Evolução
do Emprego Formal em Campos/2015
Fazendo
uma análise do mercado de trabalho do nosso município, no bimestre circunscrito
a janeiro e fevereiro de 2015, com os dados retirados do Ministério do Trabalho
e Empregos, do governo federal, verifica-se que o saldo de emprego apurado nos
dois períodos, encontram-se negativos. Não houve geração de empregos. Apenas, ocorre
uma pequena melhora na curva de demissões no mês de fevereiro, como se verá a
partir de agora.
Tal
situação, deixa patente, a perda de fôlego da economia campista, no período
analisado por diversos fatores, o principal supõe-se, está relacionado a queda
do fluxo de renda, em decorrência da queda dos preços internacionais do barril
do petróleo, cujos reflexos, refletem nos repasses dos
royalties e participações especiais, realizados pela ANP, à prefeitura.
No
mês de janeiro foram admitidos 2.356 trabalhadores com a carteira assinada e
foram demitidos neste mesmo mês, 3.230 trabalhadores, resultando no saldo
negativo, em janeiro de menos 874 empregos. Ressalta-se, por sua vez, que o
setor que mais demitiu mão-obra, foi o comércio, com o quantitativo de 387 trabalhadores.
Ao comparar o mês de janeiro de 2015, com o
mês de dezembro de 2014, via de regra, não se constitui numa boa base de dados
para se comparar, devido à crescente geração de empregos, neste mês, por conta
da festividade do Natal, atrelado a folha do décimo terceiro salário, ocorre
uma queda na variação de geração de empregos no comércio, de menos 1,41%.
No
mês de fevereiro, a situação se inverte, em razão do número de demissões terem
reduzidos, em relação a janeiro. Neste mês, o total de trabalhadores admitidos
com carteira assinada foram de 2.219 e o desligamento foi de 2.789, o que
resulta em menos 570 trabalhadores. O setor, que mais desempregou no mês de
fevereiro não foi o de atividades comerciais, mas sim, o de Serviços da
Indústria de Utilidade Pública, com 245 trabalhadores demitidos, o que
representa uma variação percentual, deste setor, em relação a janeiro de 2015,
de menos 13%.
Ao
enfocar a análise, no ano, ou seja, ao acumular os trabalhadores admitidos e
demitidos até o mês de fevereiro, verificar-se-á, que o número de admitidos,
atinge o patamar de 4.655 trabalhadores contra os números de demitidos de 6.109
trabalhadores. Acumulando os dois meses, o de janeiro e o de fevereiro, às
demissões de trabalhadores com a carteira assinada, totalizam 1.454 trabalhadores.
Nada desprezível!
Por
ser uma atividade econômica que emprega o maior número de mão-de-obra, na
economia local, o setor de comércio nos dois meses analisados, foi o setor
também que mais demitiu em relação aos demais, com o quantitativo de 617 trabalhadores.
Através
dos números apresentados, constata-se que a economia campista, no recorte de
tempo estudado (Janeiro e Fevereiro), continua com um baixo nível de dinamização
e alta dependência, do segmento comercial, cuja a característica natural, é de agregar
pouco valor a economia. Infelizmente!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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