Renascimento
da Petrobrás
Em
seu depoimento na CPI da Câmara dos Deputados, o presidente da Petrobrás, Aldemir
Bendine, declarou com todas as letras e sem vacilar, que a estatal, maior
empresa e orgulho da nação, renascerá, após os sucessivos escândalos e
dilapidação do seu patrimônio. Uma espécie de Fênix, o pássaro lendário
da mitologia grega, que morria, mas depois de algum tempo renascia das
próprias cinzas.
No
ensejo o ilustre presidente disse ao conceder o seu depoimento na “honrada”
casa de lei, que a indigitada empresa fechará o ano de 2015, com 20 bilhões de
dólares no caixa. Foi além, somente no ano de 2016, a produção deverá chegar à
marca de 1 milhão de barris de petróleo por dia. Isto apenas no pré-sal.
Salienta-se,
todavia, para quem desconhece a capacidade de gestão de Bendine, ele é
funcionário aposentado do Banco do Brasil. No ano de 2009, assumiu a presidência
do banco, em virtude de ter feito, ao longo da sua vida profissional, uma
brilhante carreira na instituição. A sua atividade laboral na presidência, elevou
o Banco do Brasil, ao patamar glorioso dos maiores e melhores bancos atualmente
do país, até surgir o irrecusável convite por parte da presidente Dilma, para
que ocupasse a presidência da nossa petroleira.
Bendine,
homem de visão e respeitado pelo mercado financeiro, foca o seu trabalho nos
melhores fundamentos de reengenharia econômica, priorizando no desempenho da
sua gestão, as tão necessárias ações de reduções dos custos diretos e indiretos
empresariais. Ao seguir as diretrizes da sua nobre missão, cancelou centenas de
contratos desnecessários e onerosos à empresa até agora. Juntamente, com vários
projetos, que diziam respeito ao superdimensionamento da atividade econômica, assumido
pela estatal, diga-se de passagem, em que a relação custo e beneficio
encontravam-se fora de sintonia. Como por exemplo, algumas refinarias construídas
com a finalidade meramente política, como as do Ceará para agradar os irmãos
Gomes e a do Maranhão para massagear o ego da velha raposa felpuda, o Sarney. O
pior disso tudo, a construção se deu em áreas cujos projetos infelizmente, careciam
de viabilidade econômica.
Tais
medidas tomadas pelo Bendine foram de capital relevância, sobretudo, na atual
conjuntura macroeconômica global, em que os preços das commodities mais cobiçadas
do mundo, o petróleo, sofrem substancial queda nos preços. Situação que
corrobora no sentido da redução, das receitas operacionais da Petrobrás.
Acrescenta-se ainda, a queda das receitas, a majoração da estrutura de custos,
ora impactada pela desvalorização do real ante ao dólar, elevando, assim, o seu
índice de endividamento.
Analistas
sensatos do mercado sabem muito bem, que o problema que aflige e culmina na
pior crise enfrentada pela Petrobrás, não é de ordem econômica e sim de ordem
financeira, em razão dos argumentos já expostos acima. Sabem, muito bem, que a
médio e longo prazo, a Petrobrás, uma das gigantes mundiais do setor
petrolífero, voltará a auferir lucros extraordinários, dando novamente, alegria
aos seus acionistas minoritários e os majoritários, o povo brasileiro.
Isto posto, vamos aguardar sem dar ouvidas as
vozes de agouros que tentam a qualquer preço e de forma irresponsável, enlamear
e diminuir a reputação da Petrobrás, com interesses velados, na intenção de
depreciá-la e entregá-la ao capital estrangeiro privado. O que é lamentável!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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