sexta-feira, 7 de junho de 2013

Terrorismo Econômico

Terrorismo Econômico
Dentro de uma conjuntura econômica que inegavelmente necessita de relativo cuidado, os indicadores da economia brasileira responsável por balizar o setor produtivo no momento das suas decisões de investimentos, não apresentam bons resultados, como a guisa de exemplo o PIB, que mensura o crescimento econômico do país, a política fiscal expansionista (gasto público elevado) e a inflação, que nos últimos meses resiste ao remédio amargo da política monetária, elevação das taxas de juros. Porém, não existe nada para se preocupar.
De acordo com o aludido contexto, a agência avaliadora de risco Standard & Poor’s (S &P), coloca a nota dos títulos da dívida brasileira, com perspectiva negativa, fato que não ocorre desde o ano de 2002, quando a expectativa da vitória do Lula nas eleições provocou forte turbulência no mercado financeiro e o dólar quase chegou a R$ 4. Além do mais, para agravar e verificar a petulância dessa agência, ela mandou noticiar na revista britânica denominada “Economist”, uma brincadeirinha sem graça, com o ministro Mantega, sugerindo sua queda, numa acintosa deselegância, com a nossa autoridade, fato que constitui ao nosso sentir, como uma falta de respeito e desejo de interferir na economia brasileira.
Importante salientar, que não é por acaso que a idônea agência avaliadora de risco, emitiu tal opinião, ela, todavia, obedece aos ditames dos seus patrões, que são conhecidos abstratamente como mercado financeiro, que no caso em tela, são os mega especuladores de um dos maiores centros financeiros do mundo, o de Londres, que através da mídia servil do capital financeiro (revista britânica), resolve fazer chacota e desestabilizar a nossa economia através de um terrorismo já conhecidos por todos, com os objetivos escusos de obrigar o Banco Central do Brasil, a majorar ainda mais a taxa de juros Selic, para engordar os lucros da banca nacional e internacional.
Tal situação faz a gente se lembrar do polêmico e inteligente Leonel de Moura Brizola, que em uma de suas entrevistas respondeu a um repórter da mídia nacional, sobre a possibilidade dele privatizar os bancos públicos do Brasil. Então o velho Brizola respondeu, que antes de empreender um programa de privatização dos Bancos, ele desprivatizaria o Banco Central, dos bancos privados, que como todos nós sabemos possuem forte influência nas decisões de política monetária do país, infelizmente.
 O presidente do Banco Central atual deve tomar muito cuidado em relação a esse aspecto, caso contrário às taxa de juros não subam, os banqueiros brasileiros e os internacionais coesos como sempre, poderão pedir a sua cabeça, como agora pedem a do Guido Mantega, através da revista “Economist”. 
Por derradeiro, quero dizer que a despeito de ser do domínio público, as famosas e bem pagas pelo mercado financeiro, agências de avaliação de risco, são as mesmas que se esqueceram de prever a grande crise financeira de 2008, da economia americana, que até hoje aflige o mundo como um todo. O que houve com as agências no ano de 2008? Elas não estavam acompanhando os indicadores econômicos da época? Mistério que rodam o mundo da globalização!     
José Alves de Azevedo Neto
Economista

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