Construção
Civil em Campos
O
setor da construção civil no Brasil sofre profundamente os reflexos provocados
pela política econômica recessiva do governo federal, cuja redução do crédito
imobiliário, em razão das novas regras estabelecidas para o setor, aliado a
inflação em 12 meses medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), de
9,56% segundo o IBGE, contribui sobremaneira, para elevar a taxa de desemprego
no país.
Como
não poderia deixar de registrar dentro deste contexto de adversidade econômica,
o mercado imobiliário de Campos, também entra neste compasso de arrefecimento
de suas ações, como ilustram oportunamente, os números da evolução do emprego
acumulado no ano (jan./junh.2015), comparado ao mesmo período de 2014, tendo como
fonte, os dados do Ministério do Trabalho e Emprego/CAGED, como se verá abaixo.
O
total de admissões de janeiro a junho de 2015 em Campos foi de 2.652
trabalhadores e as demissões foram de 3.290, resultando no saldo líquido
negativo de 638 desempregados. Ocorre assim uma destruição de empregos.
Em
janeiro a junho de 2014, o total de admitidos atinge o patamar de 4.734
trabalhadores com a carteira assinada e os demitidos chegam a 3.318 desempregados,
o que perfaz um saldo líquido positivo de 1.416 empregos. Ou seja, o setor da
construção civil criou empregos neste ano.
Diante
da comparação acima, pode-se afirmar que o primeiro semestre do ano de 2015, o
setor da construção civil de Campos, no quesito empregabilidade sofre retração
de 54,94% em relação ao mesmo recorte de tempo de 2014, ficando com o seu saldo
líquido negativo. Infelizmente perdemos empregos enfraquecendo, com isso, a
economia local.
José
Alves de Azevedo Neto
Economista
e Professor da UNESA
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