quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Atraso nas Obras



Atraso nas Obras

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, voltou a fazer declarações bombásticas sobre as obras da Copa do Mundo, disse que desde 1975 trabalha na aludida instituição, e jamais viu tanto atraso, a despeito de o Brasil ter tido sete anos para cumprir o cronograma das obras, estabelecido conjuntamente com as autoridades brasileiras. 
O que senhor Blatter não sabe e talvez tenha esquecido, é que infelizmente, no Brasil vige uma maldita cultura por parte dos homens públicos, de não se planejarem os eventos e as obras que se pretendem realizar. Aqui se reage às conjunturas, ao invés de planejá-las, procedimento que facilita decretar emergência das obras públicas, como método escuso, para favorecer os empreiteiros amigos do poder, e o pior, todo este cenário lamentável, ocorre com a conivência dos órgãos de controle, que fazem parte do ordenamento jurídico nacional, numa clara conivência com os poderes constituídos da república, sem importuná-los. Por que será?  
A despeito de entender a posição que tomou o presidente da FIFA, usando como instrumento de pressão sobre o governo brasileiro a sua declaração, com intuito de acelerar as obras, tal comportamento, configura constrangimento aos responsáveis em cumprir a agenda do evento, pois não deixa de ser um “puxão de orelha”, além de ser mais uma vez, uma interferência e ruptura da soberania pátria, que ficará sob uma legislação de exceção, durante a Copa, determinada pela suprema instituição FIFA, responsável por um dos maiores eventos esportivo do mundo.
Relevante salientar, que a imaculada FIFA, faz lembrar o antigo FMI (Fundo Monetário Internacional), que nos tempos obscuros da ditadura e em governos que vieram logo após a redentora, colocava o Brasil sob o jugo da banca internacional, sangrando a nação, através da cobrança das taxas de juros extorsivas, decorrente dos empréstimos contraídos no exterior, com o fito de se criar uma poupança interna e fomentar o crescimento econômico doméstico, que resultou numa significativa dívida pública externa para a sociedade pagar ao longo dos anos, através dos inúmeros arrochos monetários ou sacrifícios, impostos pelo inescrupuloso fundo.
Fica-se livre da odiosa instituição do FMI nos tempos atuais, e agora, entra-se numa trajetória de cobrança por parte da FIFA, que possui inúmeros compromissos com vários grupos econômicos do segmento esportivo e de bebidas, e nesta oportunidade, tenta a qualquer preço impor, aos brasileiros as suas determinações, aceitas pelo governo federal, que pensa em tirar proveito eleitoral por parte do evento futebolístico, embora a presidente Dilma, tenha vindo a público, repudiar as declarações do todo poderoso senhor Blatter, o que não causou espanto para ninguém, tendo em vista que a ilustre presidente está em campanha cumprindo à risca o manual político, elaborado pelo seu marqueteiro de plantão João Santana, já com o pensamento na sua posse no dia primeiro de janeiro de 2015, custe o que custar, inclusive, só para não esquecer, a última campanha do PT, para eleger a presidente Dilma, custou à bagatela de R$ 176 milhões de reais e a de 2014, quanto custará? Viva o Brasil varonil!                 

José Alves de Azevedo Neto
Economista

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