sexta-feira, 15 de agosto de 2014

IPI para as Bicicletas

 
IPI para as Bicicletas
Discute-se por toda parte do mundo, a necessidade premente das cidades transformarem-se em cidades humanas, em que as pessoas possam andar por elas sem experimentar as ameaças que sofrem no seu cotidiano, por conta das inúmeras e crescentes frotas de carros, que a cada dia aumenta-se mais, com a infeliz conivência e facilitação, por parte do poder público constituído, leia-se no caso em tela, o governo federal, através das sucessivas renúncias fiscais do IPI reduzido, à custa do contribuinte nacional, para a poderosa e grande chantagista junto aos governos, em suas diversas escalas de poder, denominada de indústria automobilística, que ocorre mais uma vez este ano, com a prorrogação do aludido imposto pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, até dezembro de 2014, com o objetivo único de se tentar mitigar o resultado do PIB de 2014 que tudo indica será abaixo de 1%, o que não fará bem a candidata do seu partido.
 
Enquanto o governo federal cai outra vez na inconsequente cilada econômica, de priorizar o crescimento da economia, pela via do consumo, as grandes e saudáveis cidades europeias encontram-se bem avançada na temática da mobilidade urbana, como por exemplo, a cidade holandesa de Amsterdam, “onde há 880 bicicletas, quatro vezes mais que o número de carros e 80 mil unidades a mais que o total de habitantes. Nos últimos 20 anos, as viagens de bicicletas cresceram 40%, de modo que agora, cerca de 32% de todas as viagens, dentro da cidade são feitas de bicicleta, comparadas aos 22% das viagens de carro” (G1.com. br).
 
Dentro deste contexto e aproveitando a conjuntura política eleitoral, em que vivemos, acho prudente, cobrar dos candidatos e candidatas ao Palácio do Planalto, um plano viário viável para todas as cidades brasileiras, além de cobrarmos deles o mesmo direito de redução fiscal do IPI, que ora concedem a indústria automobilística, também estenda tal benefício fiscal às fábricas que produzem bicicletas, com o fito de se incentivar o seu uso, tendo em vista que os moradores das cidades brasileiras sofrem consequências horripilantes, com o trânsito e os incessantes e perturbadores engarrafamentos, levando os motoristas, ao extremo do nervosismo, o que compromete sobremaneira a saúde humana.
 
 O momento não é de brincadeira e nem de propostas falaciosas e mirabolantes, por parte dos candidatos à presidente da República, temos que efetivamente, discutir o nosso país, e o tema mobilidade urbana, deverá exigir muito de quem assumir a tão cobiçada cadeira em Brasília. Para tanto, deixamos um recado, mobilidade urbana já!
 
José Alves de Azevedo Neto
Economista
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário