terça-feira, 25 de setembro de 2012

Preços Irrealistas


Preços Irrealistas

Estudo divulgado por dois pesquisadores do IPEA (Instituto de Pesquisa Aplicada) faz um alerta aos agentes econômicos, sobre a possibilidade da formação de uma bolha no mercado imobiliário brasileiro, em virtude de uma possível alta das taxas de juros futuras.

Na opinião desses estudiosos, à disparada de preços dos ativos reais da economia, como por exemplo, os terrenos, as casas e apartamentos, são considerados irrealistas e insustentáveis a longo prazo, tendo em vista que tais majorações dos preços são incompatíveis com o movimento de oferta e procura dos aludidos ativos.

A pesquisa foi desenvolvida e assinada pelos economistas Mário Jorge Mendonça e Adolfo Sachsida, onde constataram que os preços dos imóveis na cidade do Rio de Janeiro tiveram uma alta de 165% e de 132% em São Paulo, entre o período de janeiro de 2008 e fevereiro de 2012, contra uma inflação calculada no mesmo período de 25%. Acrescentam, também, que em outras capitais como Recife, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza, o comportamento dos preços não foram diferentes, guardando apenas as devidas proporções relativas à ambiência econômica.

Para um melhor esclarecimento, a respeito do assunto, relevante esclarecer que via de regra, as bolhas de preços são infladas pelo crescimento acelerado da oferta de crédito, no caso do setor habitacional brasileiro, tais estímulos residem em programas, incentivos e obras do governo federal. “A insistência do governo em aquecer ainda mais um mercado imobiliário já aquecido só tende a piorar o resultado final”, diz o texto. Entre os exemplos citados encontram-se os juros subsidiados para o mercado imobiliário, o programa Minha Casa, Minha Vida e os empreendimentos vinculados à Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Ainda segundo o estudo, a escalada dos preços dos imóveis será interrompida com as altas das taxas de juros, o que é esperado com o retorno do crescimento econômico.

Todavia, às consequências de uma eventual crise no mercado imobiliário brasileiro, não serão tão cruéis como foram a do mercado imobiliário americano, porém, os seus efeitos não poderão ser desprezíveis. 

 Dentro deste contexto, de possibilidade de turbulência no mercado imobiliário, urge necessário por parte dos consumidores, que pensam em contrair empréstimos na aquisição de imóveis, um pouco mais de prudência na hora de se pensar num contrato de financiamento de longo prazo. Caso contrário, poderão amargar consequências desagradáveis num cenário futuro de crise. Não é o que queremos.

     

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