segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Taxa Selic em 10% ao ano




Taxa Selic em 10% ao ano

 Mais uma vez na semana que se passou a população brasileira, se surpreende com a elevação da taxa de juros Selic (Sistema de Liquidação e Custódia) da economia, para melhor facilitar o entendimento dos leitores. Quando se eleva a aludida taxa, que se constitui referencial ou parâmetro para todas as taxas de juros dos produtos oferecidos pelos bancos, à sociedade sente o reflexo dessa majoração, diretamente nos preços dos empréstimos bancários e no cheque especial,que via de regra já encontra-se incorporado ao orçamento da família brasileira, salvo algumas raríssimas exceções, por outro lado, ocorre uma melhora das aplicações financeiras, como a guisa de exemplo, a poupança e fundos de várias naturezas ofertados pelo mercado financeiro.
No governo da presidente Dilma, a taxa Selic, atingiu o menor nível dos últimos vintes anos, ela chegou a 7,25%, exatamente em novembro de 2012, sendo objeto de várias comemorações pelo governo, inclusive tal fato levou a presidente da República, aos meios de comunicação, quando na ocasião a ilustre chefe do pode executivo federal, afirmou com todas as letras, que as taxas de juros não mais retornariam a patamares equivalentes aos governos antecessores, e que os bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, seriam os principais responsáveis para puxar e manter as taxas em percentuais aceitáveis, através  da concorrência com os bancos privados, o que de certa forma obrigou a todo o mercado bancário a se adequar a nova conjuntura econômica e financeira, além do mais, acarretou consequências negativas para todos fundos de renda fixa e fundos DI, com prejuízo das suas respectivas rentabilidades.
O que a presidente esqueceu foi de combinar com o setor produtivo, produtor de bens e serviços, cujas ofertas hoje são insuficientes para atender atual demanda por parte da população, sobretudo, a tão propalada classe média emergente, que alavanca o consumo agregado, incentivado pelo próprio governo, através das diversas reduções do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), sobre os produtos que compõe a linha branca, como geladeiras, fogões e afins, além de automóveis, em detrimento dos investimentos, tão necessários ao país para redução do custo Brasil, e melhora da competitividade da economia nacional.
Agora com a inflação insuportável, para o bolso do consumidor, o Banco Central, aumenta mais uma vez as taxas de juros, desta vez ela chega a 10% ao ano, com promessas por parte dos membros do Copom (Comitê de Política Monetária) de que em fevereiro virá outro aumento, para fortalecer a política de combate inflacionário da equipe econômica do professor Mantega, que tem o poder fantástico de sempre alegar, que tudo vai às mil maravilhas.
Todavia, é relevante salientar que os preços atualmente sobem numa significativa velocidade, basta verificar as elevações que tiveram as mensalidades escolares para o exercício de 2014, que subiram acima da inflação e com elas os preços de diversos outros produtos, concomitantemente, o assalariado continua numa trajetória de perda de poder aquisitivo. Até quando presidente, conviveremos com a inflação, inimiga do trabalhador, debelada em governos passados.

José Alves de Azevedo Neto
Economista



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