca, sobretudo, o poderoso sistema Globo de televisão, para falar com simpatia do indigitado programa.

Não dá senhor governador, para se fazer firula, com o olho na Copa do Mundo e na próxima eleição, administrando de forma perdulária e irresponsável, o Estado do Rio de Janeiro, cujo PIB é o segundo da federação, através dos famosos hotéis da cidade de Paris, capital da França, e deixar o Estado entregue aos seus assessores, pois a conta um dia chegaria, como já chegou.

Estado endividado, servidores públicos insatisfeitos com Vossa Excelência e ainda por cima, o carro chefe do seu governo que era as UPPs, submerso numa extraordinária crise e conflito existencial, sem ressaltar o desequilíbrio nas contas públicas do Estado, de conhecimento público, para não afirmar a sua literal falência financeira. Triste e melancólico final de governo, governador Cabral.

Diante desta hecatombe social, protagonizada por Vossa Excelência, o jeito é afirmar que no final quem mais uma vez pagará a conta, será o contribuinte do Rio de Janeiro. Lamentável! 

José Alves de Azevedo Neto
Economista

  

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