sexta-feira, 22 de agosto de 2014

7 x 1

 
7 x 1
Com o objetivo premente de evitar a repetição do placar enlouquecedor, vergonhoso e inesquecível, na história do futebol brasileiro,quando a seleção canarinho perdeu de goleada para a Alemanha, na última Copa do Mundo, e tal placar não se estenda à economia nacional, com 7% de inflação e de 1% do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), o Ministro da Fazenda, anuncia mais crédito financeiro, para o sistema econômico aquecer a demanda por bens e serviços, embora as famílias brasileiras se encontrem num patamar de alto endividamento.
 
Desta feita o indigitado ministro, abrirá a torneira do crédito, utilizando como fonte de recursos a flexibilização dos depósitos compulsórios dos bancos, depositados no Banco Central do Brasil. A injeção de recursos na economia, poderá ser em torno de R$ 25 bilhões de reais, a princípio, o setor que mais uma vez será agraciado, será o automotivo, a despeito do trânsito das cidades de modo em geral, estarem insuportáveis e sem meios de escoamentos dos carros.
 
Dentro do contexto de crescimento econômico, cuja prioridade baseia-se na variável consumo, será de bom tom o consumidor conhecer efetivamente, os valores das taxas de juros que são praticadas atualmente pelo mercado financeiro, para que depois não se arrependam e como consequência elevem ainda mais, o exército de endividados da economia, já que se vive numa conjuntura no Brasil, de verdadeiro e cruel cassino financeiro, patrocinado infelizmente, por um governo que se diz de índole popular, e engorda a cada dia os banqueiros, que impiedosamente, sobrevivem da desgraça daqueles que mais precisam de recursos financeiros.
 
Só para se ter uma ideia da ciranda financeira, que ocorre atualmente, basta verificar através dos exemplos, que daremos agora sobre as escorchantes e astronômicas taxas de juros praticadas pelos bancos, com reflexos positivos claros, sobre os seus crescentes lucros semestrais.
 
No caso de financiamento de veículos, os juros médios pagos subiram de 19,7% ao ano, em março de 2013, para 23% agora. Na aquisição de geladeiras, fogões e fornos de micro-ondas saltaram de 68% ao ano e são praticados no momento taxas de 77%. Os créditos para as pessoas físicas ou os populares consignados, saíram de 24,6% ao ano para 25,6%, enquanto as acintosas taxas de cheque especial saltou dos 137% para 171% ao ano. Lamentável!
 
Em cima da perspectiva de prosperidade fabulosa da banca nacional e do governo federal, induzindo a população incauta ao endividamento, com base numa política econômica demagógica e populista, resta-me a afirmar, que “vejo o futuro repetir o passado através de um museu de grandes novidades”, como tão bem interpretou o poeta contemporâneo Cazuza, a conjuntura política e econômica deste injusto país, indiferente às demandas populares, cujos governos propalam que distribui renda aos trabalhadores e não possuem a coragem de distribuir às riquezas dos bilionários pátrios. Triste realidade! Caso continue esta balbúrdia econômica, certamente atingiremos o humilhante  placar de sete a um, também na economia.
 
José Alves de Azevedo Neto
Economista
 

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