Viva
a Finlândia
A
temática da mobilidade urbana não é apenas problema das cidades brasileiras,
envolvem também cidades finlandesas, como por exemplo, a capital da Finlândia,
Helsinque, com uma pequena diferença, lá as ações de políticas públicas, ocorrem
e funcionam efetivamente, ao contrário do nosso país, que deixa muito a
desejar, quando tal problemática entra na agenda de discussões, sobre a política
de transporte público.
Na
aludida capital, anunciou-se ambicioso plano viário de transporte público integrado,
com o objetivo de se eliminar das ruas da cidade, a necessidade de utilização
dos carros particulares até o ano de 2025, através de uma simples tecnologia
usada por todos nós aqui no Brasil, os smartfhones, que permitirá à população
finlandesa e aos seus turistas, baixar um aplicativo oficial, que incluirá todas
as formas de transportes, como balsas, ônibus, trens, carros e bicicletas, com
o objetivo de se planejar o percurso desejado, com antecedência.
Ressalta-se
que tal modelo, refere-se a uma espécie de integração de modais, medida fácil e
passível de se colocar em pratica em qualquer cidade brasileira, logicamente,
com as devidas adequações necessárias as realidades pátrias. O mais
interessante disto tudo reside na consciência dos finlandeses de entenderem que
a cidade, não é dos carros e sim das pessoas. Parabéns!
Segundo
os dados coletados do Departamento Nacional de Trânsito, (Denatran), circulam
pelas ruas e estradas do país cerca de 45 milhões de veículos, entre eles
automóveis, caminhões ônibus e motocicletas. Só na região Sudeste concentra 24
milhões de veículos, e desses, 6 milhões transitam nos 17.000 mil quilômetros
de vias da cidade de São Paulo. Além da capital paulista, Rio de Janeiro,
Brasília, e Recife são algumas das cidades, cuja população não tolera mais,
tanto engarrafamento.
Importante
destacar, que o custo financeiro de um engarrafamento é imenso, prejudicam a
saúde da população e atrapalham o crescimento do país e a produtividade do
trabalho.
Chegou o momento de cobrarmos dos candidatos à
presidência da República, dos candidatos a governadores, a deputados estaduais,
federais e aos senadores, uma reforma urbana séria, para que o transporte
público em nossas cidades seja uma verdade e não os remendos, como estamos
cansados de presenciar em diversas cidades, com a população sofrendo com a
indiferença das autoridades públicas, que infelizmente, não sabem o que é andar
de ônibus ou de taxi, tendo em vista que eles na sua maioria andam de
helicópteros.
A
guisa de esclarecimento, só a cidade de São Paulo, possui 420 helicópteros
registrados, para transportar os milionários e políticos que lá trabalham e
residem, a segunda maior frota do mundo, perdendo apenas para Nova York. Que
beleza!
Enquanto
isso, o circo pega fogo no trânsito do Brasil, e o governo federal, anuncia a
manutenção, até dezembro de 2014, das tarifas reduzidas do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI), para os automóveis.
Diante deste triste cenário de retrocesso,
também na mobilidade urbana deste nosso país varonil, resta-nos a lamentar e
afirmar que temos que comer ainda muito feijão, para se chegar um dia talvez aos
pés de uma Finlândia ou não.
José Alves de Azevedo Neto
Economistas
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