Ajuste
das Contas
Dentro
da perspectiva de ajuste das contas públicas, o governo federal, pretende
economizar o valor aproximado de 70 bilhões de reais. Este valor decorrerá dos
cortes de despesas públicas conjugado com a elevação da receita pública, conforme
anunciado pelo Ministro da Fazenda, semanas atrás. Para tanto, encaminhou ao Congresso Nacional, medidas
que visam mitigar mais ainda o custo fiscal da administração pública federal,
através da elevação da arrecadação, como por exemplo, a redução da desoneração
de folha de pagamento das empresas, votada no dia vinte cinco de junho de dois
mil e quinze, pela Câmara Federal, atingindo 56 setores da economia. Com tal
projeto que passará ainda pelo Senado, o governo federal deverá arrecadar mais
de R$ 10 bilhões ao ano. Na verdade se o projeto não sofresse modificação como
sofreu na Câmara, a arrecadação do governo federal seria de R$ 12, 5 bilhões ao
ano.
A
desoneração da folha de pagamento, quando divulgada na metade do primeiro
governo Dilma, não tinha efetivamente a intenção de abarcar os 56 segmentos
econômicos que tem hoje. Constituía apenas, em beneficio fiscal para os setores
intensivos em mão-obra, cujo objetivo, era o de induzir através da política
fiscal a geração de empregos.
Todavia,
com a aproximação das eleições presidenciais e o desejo ardente do PT,
conquistar o quarto mandato e permanecer a qualquer custo no poder, outros
setores da economia foram contemplados, o que de certa forma acabou por
inviabilizar o ambicioso e eficaz programa de desoneração fiscal da folha de
pagamento, que contribuiu, sobretudo, na redução do custo Brasil, tão reclamado
pelo setor produtivo nacional.
Agora
que a inflação começa a corroer de forma impiedosa o salário do trabalhador
brasileiro, comprometendo significativamente o seu poder aquisitivo, além de
insistir em ficar fora da meta inflacionária de 4,5% ao ano, podendo até chegar
a dezembro de 2015, em 9%, segundo as recentes projeções, a equipe econômica, se
mostra preocupada e procura de toda maneira levantar recursos, com o intuito de
equilibrar o orçamento federal e com isso, tentar frear a elevação dos preços,
desacelerando a demanda agregada de bens e serviços, por meio da odiosa
elevação das taxas de juros, na próxima reunião do COPOM no final de julho.
Dura realidade que teremos que enfrentar. Legado maldito de Dilma para Dilma.
Viva o Brasil!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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