Bons Ventos
Os campistas imagino
eu, ficaram lisonjeados com a mais recente estatística realizada pela Junta
Comercial do Estado do Rio de Janeiro, no que diz respeito ao ranking de
abertura de novas empresas, no exercício de 2012, quando se abriu 1.276 firmas
na nossa cidade, o que permitiu à Campos ficar atrás apenas da capital, Niterói,
Duque de Caxias e São Gonçalo, cidades pertencentes a região metropolitana do
estado.
Atribui-se o aludido
movimento econômico, aos grandes projetos de investimentos que ora são
implementados na região. Como o Superporto do Açu, no município vizinho de São
João da Barra, e o Complexo Industrial Farol-Barra do Furado, situado entre
Campos e Quissamã.
Na verdade, todo este
dinamismo econômico que começa a ganhar visibilidade na região, já era esperado,
tendo em vista que a partir do instante que pisou em nosso município o homem
mais rico do Brasil, o senhor Eike Batista, obviamente, a região não poderia
continuar na inércia em que se encontrava ao longo dos anos, vivendo da
monocultura da cana-de-açúcar e dos salários que são pagos pelas repartições
públicas, instaladas no município.
Por conta disto, a
economia campista e regional sofrerá uma refundação, sairá de um modelo
econômico com base na agroindústria açucareira, para adentrar num modelo
econômico de base industrial metal-mecânico, com profundo viés tecnológico,
agregador de valor, transformando conceitos e culturas do empresariado local.
Aqueles campistas que
não quiserem entender a atual conjuntura ou não buscar informações sobre o que
virá por aí, certamente soçobrará, ou seja, não terá lugar no mercado, e serão
atropelados pelos bons ventos econômicos, que sopram fortemente ao nosso favor.
Em decorrência deste
processo mutacional, Campos se tornará um dos maiores ou o melhor polo de
serviços da região, basta refletir a atual realidade, em que grandes empresas
incorporadoras da construção civil, erguem prédios visualizando um futuro de
grande prosperidade. Sem contar as empresas de marcas de carros e grifes
famosas de projeção mundial, que chegam à Campos com informações privilegiadas,
de que chegou o grande momento para que a cidade se alavanque economicamente, o
que será bom para todos.
Inclusive para os
nossos filhos e netos, que não precisarão deixar o seio familiar para poderem
buscar a sua sorte, longe das suas respectivas casas, afastados das suas
genuínas raízes. Sim, Campo está mudando e você?
José
Alves de Azevedo Neto
Economista