domingo, 23 de agosto de 2015


Ajuste Fiscal Aprovado

Economistas da consultoria Tendências desenvolveram estudo projetando o cenário macroeconômico brasileiro, dentro de uma conjuntura futura, se as medidas de austeridade fiscais de controle dos gastos públicos, empacadas no Congresso Nacional, fossem aprovadas.

Dentro de uma possível perspectiva de cenário otimista, estimou-se uma taxa de câmbio vigente até ao final do ano de 2015, de R$ 3,10 por dólar e no ano de 2016 à taxa de câmbio poderia atingir o valor R$ 3,30.

 Ao dar continuidade à análise, fizeram também uma reflexão a respeito do PIB, projetaram a sua variação para o ano de 2015 em menos de 1,5%, ou seja, encerra-se o ano em recessão.  Em 2016 sinalizaram em direção ao crescimento econômico de apenas 0,8%.

No tocante ao processo inflacionário de 2015, o estudo da consultoria estima-se o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), em 8,9%. Bem acima do limite superior da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central do Brasil, que é de 4,5% ao ano, podendo chegar a mais dois por cento ou a menos dois por cento. Já no ano de 2016, este índice estaria próximo da meta inflacionária, ficaria com o percentual de 5,4% ao ano.   

Ao analisarem a taxa Selic média ao ano, o estudo afirma que ela poderia chegar a dezembro de 2015, ao patamar de 13,5% e no ano de 2016 em 13,8%.

Diante dos fundamentos econômicos analisados acima, percebe-se que o Brasil, reuniria condições de eliminar a possibilidade já não tão remota, de perder a sua nota de crédito, atualmente ameaçada, em virtude do governo federal se deparar com barreiras políticas intransponíveis dentro do legislativo da capital da República, quando o desejo é o de aprovar as urgentes medidas de ajustes das contas públicas.

Por derradeiro, relevante salientar para quem acha ou torce pela exoneração do ministro Joaquim Levy, ele manda um recado diante de uma plateia repleta e seleta, numa palestra a empresários em São Paulo.  Disse na oportunidade que está “bem à vontade na sua cadeira”, ainda foi além” agora que a festa acabou, ninguém vai escapar da arrumação”. É isso aí ministro. Vamos aguardar!

José Alves de Azevedo Neto
Economista


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