Dilema
da Política Monetária
A
elevação da taxa de juros Selic da economia brasileira para 10,5% ao ano, teve como
objetivo combater a ascensão da alta dos preços, que ao longo de 2013,
atormentou significativamente a vida dos consumidores de bens e serviços, além
de tentar, atrair os investidores estrangeiros que aplicam as suas respectivas
poupanças em títulos públicos brasileiros, como consequência, melhorar a
entrada de dólares na economia doméstica, e tentar reter a trajetória de fuga do
padrão monetário americano, logo após os Estados Unidos, alterarem a rota da
sua política monetária, já que os indicadores econômicos americanos apresentaram,
no último quadrimestre, de 2013, viés de recuperação, fato que obrigou o Federal
Reserve (Banco Central Americano), a reduzir a liquidez da sua economia.
O
dilema constitui-se na necessidade do país elevar a sua taxa de investimentos,
numa conjuntura em que as taxas de juros estão altas, o que faz com que os
agentes econômicos, revejam os seus planos de investimentos para o exercício
vigente, tendo em vista o encarecimento das linhas de créditos, oferecidas pelo
sistema financeiro nacional.
Neste
atual modelo, com o cenário de taxas de juros elevadas, o capital produtivo
fica em detrimento do capital financeiro, ou melhor dizendo, privilegiam-se os
rentistas como bem colocou uma das correntes que fazem parte do partido dos
trabalhadores, com direito a redução do emprego, o que não é nada simpático em ano
eleitoral.
Diante
do aludido contexto, não foi por acaso que o Fundo Monetário Internacional (FMI),
resolveu recalcular a taxa de crescimento do PIB brasileiro para 2014,
colocando-a num patamar de 2,3% ao ano e a taxa de 2015, em 2,8% ao ano,
previsão nada agradável para um governo, que pretende entrar num processo
eleitoral renhido, embora a presidenta Dilma, seja franco favorita, com o
objetivo de se manter mais quatro anos no poder, e o discurso de uma política
econômica de prosperidade conjugado ao alto consumo de produtos, é de capital
relevância para qualquer candidato, fato que os cenários econômicos construídos
para o primeiro quadrimestre deste ano, não conspiram a favor, o que acarreta
preocupações para as hostes governistas, que preocupada com uma possível
retração econômica, farão uma reforma ministerial, com forças políticas ultraconservadoras,
como se assiste agora, construindo um colchão politico partidário favorável e
resistente a uma possível adversidade da economia, que possa comprometer a
eleição presidencial petista. Será tudo
ou nada para se eleger a nobre presidenta, ou alguém dúvida?
José
Alves e Azevedo Neto
Economista
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