IPI
para as Bicicletas
Discute-se
por toda parte do mundo, a necessidade premente das cidades transformarem-se em
cidades humanas, em que as pessoas possam andar por elas sem experimentar as
ameaças que sofrem no seu cotidiano, por conta das inúmeras e crescentes frotas
de carros, que a cada dia aumenta-se mais, com a infeliz conivência e
facilitação, por parte do poder público constituído, leia-se no caso em tela, o
governo federal, através das sucessivas renúncias fiscais do IPI reduzido, à
custa do contribuinte nacional, para a poderosa e grande chantagista junto aos
governos, em suas diversas escalas de poder, denominada de indústria
automobilística, que ocorre mais uma vez este ano, com a prorrogação do aludido
imposto pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, até dezembro de 2014, com o
objetivo único de se tentar mitigar o resultado do PIB de 2014 que tudo indica
será abaixo de 1%, o que não fará bem a candidata do seu partido.
Enquanto
o governo federal cai outra vez na inconsequente cilada econômica, de priorizar
o crescimento da economia, pela via do consumo, as grandes e saudáveis cidades
europeias encontram-se bem avançada na temática da mobilidade urbana, como por
exemplo, a cidade holandesa de Amsterdam, “onde há 880 bicicletas, quatro vezes
mais que o número de carros e 80 mil unidades a mais que o total de habitantes.
Nos últimos 20 anos, as viagens de bicicletas cresceram 40%, de modo que agora,
cerca de 32% de todas as viagens, dentro da cidade são feitas de bicicleta,
comparadas aos 22% das viagens de carro” (G1.com. br).
Dentro
deste contexto e aproveitando a conjuntura política eleitoral, em que vivemos,
acho prudente, cobrar dos candidatos e candidatas ao Palácio do Planalto, um
plano viário viável para todas as cidades brasileiras, além de cobrarmos deles
o mesmo direito de redução fiscal do IPI, que ora concedem a indústria
automobilística, também estenda tal benefício fiscal às fábricas que produzem
bicicletas, com o fito de se incentivar o seu uso, tendo em vista que os
moradores das cidades brasileiras sofrem consequências horripilantes, com o
trânsito e os incessantes e perturbadores engarrafamentos, levando os
motoristas, ao extremo do nervosismo, o que compromete sobremaneira a saúde
humana.
O momento não é de brincadeira e nem de
propostas falaciosas e mirabolantes, por parte dos candidatos à presidente da
República, temos que efetivamente, discutir o nosso país, e o tema mobilidade
urbana, deverá exigir muito de quem assumir a tão cobiçada cadeira em Brasília.
Para tanto, deixamos um recado, mobilidade urbana já!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
Nenhum comentário:
Postar um comentário