Sinal
Vermelho
A
conjuntura econômica atual indica que a luz vermelha do sinal da economia, acendeu
para todos aqueles agentes econômicos, que querem buscar algum tipo de
investimento produtivo, pelo menos até outubro de 2014, quando efetivamente se
conhecerá de fato quem será o novo presidente ou presidenta eleito, através do
legítimo voto direto da população brasileira, para os próximos quatro anos de
gestão político administrativa, deste imenso país, denominado de Brasil.
A
classe empresarial encontra-se numa compasso de espera e atendo-se ao princípio
da prudência, tendo em vista, as incertezas que ora pairam no cenário da nossa economia,
sobretudo, no que se refere à indústria automobilística, que a partir de agora
inicia-se o processo de férias coletivas, dos seus trabalhadores, por conta da
retração das compras de veículos, cuja redução no primeiro semestre deste ano,
atingiu o percentual de 7,6%, isto sem considerar a queda das exportações que
foram de 35%, soma-se a este percentual, a possível recessão conjugada a uma
alta da inflação galopante no país vizinho na América do Sul, à Argentina,
destino turístico de muitos brasileiros, em decorrência das suas belas cidades
e dos seus bons vinhos e carnes deliciosas, cuja importação do Brasil, chega a
12% dos automóveis, aqui fabricados. As montadoras que darão férias aos seus
funcionários são a FIAT e a FORD, a despeito do governo federal ter prorrogado
mais uma vez, o IPI reduzido do setor fomentador de grande cadeia produtiva.
O
inquietante por parte deste imbróglio todo reside em assistir o Ministro da
Fazenda o professor Guido Mantega, cuja credibilidade junto aos empresários
esvaiu-se, há algum tempo, declarar em rede nacional de televisão, que a
situação na Argentina pode ser contornada e não inspira maiores preocupações. Acho particularmente, que no curto e médio prazo
ela deve ser encarada com bastante cautela. Uma vez que neste
momento à Argentina realmente, não consegue adimplir a sua dívida externa com a
banca internacional, com os famigerados e conhecidos “abutres financeiros”, que
a todo o custo e de forma impiedosa, colocam contra a parede a economia
portenha. Talvez estejamos vivendo uma nova colonização e opressão por parte,
dos países ricos aliançados com o capital rentista e não com o produtivo gerador
de emprego e renda.
Os
aludidos abutres são os especuladores na sua maioria das vezes os americanos,
que compram no mercado financeiro, título da dívida com deságio, de países que
devem ao sistema financeiros internacional, para numa tacada posterior,
recorrer à justiça no caso da Argentina, a dos Estados Unidos, com o objetivo
de receber o valor de face ou integral do indigitado título.
Nós
latinos americanos, devemos torcer para que a economia vizinha, saia desta
delicada situação, de uma forma honrada e que não entre em moratória, haja
vista se tal situação ocorrer, o Brasil poderá sofrer consequências, ainda mais
graves, pois as exportações nacionais já estão com o seu desempenho
comprometido, com possibilidades de piorarem, sem contar com o aspecto da falta
de credibilidade, que poderá ocorrer em relação às economias do continente sul
americano. O que não seria bom para ninguém!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
Nenhum comentário:
Postar um comentário