Prioridade
na Inflação
Não fugindo a regra
geral de outros governos republicanos e democráticos, o governo Dilma escolhido
merecedor pelo povo brasileiro para continuar na condição de inquilino do poder
no Palácio do Planalto, a partir de primeiro de janeiro de 2015, esperou apenas
três dias após o segundo turno das eleições presidenciais, para dar sinais de
que a preocupação maior dos formuladores de política econômica, chama-se a inflação.
Tal movimento encontra-se
configurado na elevação das taxas de juros Selic, na última quarta-feira,
quando ela saiu dos atuais 11% ao ano e foi para 11,25% ao ano, realizada pelo
COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central). Não aguardaram nem a
ressaca das comemorações terminarem por parte da militância dos petistas e o
crédito propalado pela própria presidente Dilma, como uma das variáveis condutora
de milhões de brasileiros, ao paraíso do
consumo, ou seja, permitiu que uma parte considerável da sociedade, se
enquadrasse na categoria de nova classe média, encareceria.
Todavia, esqueceu a
aludida presidente de avisar talvez, a esses brasileiros ávidos pelo consumo,
reprimido ao longo dos anos no país, que pagarão agora por um preço alto, como
por exemplo, neste episódio de elevação das taxas de juros, a fatura acaba de
chegar, antes mesmo de qualquer agente econômico do mercado fazer a sua previsão.
Doravante, o paraíso ou o crédito fácil ficou
mais caro, alguém terá que pagar a conta, sem dúvida, será a população que
acreditou que as facilidades de acesso aos bens e serviços, continuariam e por
conta de tais promessas poderão ocupar
mais facilmente o cadastro dos inadimplentes, haja vista, que outros aumentos
já estão programados. Infelizmente! Como a conta da luz, a conta da água, as
tarifas telefônicas e dos transportes públicos, além dos preços dos
combustíveis, cujos realinhamentos de preços não ocorreram de forma gradual e
racional, como manda o manual econômico.
Ao referir-se ao
panorama político, se o “novo governo” não for feliz em nomear um interlocutor
político, entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, o governo poderá amargar
derrotas desagradáveis, na idônea casa congressual, o que não será interessante
e nem plausível, para nenhum brasileiro, tendo em vista que o Brasil necessita
de várias reformas urgentes, sobretudo, a política.
Para ressaltar, o PT
embora ainda possua a maior bancada de deputados na Câmara, sai desta eleição
com menos de dezoito deputados e no Senado ficará com a segunda bancada, porém,
com um senador a menos, além do mais será o partido que governará o menor
percentual do PIB, com 16,1%. Enquanto o PSDB continuará a governar a maior
parcela do PIB, 44,4%. Em segundo lugar está o todo poderoso o PMDB, com 22,4%,
com o maior número de governadores.
Relevante salientar,
que o PMDB, já mandou um aviso ao Palácio do Planalto, que não aceitará o mesmo
tratamento que lhe foi dispensado no primeiro mandato da senhora Dilma. Vai
querer mais espaço no poder e brigará para continuar presidindo as duas casas
do Congresso Nacional.
Dentro deste contexto
de correlação de forças políticas que certamente refletirá no sistema
econômico, resta ao povo brasileiro, aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Viva a democracia pátria!
José
Alves de Azevedo
Economista