domingo, 26 de abril de 2015

EVOLUÇÃO DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO CIVIL - CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ/2014/2015





EVOLUÇÃO DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO CIVIL – CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ – 2014


MESES
ADMIS.
DESLIG.
SALDO
JANEIRO
615
424
191
FEVEREIRO
763
553
210
MARÇO
761
531
230
FONTE:MTE/CAGED/2014








EVOLUÇÃO DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO CIVIL – CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ –  NO ANO – JANEIRO A MARÇO/2014

ADMIS.
DESLIG.
SALDO
2.338
1.665
673
FONTE:MTE/CAGED/2014



EVOLUÇÃO DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO CIVIL – CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ – 2015


MESES
ADMIS.
DESLIG.
SALDO
JANEIRO
490
499
-9
FEVEREIRO
379
516
-137
MARÇO
533
511
22
FONTE:MTE/CAGED/2015



EVOLUÇÃO DO EMPREGO DA CONSTRUÇÃO CIVIL – CAMPOS DOS GOYTCAZES-RJ –  NO ANO – JANEIRO A MARÇO/2015

ADMIS.
DESLIG.
SALDO
1.483
1.589
-106
FONTE:MTE/CAGED/2015


OBS: No ano, resultados acrescidos dos ajustes.


Fôlego da Construção Civil 2014/2015 em Campos-RJ

Ao analisar o setor da construção civil de janeiro a março de 2014, em Campos dos Goytacazes, comparando-o com o mesmo período de 2015, utilizando-se do indicador de evolução do emprego por nível setorial, do Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED. Verifica-se  queda no seu nível de dinâmica econômica, obviamente, devido ao  setor destacar-se na condição de intensivo em mão-de-obra, por conta disto, sofrer  rápidos impactos negativos  ao que se refere, a sua capacidade de geração de empregos e rendas, em virtude do município e o Brasil,  passarem atualmente, por uma conjuntura de crise econômica, aliada a queda da receita dos royalties e das participações especiais, fonte de receita que representa mais de 50%, do maior orçamento da cidade, no caso em tela o da prefeitura,  fazendo com que as suas obras, sintam a redução do fluxo de renda atual e por decorrência deste fato, desacelerem.

 A indigitada crise, aflige também, a curva de investimentos da iniciativa privada local, por ditame  conjuntural, o que não constitui novidade para ninguém, uma vez que as empresas que atuam no ramo, tendem a pisar no freio dos investimentos, o que é natural, tendo em vista uma queda de demanda em relação as unidades habitacionais vendidas no município, por encarecimento do crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal, que eleva neste momento as taxas de juros da modalidade de financiamento para a classe média, em virtude da política monetária austera praticada, pela equipe econômica do Ministro Joaquim Levi. Vamos aos números.

Em janeiro de 2014, foram admitidos na construção civil em Campos, 615 trabalhadores com a carteira assinada, ao final do mês desligaram-se 424 trabalhadores, restando o saldo total positivo de 191 empregos formais. Em janeiro de 2015, ocorre uma queda de 20,33%, os admitidos perfizeram o quantitativo absoluto de 490 trabalhadores contra 499 empregados formais desligados, o saldo negativo, resultou em 9 empregos. Não houve criação de empregos em janeiro de 2015. Ocorre aumento do desligamento de janeiro de 2015, em relação ao mesmo período de 2014 de 17,69%.

Em fevereiro de 2014, o segmento da construção civil, gerou 763 empregos e desligou 553 trabalhadores formais, resulta, todavia, no saldo positivo de 210 empregos, agregados ao setor.  No mês de fevereiro de 2015, ocorre uma queda na admissão de trabalhadores, de 50,33%, índice alto, em relação ao mesmo período de 2014. Admitiu-se no mês de fevereiro 379 trabalhadores formais, contra a demissão de 516 trabalhadores, constata-se no mês, uma redução nos desligamentos de fevereiro de 2015 em relação a mês de fevereiro de 2014, de 6,69%. Fato que não impediu o saldo de ficar negativo, em menos 137 empregos gerados.

Em março de 2014, a geração de empregos no município foi de 761 empregos formais e os desligamentos acarretaram o numerário de 531 empregos formais, totalizando o saldo positivo de 230 empregos, agregados a economia formal. Em março de 2015, gerou-se 533 empregos formais, ao compará-lo à março de 2014 ocorre uma queda de 29,96%. Os desligamentos do mês de março chegam a 511 empregos, uma variação negativa de 3,77%, em relação a março de 2014, o que culminou no saldo positivo de 22 empregos, com a carteira assinada, acrescidos a economia local.

Quando o foco de análise prioriza a geração de empregos no ano, circunscreve-se os três meses acumulados de janeiro a março de 2014/2015, faz assim a comparação do total dos números absolutos e as suas respectivas mutações ao longo do período, relacionando-o ao anterior.

Nos três primeiros meses de março de 2014, foram admitidos 2.338 trabalhadores formais e demitidos 1.665 trabalhadores, cujo o saldo ficou positivo em 673 empregos formais, agregados ao sistema econômico municipal. Ou seja, em 2014 ocorreu a criação de empregos. Nos três meses acumulados, até o mês de março de 2015, a construção civil admitiu 1.483 trabalhadores formais e demitiu 1.589 trabalhadores, resultando no saldo negativo de 106 trabalhadores.  Ao se apurar a número de trabalhadores admitidos no acumulado dos três meses, chega-se ao percentual de queda de 36,57%, isto é, em relação ao número de admitidos de março de 2014, que foi de 2.338. Uma redução de empregos considerável. Os desligamentos de trabalhadores formais que ocorreram até março de 2015, atingiram a 1.589 empregos, em termos relativos, quando se compara com os trabalhadores desligados em março de 2014 no ano ou no trimestre, que foi de 1.665, a queda atinge ao patamar de 4,56%.

Por derradeiro, identifica-se dentro desta análise trimestral envolvendo o ano de 2014 e o de 2015, que o ano de 2014 terminou com o saldo positivo de 673 empregos, ao contrário do ano de 2015, em que   o saldo fica negativo em 106 empregos. Esta situação, permiti a afirmação de que no ano de 2015, ou no período de janeiro a março de 2015, a indústria da construção civil, perde fôlego no município de Campos. Não podendo ainda afirmar, que se configura numa tendência de retração do setor. Vamos aguardar o comportamento da economia, especificamente do setor, nos próximos meses, já que nos três meses analisados de 2015, o saldo é negativo, portanto, se destruiu empregos ao invés de criá-los.             

José Alves de Azevedo Neto
Economista
    


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