sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Dilema da Política Monetária





Dilema da Política Monetária

 

A elevação da taxa de juros Selic da economia brasileira para 10,5% ao ano, teve como objetivo combater a ascensão da alta dos preços, que ao longo de 2013, atormentou significativamente a vida dos consumidores de bens e serviços, além de tentar, atrair os investidores estrangeiros que aplicam as suas respectivas poupanças em títulos públicos brasileiros, como consequência, melhorar a entrada de dólares na economia doméstica, e tentar reter a trajetória de fuga do padrão monetário americano, logo após os Estados Unidos, alterarem a rota da sua política monetária, já que os indicadores econômicos americanos apresentaram, no último quadrimestre, de 2013, viés de recuperação, fato que obrigou o Federal Reserve (Banco Central Americano), a reduzir a liquidez da sua economia.

O dilema constitui-se na necessidade do país elevar a sua taxa de investimentos, numa conjuntura em que as taxas de juros estão altas, o que faz com que os agentes econômicos, revejam os seus planos de investimentos para o exercício vigente, tendo em vista o encarecimento das linhas de créditos, oferecidas pelo sistema financeiro nacional.

Neste atual modelo, com o cenário de taxas de juros elevadas, o capital produtivo fica em detrimento do capital financeiro, ou melhor dizendo, privilegiam-se os rentistas como bem colocou uma das correntes que fazem parte do partido dos trabalhadores, com direito a redução do emprego, o que não é nada simpático em ano eleitoral.  

Diante do aludido contexto, não foi por acaso que o Fundo Monetário Internacional (FMI), resolveu recalcular a taxa de crescimento do PIB brasileiro para 2014, colocando-a num patamar de 2,3% ao ano e a taxa de 2015, em 2,8% ao ano, previsão nada agradável para um governo, que pretende entrar num processo eleitoral renhido, embora a presidenta Dilma, seja franco favorita, com o objetivo de se manter mais quatro anos no poder, e o discurso de uma política econômica de prosperidade conjugado ao alto consumo de produtos, é de capital relevância para qualquer candidato, fato que os cenários econômicos construídos para o primeiro quadrimestre deste ano, não conspiram a favor, o que acarreta preocupações para as hostes governistas, que preocupada com uma possível retração econômica, farão uma reforma ministerial, com forças políticas ultraconservadoras, como se assiste agora, construindo um colchão politico partidário favorável e resistente a uma possível adversidade da economia, que possa comprometer a eleição presidencial petista.  Será tudo ou nada para se eleger a nobre presidenta, ou alguém dúvida?

 

José Alves e Azevedo Neto

Economista

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