sábado, 27 de junho de 2015

Ajuste das Contas

Ajuste das Contas

Dentro da perspectiva de ajuste das contas públicas, o governo federal, pretende economizar o valor aproximado de 70 bilhões de reais. Este valor decorrerá dos cortes de despesas públicas conjugado com a elevação da receita pública, conforme anunciado pelo Ministro da Fazenda, semanas atrás.  Para tanto, encaminhou ao Congresso Nacional, medidas que visam mitigar mais ainda o custo fiscal da administração pública federal, através da elevação da arrecadação, como por exemplo, a redução da desoneração de folha de pagamento das empresas, votada no dia vinte cinco de junho de dois mil e quinze, pela Câmara Federal, atingindo 56 setores da economia. Com tal projeto que passará ainda pelo Senado, o governo federal deverá arrecadar mais de R$ 10 bilhões ao ano. Na verdade se o projeto não sofresse modificação como sofreu na Câmara, a arrecadação do governo federal seria de R$ 12, 5 bilhões ao ano.

A desoneração da folha de pagamento, quando divulgada na metade do primeiro governo Dilma, não tinha efetivamente a intenção de abarcar os 56 segmentos econômicos que tem hoje. Constituía apenas, em beneficio fiscal para os setores intensivos em mão-obra, cujo objetivo, era o de induzir através da política fiscal a geração de empregos.

Todavia, com a aproximação das eleições presidenciais e o desejo ardente do PT, conquistar o quarto mandato e permanecer a qualquer custo no poder, outros setores da economia foram contemplados, o que de certa forma acabou por inviabilizar o ambicioso e eficaz programa de desoneração fiscal da folha de pagamento, que contribuiu, sobretudo, na redução do custo Brasil, tão reclamado pelo setor produtivo nacional.

Agora que a inflação começa a corroer de forma impiedosa o salário do trabalhador brasileiro, comprometendo significativamente o seu poder aquisitivo, além de insistir em ficar fora da meta inflacionária de 4,5% ao ano, podendo até chegar a dezembro de 2015, em 9%, segundo as recentes projeções, a equipe econômica, se mostra preocupada e procura de toda maneira levantar recursos, com o intuito de equilibrar o orçamento federal e com isso, tentar frear a elevação dos preços, desacelerando a demanda agregada de bens e serviços, por meio da odiosa elevação das taxas de juros, na próxima reunião do COPOM no final de julho. Dura realidade que teremos que enfrentar. Legado maldito de Dilma para Dilma. Viva o Brasil!               
      
José Alves de Azevedo Neto
Economista

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