Empregabilidade
Semestral em Campos 2014/2015
Ao
analisar os dados da empregabilidade semestral da economia de Campos, no período
circunscrito a janeiro a junho de 2014, comparado ao mesmo período de 2015. Identifica-se
uma retração na dinâmica econômica municipal no que diz respeito à geração de
empregos, tendo na condição de indicador o saldo líquido apurado pelo Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Assim
no acumulado de janeiro a junho de 2014, o saldo líquido do emprego ficou em
4.748 empregos gerados com a carteira assinada. Tendo o setor da agropecuária
como a atividade econômica que mais gerou empregos nos seis meses, com o saldo
líquido positivo de 2.033 empregos formais. Logo atrás relevante destacar o
seguimento da construção civil, com o quantitativo de 1.416 empregos.
Já
no primeiro semestre de 2015, período caótico devido a fatores de ordem interna
como o desequilíbrio das contas públicas da prefeitura municipal de Campos, em
virtude da elevação significativa dos gastos públicos em 2014. Conjugado
posteriormente, a queda da sua principal receita, os royalties e as
participações especiais, causado pela redução expressiva do preço do petróleo,
commodities que possui o seu valor cotado no mercado internacional.
Esta
adversidade, impactou a conjuntura econômica municipal através da desaceleração
da geração de empregos, fato que comprometeu,
inclusive, os dois segmentos citados acima, como prova cabalmente os dados do
saldo líquido retirado do CAGED, em junho de 2015, com o saldo líquido dos seis
meses do ano, resultando negativamente em 1.424 desempregados, ou seja, ocorre
uma destruição de empregos.
Ainda
em 2015, infelizmente, não se pode destacar igualmente como no ano de 2014, as
duas atividades econômicas que mais geraram empregos, a agropecuária e a
construção civil. Em 2015, o setor de serviços, foi o que liderou a geração de
empregos com o saldo líquido total positivo de 761 empregos formais. Enquanto a
agropecuária gerou 319 empregos e a construção civil destruiu empregos,
totalizando o saldo líquido negativo de 638 empregos.
Por
conta dos aludidos fenômenos econômicos e sociais, a economia municipal está
diante de um perigoso e desalentador caminho, como bem retrata o CAGED, nesses
primeiros seis meses de 2015.
José
Alves de Azevedo Neto
Economista
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