domingo, 17 de maio de 2015

Cadê a operação Zelote?

Cadê a operação Zelote?

Dentro do cenário de tantos e invariáveis escândalos de corrupção, em decorrência da malversação dos recursos públicos pelo país afora. Com a mídia de forma implacável, cumprindo o seu papel, o de divulgar os fatos que deixam arrepiados e indignados qualquer brasileiro, que esforçam-se em cumprir no seu dia a dia, as suas obrigações civis.

Um escândalo, que não eu não quero acreditar que foi esquecido ou tamponado, propositadamente, pelos meios de comunicações de plantão e ávidos por furo de reportagem, como se verifica atualmente, não dão ao grave escândalo contra o erário público, o mesmo espaço como em outros casos   de desvios de recursos públicos, a operação Zelote.

Esta operação, para quem já a esqueceu, ocorreu na Receita Federal em Brasília, especificamente no Conselho em que são julgados os processos fiscais dos contribuintes autuados por infração fiscal, por não concordarem da conduta do fisco, exercem o seu direito de recurso.

  No entanto, a aludida investida realizada pela polícia federal, teve como consequência, a revelação do inusitado e vergonhoso envolvimento de grandes empresários e bancos de bandeira nacional e internacional. No rol das sessenta empresas investigadas, constatou-se indícios de irregularidades em quinze a vinte empresas, e tudo indica infelizmente, que a grande mídia do país esqueceu do caso.
Só para ter-se uma ideia, da dimensão do rombo provocado aos cofres públicos, ele chega ao quantitativo de dezenove bilhões, e o pior de tudo, apenas cinco bilhões, poderão ser recuperados em razão das dificuldades, no que tange as medidas burocráticas de busca e apreensões, ora indeferidas pela justiça pátria, segundo as declarações do Procurador da República, Frederico de Carvalho Paiva, responsável pelo levantamento dos dados sobre as investigações.

Isto posto, enquanto assiste-se de forma espantosa a dificuldade e os obstáculos por parte do fisco federal, em enfrentar a máfia que atuava no órgão máximo da Receita Federal do Brasil,   no intuito de recuperar os impostos sonegados pelos grandes grupos econômicos e financeiros do nosso país, o sentimento negativo que fica e  passa para a sociedade, em face deste grave e acintoso caso, é que neste país, a despeito  da Constituição Brasileira afirmar com todas as suas letras, que todos são iguais perante a lei, o que se percebe no cotidiano é  exatamente o contrário.   

Existe ainda, uma camada da sociedade que goza de imensos privilégios, por parte do estado brasileiro, guindando-os ao patamar de agentes econômicos, mais iguais dos que os demais brasileiros. Fato inconcebível dentro do século XXI, tendo em vista que a nossa sociedade a cada dia, demonstra o seu amadurecimento, em função da sua postura mais cidadã e intolerante aos desvios de condutas éticas e morais. Em virtude da exposição acima, faço coro junto daqueles, que querem e reivindicam um país melhor e humano para se viver. Com a palavra as honradas instituições do Brasil.   

José Alves de Azevedo Neto
Economista




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