Atraso
nas Obras
O
presidente da FIFA, Joseph Blatter, voltou a fazer declarações bombásticas
sobre as obras da Copa do Mundo, disse que desde 1975 trabalha na aludida
instituição, e jamais viu tanto atraso, a despeito de o Brasil ter tido sete
anos para cumprir o cronograma das obras, estabelecido conjuntamente com as
autoridades brasileiras.
O
que senhor Blatter não sabe e talvez tenha esquecido, é que infelizmente, no
Brasil vige uma maldita cultura por parte dos homens públicos, de não se
planejarem os eventos e as obras que se pretendem realizar. Aqui se reage às
conjunturas, ao invés de planejá-las, procedimento que facilita decretar
emergência das obras públicas, como método escuso, para favorecer os
empreiteiros amigos do poder, e o pior, todo este cenário lamentável, ocorre
com a conivência dos órgãos de controle, que fazem parte do ordenamento
jurídico nacional, numa clara conivência com os poderes constituídos da
república, sem importuná-los. Por que será?
A
despeito de entender a posição que tomou o presidente da FIFA, usando como
instrumento de pressão sobre o governo brasileiro a sua declaração, com intuito
de acelerar as obras, tal comportamento, configura constrangimento aos
responsáveis em cumprir a agenda do evento, pois não deixa de ser um “puxão de
orelha”, além de ser mais uma vez, uma interferência e ruptura da soberania
pátria, que ficará sob uma legislação de exceção, durante a Copa, determinada
pela suprema instituição FIFA, responsável por um dos maiores eventos esportivo
do mundo.
Relevante
salientar, que a imaculada FIFA, faz lembrar o antigo FMI (Fundo Monetário
Internacional), que nos tempos obscuros da ditadura e em governos que vieram
logo após a redentora, colocava o Brasil sob o jugo da banca internacional,
sangrando a nação, através da cobrança das taxas de juros extorsivas, decorrente
dos empréstimos contraídos no exterior, com o fito de se criar uma poupança
interna e fomentar o crescimento econômico doméstico, que resultou numa
significativa dívida pública externa para a sociedade pagar ao longo dos anos,
através dos inúmeros arrochos monetários ou sacrifícios, impostos pelo
inescrupuloso fundo.
Fica-se
livre da odiosa instituição do FMI nos tempos atuais, e agora, entra-se numa
trajetória de cobrança por parte da FIFA, que possui inúmeros compromissos com
vários grupos econômicos do segmento esportivo e de bebidas, e nesta
oportunidade, tenta a qualquer preço impor, aos brasileiros as suas determinações,
aceitas pelo governo federal, que pensa em tirar proveito eleitoral por parte
do evento futebolístico, embora a presidente Dilma, tenha vindo a público,
repudiar as declarações do todo poderoso senhor Blatter, o que não causou
espanto para ninguém, tendo em vista que a ilustre presidente está em campanha
cumprindo à risca o manual político, elaborado pelo seu marqueteiro de plantão
João Santana, já com o pensamento na sua posse no dia primeiro de janeiro de
2015, custe o que custar, inclusive, só para não esquecer, a última campanha do
PT, para eleger a presidente Dilma, custou à bagatela de R$ 176 milhões de
reais e a de 2014, quanto custará? Viva o Brasil varonil!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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