Austeridade
Monetária
Dentro
da perspectiva de combate a insistente e crescente inflação, neste conturbado
ano de 2015, cujo o patamar dos últimos doze meses chega a 8,13%, segundo o
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), extrapolando o limite superior da
meta inflacionária, quando na verdade o
seu núcleo pré-estabelecido, restringe-se a 4,5% ao ano, com a possibilidade de
gravitar em mais dois ou menos dois por cento.
O
Banco Central do Brasil, percebendo a resistência de queda dos preços relativos,
resolve elevar ainda mais, na última reunião do Comitê de Política Monetária
(COPOM), a taxa de juros Selic para 13,25%, ressalta-se, todavia, que é a mais
alta taxa de juros desde o ano de 2008, quando na ocasião o mundo vivia e
sofria as consequência amargas, em razão da crise das hipotecas de alto risco
dos Estados Unidos.
A
implementação deste arrocho monetário, por parte do Banco Central, visa, sim,
enfrentar de forma categórica, os aumentos dos preços considerados livres e resistentes,
ao atual remédio dos juros altos, ministrado pela equipe econômica, do Joaquim
Levy. Esses preços, são àqueles em que a população se depara no momento em que
se deslocam de suas respectivas residências, com o destino aos mercados, com o fito
de adquirirem os seus bens e serviços, para atenderem as suas necessidades de
consumo.
Só
que existe um pequeno detalhe, o remédio ácido e insuportável da elevação das
taxas de juros, não atacam os efeitos dos preços administrados, como por
exemplo, a majoração das tarifas de serviços públicos, principalmente a da energia
elétrica, insumo fundamental, no cotidiano das empresas e das pessoas.
O
que gera preocupação dentro deste cenário de aprofundamento da política
monetária, aliada ao desemprego do mês de março, que ficou em 6,2%, juntamente com custo social que está
por vir, será o arrefecimento do nível de atividade econômica, cuja previsão
por parte do mercado, reside em acentuar
a forte possibilidade da recessão, com o impacto negativo, sobre o produto
da economia, da ordem de 2% ao ano, o
que não é do desejo de nenhum brasileiro, sobretudo, o da classe média, que
emergiu nos últimos anos, devido a indiscutível distribuição de renda ocorrida.
Caso o quadro econômico piore, a aludida classe média, será a que mais sentirá
os efeitos perversos desta conjuntura econômica adversa. Infelizmente!
José
Alves de Azevedo Neto
Economia
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