Sempre
a Educação
No
dia primeiro de abril de 2015, o governador do Rio de Janeiro, conhecido
popularmente, pelo apelido de Pezão e o presidente da Assembleia Legislativa do
Estado (ALERJ), o senhor Jorge Picciani, reuniram-se com os prefeitos do
Noroeste Fluminense, para discutirem em conjunto, como reza a boa lenda, a
crise fiscal que assola tanto a administração pública estadual, como as
diversas administrações municipais.
Na
ocasião, o ilustre governador, afirmou que ultimamente vem fazendo o dever de
casa, numa alusão aos cortes dos gastos públicos, realizados até agora por ele
e a sua competente, equipe técnica.
Infelizmente,
a maldita tesoura dos cortes dos gastos públicos, atingiu significativamente, o
já combalido e desmantelado, setor da educação do estado, com o corte de R$ 547
milhões, o suficiente, para agravar a crise, das universidades estaduais, como
a UENF, a UERJ e a Universidade da Baixada.
Atualmente,
a situação das universidades do estado, é tão grave, que elas não possuem recursos
necessários, nem para pagar, a conta de telefone, que dirá para o fomento das
pesquisas dos seus professores. Para piorar ainda este quadro de descaso com o
ensino público, os alunos bolsistas dessas instituições de ensino, só recebem
os benefícios das bolsas de iniciação científica, com atrasos. Alguns inclusive
nem receberam este ano. Fato lamentável, quando trata-se de um estado rico,
como o nosso.
Salienta,
todavia, que a crise fiscal do estado do Rio, não iniciou agora, ela constitui
produto de anos de sucessivas administrações de gestores públicos, que jamais
tiveram compromissos com o dinheiro do contribuinte, inclusive o governador
atual, tenta de todas as maneiras, como se assisti habitualmente, justificar a
sua falta de aptidão administrativa, buscando a todo custo, um bode expiatório.
Na
verdade, governador, se vossa excelência, tivesse o mínimo de respeito com a
coisa pública do nosso estado, não sairia por aí, loteando os cargos das Fundações
Públicas do Estado, com os deputados na Assembleia (ALERJ), com o objetivo
único e irresponsável de empregar os seus respectivos e inoperantes cabos
eleitorais, sanguessugas ineptas, do dinheiro público. Enquanto possuem
universidades do estado, sem condição financeira nenhuma de honrar, o seu
custeio fixo e dinamizar as suas funções operacionais, a sociedade se depara
com Fundações Públicas, que se transformaram numa sinecura e o governador, parece
que desconhece o fato.
Acho que a vossa excelência, juntamente, com o
símbolo da moralidade do Estado do Rio de Janeiro, o deputado estadual Jorge
Picciani, escolheram uma data pitoresca e cheio de significado, para dialogar
com os prefeitos do Noroeste Fluminense, o dia primeiro de abril. Sinal de que
tudo conversado ali, não sairá do papel.
A
aludida reunião, caracteriza-se a falta de compromisso e o descaso, que as
autoridades, possuem com a região e por sua vez, o estado do Rio. Pois se o
estado do Rio, está “quebrado”, afirmo sem medo de errar, o responsável, reside
no Palácio Guanabara. Agora o que não dá e é inconcebível, cobrar a fatura,
sempre da educação. Chega!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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