Terrorismo
Econômico
Dentro
de uma conjuntura econômica que inegavelmente necessita de relativo cuidado, os
indicadores da economia brasileira responsável por balizar o setor produtivo no
momento das suas decisões de investimentos, não apresentam bons resultados,
como a guisa de exemplo o PIB, que mensura o crescimento econômico do país, a política
fiscal expansionista (gasto público elevado) e a inflação, que nos últimos
meses resiste ao remédio amargo da política monetária, elevação das taxas de juros.
Porém, não existe nada para se preocupar.
De
acordo com o aludido contexto, a agência avaliadora de risco Standard &
Poor’s (S &P), coloca a nota dos títulos da dívida brasileira, com
perspectiva negativa, fato que não ocorre desde o ano de 2002, quando a
expectativa da vitória do Lula nas eleições provocou forte turbulência no
mercado financeiro e o dólar quase chegou a R$ 4. Além do mais, para agravar e
verificar a petulância dessa agência, ela mandou noticiar na revista britânica
denominada “Economist”, uma brincadeirinha sem graça, com o ministro Mantega,
sugerindo sua queda, numa acintosa deselegância, com a nossa autoridade, fato
que constitui ao nosso sentir, como uma falta de respeito e desejo de
interferir na economia brasileira.
Importante
salientar, que não é por acaso que a idônea agência avaliadora de risco, emitiu
tal opinião, ela, todavia, obedece aos ditames dos seus patrões, que são
conhecidos abstratamente como mercado financeiro, que no caso em tela, são os
mega especuladores de um dos maiores centros financeiros do mundo, o de
Londres, que através da mídia servil do capital financeiro (revista britânica),
resolve fazer chacota e desestabilizar a nossa economia através de um
terrorismo já conhecidos por todos, com os objetivos escusos de obrigar o Banco
Central do Brasil, a majorar ainda mais a taxa de juros Selic, para engordar os
lucros da banca nacional e internacional.
Tal
situação faz a gente se lembrar do polêmico e inteligente Leonel de Moura Brizola,
que em uma de suas entrevistas respondeu a um repórter da mídia nacional, sobre
a possibilidade dele privatizar os bancos públicos do Brasil. Então o velho
Brizola respondeu, que antes de empreender um programa de privatização dos
Bancos, ele desprivatizaria o Banco Central, dos bancos privados, que como
todos nós sabemos possuem forte influência nas decisões de política monetária
do país, infelizmente.
O presidente do Banco Central atual deve tomar
muito cuidado em relação a esse aspecto, caso contrário às taxa de juros não
subam, os banqueiros brasileiros e os internacionais coesos como sempre,
poderão pedir a sua cabeça, como agora pedem a do Guido Mantega, através da
revista “Economist”.
Por
derradeiro, quero dizer que a despeito de ser do domínio público, as famosas e
bem pagas pelo mercado financeiro, agências de avaliação de risco, são as
mesmas que se esqueceram de prever a grande crise financeira de 2008, da
economia americana, que até hoje aflige o mundo como um todo. O que houve com
as agências no ano de 2008? Elas não estavam acompanhando os indicadores econômicos
da época? Mistério que rodam o mundo da globalização!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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