domingo, 14 de junho de 2015

Ascensão da Taxa de Juros

Ascensão da Taxa de Juros

A expectativa por parte do mercado financeiro, sobre a possibilidade da elevação da taxa de juros básica da economia de novo é muito grande. O Comitê de Política monetária o (COPOM), já sinaliza no sentido de na próxima reunião do dia 28 e 29 de julho de 2015, majorar a taxa de juros Selic de 13,75% para 14,25%.

As causas segundo a autoridade monetária do país, o Banco Central, desta elevação, residem na resistência da inflação projetada em relação ao ano de 2016, de não recuar ao núcleo da meta inflacionária, que é de 4,5% ao ano.

Com tal postura, o governo federal, através da prática da política monetária restritiva e austera, demonstra a sua não preocupação com os efeitos colaterais, que certamente ocorrerão por conta deste crescente arrocho monetário, como por exemplo, a queda dos investimentos das empresas aliado ao consequente, custo social, em função do aumento da curva do desemprego.

Atualmente a rede bancária pátria, praticam taxas de juros estratosféricas, consideradas as maiores do mundo, ao concederem empréstimos aos seus clientes. Seja a referente ao cheque especial, seja a do cartão de crédito, e as dos empréstimos, atinentes as pessoas físicas e as jurídicas.

Só para se ter uma ideia e ilustrar o nosso argumento, a taxa de juros média cobrada no cheque especial hoje, chega ao patamar de 226% ao ano, no crédito concedido a pessoa física está em torno de 52% ao ano e no caso das empresas numa faixa de 40% ao ano. 

O que realmente, inviabiliza qualquer tipo de negócio que se pretende montar, ou seja, o custo financeiro do crédito na atual conjuntura, além de estar proibitivo, extrapola qualquer critério de racionalidade humana.

Dentro deste modelo econômico de política monetária restritiva, combinado com o forte ajuste fiscal do setor público brasileiro, a única alternativa plausível para os agentes econômicos, encontra-se na prudência e na cautela quando se pensar em qualquer tipo de endividamento. Cuidado! Caso contrário a vaca poderá ir para o brejo com a corda e tudo que existe de direito.

José Alves de Azevedo Neto
Economista

              

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