Taxa
Selic a 13,75%
A
taxa de juros básica da economia brasileira sofreu mais uma majoração, na
semana que passou, numa demonstração clara, de que a equipe econômica do
governo federal, não hesitará em combater a inflação, inimiga figadal da renda
dos trabalhadores, que poderá atingir até dezembro de 2015 o patamar de 8,5%.
Por
não ter conseguido aprovar o ajuste das contas públicas, no valor pretendido
inicialmente, que era de R$ 100 bilhões de reais, em razão da clara dificuldade
na articulação política, o governo Dilma, além de buscar suporte na política fiscal (corte dos gastos públicos),
resolve também turbinar ou lançar mão da política monetária restritiva no
intuito de encarecer o crédito, como consequência, reduzir a demanda por bens e
serviços, com reflexos diretos na curva de preços relativos da economia.
Em
face desta venenosa combinação da política monetária e da política fiscal, já
se verifica a desaceleração do nível de atividade econômica, principalmente, no
setor da construção civil, por ser um setor intensivo em mão-obra, gerador de
milhares de empregos, por isso sente imediatamente os reflexos da política
econômica, com expressivo e indubitável, corte neoliberal. Para ilustrar a
retração e o custo social do aludido setor, o desemprego já chega a casa dos
100 mil trabalhadores no Brasil, no recorte de tempo de janeiro a maio de 2015.
Isto sem contar, os demais segmentos da economia, que demitiu e ameaçam demitir
ainda mais.
Infelizmente,
acho que a crise está apenas começando, muita água deverá passar por debaixo da
ponte. Quem viver verá!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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