sexta-feira, 5 de abril de 2013

Dilema da Inflação


Dilema da Inflação

O governo federal na atual conjuntura incorre no clássico dilema, elevar ou não às taxas de juros, que foram reduzidas pelo aludido governo, com grande comemoração, inclusive com a aparição em rede nacional da ilustre presidente da República à época, capitalizando politicamente o fato.

O presidente do Banco Central gestor natural da política monetária do país afirma categoricamente, que elas podem subir, já o ministro da fazenda, cuja atribuição reside em alavancar o crescimento econômico do país fala o contrário, o que não é novidade para ninguém.

Só que diante das discordâncias das autoridades governamentais, os fatos que ocorrem no mundo real, não esperam, e o que é pior, parecem atropelar o discurso governamental, pois enquanto eles discutem se eleva ou não as taxa de juros, à inflação volta a incomodar a sociedade e corroer a renda do trabalhador, ao ele se dirigi ao mercado para adquirir bens e serviços.

Embora não queira dar o braço a torcer, o governo federal começa a atacar o tigre inflacionário, através do remédio denominado de política fiscal, com o fito de não enfraquecer o discurso político da presidente Dilma, que se encontra em plena campanha eleitoral, e utiliza a redução das taxas de juros, como uma das suas bandeiras, para conquistar os eleitores.

Tal política fiscal consiste no conjunto de medidas de redução de impostos, como desonerações das folhas de pagamentos das empresas, reduções de impostos que incidem sobre a cadeia produtiva de material hospitalar, para tentar bloquear o aumento excessivo dos preços dos planos de saúde, que já anunciam elevação dos seus serviços, acima da inflação, igual ao ano passado, quando a Agência Nacional de Saúde, concedeu a eles aumento de 7,93%, enquanto a inflação foi de 6, 50%, além de mais uma prorrogação do IPI dos automóveis para alegria daqueles que adoram andar de carro, e tristeza para as cidades, cujo trânsito hoje, já é um dos maiores gargalos que afetam a sociedade e preocupam as autoridades.

A despeito de todas estas medidas macroeconômicas de combate à inflação, o governo já sinaliza em aumentar as taxas de juros, até o ministro Mantega, que era contra, hoje admite de público a possibilidade da elevação. Vamos aguardar!       

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista

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