EVOLUÇÃO DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO
CIVIL – CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ – 2014
MESES
|
ADMIS.
|
DESLIG.
|
SALDO
|
JANEIRO
|
615
|
424
|
191
|
FEVEREIRO
|
763
|
553
|
210
|
MARÇO
|
761
|
531
|
230
|
FONTE:MTE/CAGED/2014
EVOLUÇÃO
DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO CIVIL – CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ – NO ANO – JANEIRO A MARÇO/2014
ADMIS.
|
DESLIG.
|
SALDO
|
2.338
|
1.665
|
673
|
FONTE:MTE/CAGED/2014
EVOLUÇÃO DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO
CIVIL – CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ – 2015
MESES
|
ADMIS.
|
DESLIG.
|
SALDO
|
JANEIRO
|
490
|
499
|
-9
|
FEVEREIRO
|
379
|
516
|
-137
|
MARÇO
|
533
|
511
|
22
|
FONTE:MTE/CAGED/2015
EVOLUÇÃO
DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO CIVIL – CAMPOS DOS GOYTCAZES-RJ – NO ANO – JANEIRO A MARÇO/2015
ADMIS.
|
DESLIG.
|
SALDO
|
1.483
|
1.589
|
-106
|
FONTE:MTE/CAGED/2015
OBS: No ano, resultados acrescidos
dos ajustes.
Fôlego
da Construção Civil 2014/2015 em Campos-RJ
Ao
analisar o setor da construção civil de janeiro a março de 2014, em Campos dos
Goytacazes, comparando-o com o mesmo período de 2015, utilizando-se do
indicador de evolução do emprego por nível setorial, do Ministério do Trabalho
e Emprego – CAGED. Verifica-se queda no seu
nível de dinâmica econômica, obviamente, devido ao setor destacar-se na condição de intensivo em
mão-de-obra, por conta disto, sofrer rápidos
impactos negativos ao que se refere, a
sua capacidade de geração de empregos e rendas, em virtude do município e o
Brasil, passarem atualmente, por uma
conjuntura de crise econômica, aliada a queda da receita dos royalties e das
participações especiais, fonte de receita que representa mais de 50%, do maior
orçamento da cidade, no caso em tela o da prefeitura, fazendo com que as suas obras, sintam a
redução do fluxo de renda atual e por decorrência deste fato, desacelerem.
A indigitada crise, aflige também, a curva de
investimentos da iniciativa privada local, por ditame conjuntural, o que não constitui novidade para
ninguém, uma vez que as empresas que atuam no ramo, tendem a pisar no freio dos
investimentos, o que é natural, tendo em vista uma queda de demanda em relação
as unidades habitacionais vendidas no município, por encarecimento do crédito
imobiliário da Caixa Econômica Federal, que eleva neste momento as taxas de
juros da modalidade de financiamento para a classe média, em virtude da
política monetária austera praticada, pela equipe econômica do Ministro Joaquim
Levi. Vamos aos números.
Em
janeiro de 2014, foram admitidos na construção civil em Campos, 615
trabalhadores com a carteira assinada, ao final do mês desligaram-se 424
trabalhadores, restando o saldo total positivo de 191 empregos formais. Em janeiro
de 2015, ocorre uma queda de 20,33%, os admitidos perfizeram o quantitativo
absoluto de 490 trabalhadores contra 499 empregados formais desligados, o saldo
negativo, resultou em 9 empregos. Não houve criação de empregos em janeiro de
2015. Ocorre aumento do desligamento de janeiro de 2015, em relação ao mesmo
período de 2014 de 17,69%.
Em
fevereiro de 2014, o segmento da construção civil, gerou 763 empregos e
desligou 553 trabalhadores formais, resulta, todavia, no saldo positivo de 210
empregos, agregados ao setor. No mês de
fevereiro de 2015, ocorre uma queda na admissão de trabalhadores, de 50,33%,
índice alto, em relação ao mesmo período de 2014. Admitiu-se no mês de
fevereiro 379 trabalhadores formais, contra a demissão de 516 trabalhadores, constata-se
no mês, uma redução nos desligamentos de fevereiro de 2015 em relação a mês de
fevereiro de 2014, de 6,69%. Fato que não impediu o saldo de ficar negativo, em
menos 137 empregos gerados.
Em
março de 2014, a geração de empregos no município foi de 761 empregos formais e
os desligamentos acarretaram o numerário de 531 empregos formais, totalizando o
saldo positivo de 230 empregos, agregados a economia formal. Em março de 2015,
gerou-se 533 empregos formais, ao compará-lo à março de 2014 ocorre uma queda
de 29,96%. Os desligamentos do mês de março chegam a 511 empregos, uma variação
negativa de 3,77%, em relação a março de 2014, o que culminou no saldo positivo
de 22 empregos, com a carteira assinada, acrescidos a economia local.
Quando
o foco de análise prioriza a geração de empregos no ano, circunscreve-se os
três meses acumulados de janeiro a março de 2014/2015, faz assim a comparação
do total dos números absolutos e as suas respectivas mutações ao longo do
período, relacionando-o ao anterior.
Nos
três primeiros meses de março de 2014, foram admitidos 2.338 trabalhadores
formais e demitidos 1.665 trabalhadores, cujo o saldo ficou positivo em 673
empregos formais, agregados ao sistema econômico municipal. Ou seja, em 2014
ocorreu a criação de empregos. Nos três meses acumulados, até o mês de março de
2015, a construção civil admitiu 1.483 trabalhadores formais e demitiu 1.589
trabalhadores, resultando no saldo negativo de 106 trabalhadores. Ao se apurar a número de trabalhadores
admitidos no acumulado dos três meses, chega-se ao percentual de queda de 36,57%,
isto é, em relação ao número de admitidos de março de 2014, que foi de 2.338. Uma
redução de empregos considerável. Os desligamentos de trabalhadores formais que
ocorreram até março de 2015, atingiram a 1.589 empregos, em termos relativos,
quando se compara com os trabalhadores desligados em março de 2014 no ano ou no
trimestre, que foi de 1.665, a queda atinge ao patamar de 4,56%.
Por
derradeiro, identifica-se dentro desta análise trimestral envolvendo o ano de
2014 e o de 2015, que o ano de 2014 terminou com o saldo positivo de 673
empregos, ao contrário do ano de 2015, em que
o saldo fica negativo em 106
empregos. Esta situação, permiti a afirmação de que no ano de 2015, ou no
período de janeiro a março de 2015, a indústria da construção civil, perde
fôlego no município de Campos. Não podendo ainda afirmar, que se configura numa
tendência de retração do setor. Vamos aguardar o comportamento da economia,
especificamente do setor, nos próximos meses, já que nos três meses analisados
de 2015, o saldo é negativo, portanto, se destruiu empregos ao invés de
criá-los.
José
Alves de Azevedo Neto
Economista