domingo, 12 de abril de 2015

Análise do Emprego Formal em Campos dos Goytacazes em Janeiro e fevereiro de 2015



Evolução do Emprego Formal em Campos/2015

Fazendo uma análise do mercado de trabalho do nosso município, no bimestre circunscrito a janeiro e fevereiro de 2015, com os dados retirados do Ministério do Trabalho e Empregos, do governo federal, verifica-se que o saldo de emprego apurado nos dois períodos, encontram-se negativos. Não houve geração de empregos. Apenas, ocorre uma pequena melhora na curva de demissões no mês de fevereiro, como se verá a partir de agora.

Tal situação, deixa patente, a perda de fôlego da economia campista, no período analisado por diversos fatores, o principal supõe-se, está relacionado a queda do fluxo de renda, em decorrência da queda dos preços internacionais do barril do petróleo, cujos reflexos, refletem nos repasses   dos royalties e participações especiais, realizados pela ANP, à prefeitura.

No mês de janeiro foram admitidos 2.356 trabalhadores com a carteira assinada e foram demitidos neste mesmo mês, 3.230 trabalhadores, resultando no saldo negativo, em janeiro de menos 874 empregos. Ressalta-se, por sua vez, que o setor que mais demitiu mão-obra, foi o comércio, com o quantitativo de 387 trabalhadores.

 Ao comparar o mês de janeiro de 2015, com o mês de dezembro de 2014, via de regra, não se constitui numa boa base de dados para se comparar, devido à crescente geração de empregos, neste mês, por conta da festividade do Natal, atrelado a folha do décimo terceiro salário, ocorre uma queda na variação de geração de empregos no comércio, de menos 1,41%.

No mês de fevereiro, a situação se inverte, em razão do número de demissões terem reduzidos, em relação a janeiro. Neste mês, o total de trabalhadores admitidos com carteira assinada foram de 2.219 e o desligamento foi de 2.789, o que resulta em menos 570 trabalhadores. O setor, que mais desempregou no mês de fevereiro não foi o de atividades comerciais, mas sim, o de Serviços da Indústria de Utilidade Pública, com 245 trabalhadores demitidos, o que representa uma variação percentual, deste setor, em relação a janeiro de 2015, de menos 13%.

Ao enfocar a análise, no ano, ou seja, ao acumular os trabalhadores admitidos e demitidos até o mês de fevereiro, verificar-se-á, que o número de admitidos, atinge o patamar de 4.655 trabalhadores contra os números de demitidos de 6.109 trabalhadores. Acumulando os dois meses, o de janeiro e o de fevereiro, às demissões de trabalhadores com a carteira assinada, totalizam 1.454 trabalhadores. Nada desprezível!

Por ser uma atividade econômica que emprega o maior número de mão-de-obra, na economia local, o setor de comércio nos dois meses analisados, foi o setor também que mais demitiu em relação aos demais, com o quantitativo de 617 trabalhadores.
Através dos números apresentados, constata-se que a economia campista, no recorte de tempo estudado (Janeiro e Fevereiro), continua com um baixo nível de dinamização e alta dependência, do segmento comercial, cuja a característica natural, é de agregar pouco valor a economia. Infelizmente!

José Alves de Azevedo Neto
Economista


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