Unidade de Polícia Pacificadora
O
governador Sérgio Cabral, pediu ajuda a presidenta Dilma, na última
sexta-feira, para auxiliar na sua política pública de segurança, no Rio de
Janeiro, tendo em vista que ele já percebe, que a bela política das Unidades das
Polícias Pacificadoras (UPPs), somente, através da ocupação dos morros,
apresentam fragilidade no terrível combate ao crime organizado.
No
inicio foi lindo demais para não se dizer emocionante, numa manhã de domingo, o
país acorda com a exibição cinematográfica realizada pela Rede Globo de
televisão, sucursal mais nova do governo do Estado, com a transmissão ao vivo
da invasão do morro do Alemão na cidade do Rio de Janeiro.
Para
os que não se lembram a notória e descompromissada emissora com o jornalismo
sério, através dos seus autores de telenovelas, realizou uma das suas novelas
ocupantes do horário nobre da televisão, filmada com várias cenas, com
afirmações com todas as letras que o morro do alemão transformou-se no
verdadeiro paraíso, não existiam mais criminosos e a paz voltou a reinar, o
pior, foi que muitos telespectadores acreditaram, até ao momento em que a
verdade apareceu, como agora. O Estado do Rio de Janeiro perde efetivamente a
luta contra o crime organizado, com a tal medida de pedido de ajuda ao governo
federal.
A
filosofia das Unidades de Policia Pacificadora (UPPs), certamente constitui
como uma excelente política de segurança pública, mais infelizmente, do jeito
que estava sendo implantada na atual conjuntura, a tendência era o fracasso.
Inclusive
o Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, em uma das suas entrevistas no
Jornal o Globo, já havia alertado a sociedade, e claro, ao governador, que os
morros do Rio de Janeiro, contemplado com as UPPS, deveriam ser também presenteados,
com as outras ações públicas por parte do Estado, como por exemplo, saneamento
básico, escolas, creches, e não ficar apenas, gastando fortunas com a mídia
carioca, sobretudo, o poderoso sistema Globo de televisão, para falar com
simpatia do indigitado programa.
Não
dá senhor governador, para se fazer firula, com o olho na Copa do Mundo e na
próxima eleição, administrando de forma perdulária e irresponsável, o Estado do
Rio de Janeiro, cujo PIB é o segundo da federação, através dos famosos hotéis
da cidade de Paris, capital da França, e deixar o Estado entregue aos seus
assessores, pois a conta um dia chegaria, como já chegou.
Estado
endividado, servidores públicos insatisfeitos com Vossa Excelência e ainda por
cima, o carro chefe do seu governo que era as UPPs, submerso numa
extraordinária crise e conflito existencial, sem ressaltar o desequilíbrio nas
contas públicas do Estado, de conhecimento público, para não afirmar a sua
literal falência financeira. Triste e melancólico final de governo, governador
Cabral.
Diante
desta hecatombe social, protagonizada por Vossa Excelência, o jeito é afirmar
que no final quem mais uma vez pagará a conta, será o contribuinte do Rio de
Janeiro. Lamentável!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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