sábado, 6 de junho de 2015

Taxa Selic a 13,75%

A taxa de juros básica da economia brasileira sofreu mais uma majoração, na semana que passou, numa demonstração clara, de que a equipe econômica do governo federal, não hesitará em combater a inflação, inimiga figadal da renda dos trabalhadores, que poderá atingir até dezembro de 2015 o patamar de 8,5%.

Por não ter conseguido aprovar o ajuste das contas públicas, no valor pretendido inicialmente, que era de R$ 100 bilhões de reais, em razão da clara dificuldade na articulação política, o governo Dilma, além de buscar suporte na  política fiscal (corte dos gastos públicos), resolve também turbinar ou lançar mão da política monetária restritiva no intuito de encarecer o crédito, como consequência, reduzir a demanda por bens e serviços, com reflexos diretos na curva de preços relativos da economia.

Em face desta venenosa combinação da política monetária e da política fiscal, já se verifica a desaceleração do nível de atividade econômica, principalmente, no setor da construção civil, por ser um setor intensivo em mão-obra, gerador de milhares de empregos, por isso sente imediatamente os reflexos da política econômica, com expressivo e indubitável, corte neoliberal. Para ilustrar a retração e o custo social do aludido setor, o desemprego já chega a casa dos 100 mil trabalhadores no Brasil, no recorte de tempo de janeiro a maio de 2015. Isto sem contar, os demais segmentos da economia, que demitiu e ameaçam demitir ainda mais.

Infelizmente, acho que a crise está apenas começando, muita água deverá passar por debaixo da ponte. Quem viver verá!


José Alves de Azevedo Neto

Economista

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