sábado, 2 de maio de 2015

AUSTERIDADE MONETÁRIA - TAXA SELIC SUBINDO !



Austeridade Monetária

Dentro da perspectiva de combate a insistente e crescente inflação, neste conturbado ano de 2015, cujo o patamar dos últimos doze meses chega a 8,13%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), extrapolando o limite superior da meta inflacionária, quando na verdade   o seu núcleo pré-estabelecido, restringe-se a 4,5% ao ano, com a possibilidade de gravitar em mais dois ou menos dois por cento.

O Banco Central do Brasil, percebendo a resistência de queda dos preços relativos, resolve elevar ainda mais, na última reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), a taxa de juros Selic para 13,25%, ressalta-se, todavia, que é a mais alta taxa de juros desde o ano de 2008, quando na ocasião o mundo vivia e sofria as consequência amargas, em razão da crise das hipotecas de alto risco dos Estados Unidos.

A implementação deste arrocho monetário, por parte do Banco Central, visa, sim, enfrentar de forma categórica, os aumentos dos preços considerados livres e resistentes, ao atual remédio dos juros altos, ministrado pela equipe econômica, do Joaquim Levy. Esses preços, são àqueles em que a população se depara no momento em que se deslocam de suas respectivas residências, com o destino aos mercados, com o fito de adquirirem os seus bens e serviços, para atenderem as suas necessidades de consumo.

Só que existe um pequeno detalhe, o remédio ácido e insuportável da elevação das taxas de juros, não atacam os efeitos dos preços administrados, como por exemplo, a majoração das tarifas de serviços públicos, principalmente a da energia elétrica, insumo fundamental, no cotidiano das empresas e das pessoas.

O que gera preocupação dentro deste cenário de aprofundamento da política monetária, aliada ao desemprego do mês de março, que ficou em  6,2%, juntamente com custo social que está por vir, será o arrefecimento do nível de atividade econômica, cuja previsão por parte do mercado, reside em  acentuar a forte possibilidade  da  recessão, com o impacto negativo, sobre o produto da economia,  da ordem de 2% ao ano, o que não é do desejo de nenhum brasileiro, sobretudo, o da classe média, que emergiu nos últimos anos, devido a indiscutível distribuição de renda ocorrida. Caso o quadro econômico piore, a aludida classe média, será a que mais sentirá os efeitos perversos desta conjuntura econômica adversa. Infelizmente!    

José Alves de Azevedo Neto
Economia

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