sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Sinal Vermelho




Sinal Vermelho

A conjuntura econômica atual indica que a luz vermelha do sinal da economia, acendeu para todos aqueles agentes econômicos, que querem buscar algum tipo de investimento produtivo, pelo menos até outubro de 2014, quando efetivamente se conhecerá de fato quem será o novo presidente ou presidenta eleito, através do legítimo voto direto da população brasileira, para os próximos quatro anos de gestão político administrativa, deste imenso país, denominado de Brasil.

A classe empresarial encontra-se numa compasso de espera e atendo-se ao princípio da prudência, tendo em vista, as incertezas que ora pairam no cenário da nossa economia, sobretudo, no que se refere à indústria automobilística, que a partir de agora inicia-se o processo de férias coletivas, dos seus trabalhadores, por conta da retração das compras de veículos, cuja redução no primeiro semestre deste ano, atingiu o percentual de 7,6%, isto sem considerar a queda das exportações que foram de 35%, soma-se a este percentual, a possível recessão conjugada a uma alta da inflação galopante no país vizinho na América do Sul, à Argentina, destino turístico de muitos brasileiros, em decorrência das suas belas cidades e dos seus bons vinhos e carnes deliciosas, cuja importação do Brasil, chega a 12% dos automóveis, aqui fabricados. As montadoras que darão férias aos seus funcionários são a FIAT e a FORD, a despeito do governo federal ter prorrogado mais uma vez, o IPI reduzido do setor fomentador de grande cadeia produtiva.

O inquietante por parte deste imbróglio todo reside em assistir o Ministro da Fazenda o professor Guido Mantega, cuja credibilidade junto aos empresários esvaiu-se, há algum tempo, declarar em rede nacional de televisão, que a situação na Argentina pode ser contornada e não inspira maiores preocupações.  Acho particularmente, que no curto e médio prazo ela deve ser encarada com bastante cautela. Uma vez que     neste momento à Argentina realmente, não consegue adimplir a sua dívida externa com a banca internacional, com os famigerados e conhecidos “abutres financeiros”, que a todo o custo e de forma impiedosa, colocam contra a parede a economia portenha. Talvez estejamos vivendo uma nova colonização e opressão por parte, dos países ricos aliançados com o capital rentista e não com o produtivo gerador de emprego e renda.

Os aludidos abutres são os especuladores na sua maioria das vezes os americanos, que compram no mercado financeiro, título da dívida com deságio, de países que devem ao sistema financeiros internacional, para numa tacada posterior, recorrer à justiça no caso da Argentina, a dos Estados Unidos, com o objetivo de receber o valor de face ou integral do indigitado título.

Nós latinos americanos, devemos torcer para que a economia vizinha, saia desta delicada situação, de uma forma honrada e que não entre em moratória, haja vista se tal situação ocorrer, o Brasil poderá sofrer consequências, ainda mais graves, pois as exportações nacionais já estão com o seu desempenho comprometido, com possibilidades de piorarem, sem contar com o aspecto da falta de credibilidade, que poderá ocorrer em relação às economias do continente sul americano. O que não seria bom para ninguém!    

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista

Nenhum comentário:

Postar um comentário