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Com
o objetivo premente de evitar a repetição do placar enlouquecedor, vergonhoso e
inesquecível, na história do futebol brasileiro,quando a seleção canarinho
perdeu de goleada para a Alemanha, na última Copa do Mundo, e tal placar não se
estenda à economia nacional, com 7% de inflação e de 1% do crescimento do PIB
(Produto Interno Bruto), o Ministro da Fazenda, anuncia mais crédito
financeiro, para o sistema econômico aquecer a demanda por bens e serviços,
embora as famílias brasileiras se encontrem num patamar de alto endividamento.
Desta
feita o indigitado ministro, abrirá a torneira do crédito, utilizando como
fonte de recursos a flexibilização dos depósitos compulsórios dos bancos,
depositados no Banco Central do Brasil. A injeção de recursos na economia,
poderá ser em torno de R$ 25 bilhões de reais, a princípio, o setor que mais
uma vez será agraciado, será o automotivo, a despeito do trânsito das cidades
de modo em geral, estarem insuportáveis e sem meios de escoamentos dos carros.
Dentro
do contexto de crescimento econômico, cuja prioridade baseia-se na variável
consumo, será de bom tom o consumidor conhecer efetivamente, os valores das
taxas de juros que são praticadas atualmente pelo mercado financeiro, para que
depois não se arrependam e como consequência elevem ainda mais, o exército de
endividados da economia, já que se vive numa conjuntura no Brasil, de verdadeiro
e cruel cassino financeiro, patrocinado infelizmente, por um governo que se diz
de índole popular, e engorda a cada dia os banqueiros, que impiedosamente, sobrevivem
da desgraça daqueles que mais precisam de recursos financeiros.
Só
para se ter uma ideia da ciranda financeira, que ocorre atualmente, basta
verificar através dos exemplos, que daremos agora sobre as escorchantes e
astronômicas taxas de juros praticadas pelos bancos, com reflexos positivos
claros, sobre os seus crescentes lucros semestrais.
No
caso de financiamento de veículos, os juros médios pagos subiram de 19,7% ao
ano, em março de 2013, para 23% agora. Na aquisição de geladeiras, fogões e
fornos de micro-ondas saltaram de 68% ao ano e são praticados no momento taxas de
77%. Os créditos para as pessoas físicas ou os populares consignados, saíram de
24,6% ao ano para 25,6%, enquanto as acintosas taxas de cheque especial saltou
dos 137% para 171% ao ano. Lamentável!
Em
cima da perspectiva de prosperidade fabulosa da banca nacional e do governo
federal, induzindo a população incauta ao endividamento, com base numa política
econômica demagógica e populista, resta-me a afirmar, que “vejo o futuro
repetir o passado através de um museu de grandes novidades”, como tão bem
interpretou o poeta contemporâneo Cazuza, a conjuntura política e econômica deste
injusto país, indiferente às demandas populares, cujos governos propalam que
distribui renda aos trabalhadores e não possuem a coragem de distribuir às
riquezas dos bilionários pátrios. Triste realidade! Caso continue esta
balbúrdia econômica, certamente atingiremos o humilhante placar de sete a um, também na economia.
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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