sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Governador do Estado do Rio de Janeiro





Governador do Estado do Rio de Janeiro


O próximo governador do Estado do Rio de Janeiro, não terá vida fácil, a partir do dia primeiro de janeiro de 2015, no que diz respeito às finanças públicas estaduais. A atual gestão administrativa conseguiu promover um endividamento do estado, já mais visto na história contemporânea do Rio de Janeiro.

Para apresentar os dados concretos sobre tal descalabro fiscal, relevante destacar que a dívida consolidada do estado até julho de 2014, chegou a 74,4 bilhões de reais, segundo a Secretaria Estadual de Fazenda, o que equivale infelizmente a 158,8% da receita corrente líquida orçamentária. Enquanto a resolução n° 40/ 01 do Senado Federal, determina que o índice para tal endividamento deverá ser de 200% e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece o limite prudencial, em 180%.

Outros pontos que chamam a atenção sobre as contas públicas do estado referem-se a sua capacidade de investimento em relação aos recursos próprios que encontra-se bastante comprometida, devido à elevação significativa do custeio com a máquina pública, conjugado ao veemente impacto decorrente da folha de pagamento para honrar reajustes, com os servidores públicos, como por exemplo, incorporações de gratificações e planos de cargos e salários concedidos, que tudo indica chegará a cerca de 1,5 bilhão de reais, neste ano.

Dentro deste ensejo, relevante salientar que a farra com os recursos públicos, não iniciou-se agora, ela vem desde o exercício fiscal de 2006, chegando acumuladamente na gestão vigente, a 25 bilhões de reais, autorizados pela briosa e honrada Assembleia Legislativa, serva fiel do governador, com a finalidade do executivo, contrair empréstimos.

As consequências por conta da gestão temerária dos governadores que ocuparam nos últimos anos a tão cobiçada, apesar das dívidas que encontrarão pela frente, cadeira do Palácio Guanabara, recairá obviamente sobre a sociedade fluminense, através da piora do já precário atendimento a população através das ofertas dos serviços da área de saúde, educação, transporte público e afins, podendo inclusive, ocorrer as insuportáveis majorações de impostos.  

Acrescenta-se também ao quadro de penúria fiscal do Estado do Rio de Janeiro, a situação dos servidores públicos que com certeza não terão os seus respectivos e justos aumentos de salários, corroídos na atual conjuntura pela inflação, como todos sabem, o que compromete por sua vez, o poder de compra dos trabalhadores, no momento em que se adquirem os bens e serviços, para a sua sobrevivência do dia a dia.

Vamos aguardar as consequências desta brincadeira desagradável com o recurso público e que elas não sejam tão dolorosa para todos nós. Viva a prosperidade do Estado do Rio de Janeiro!       

José Alves de Azevedo Neto


Economista

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